
Imagine descobrir que seu avô paterno viajou à Alemanha n@z1st@ e apertou a mão de H1tl3r, porque compactuava com muitas das ideias da figura. Foi isso o que aconteceu com o arquiteto José Renato Kehl, neto do doutor Renato Ferraz Kehl, considerado o pai da eugenia no Brasil — pseudociência que acreditava na melhora da genética humana por meio do branqueamento da população e da eliminação dos genes dos “indesejáveis”.
Recentemente, ao ter contato com a biblioteca pessoal do avô, José Renato encontrou um exemplar todo grifado do livro “Minha Luta”, pedra fundamental dos ideais n@z1st@s. Em algumas passagens, o doutor Kehl ainda escrevia ao lado das frases a abreviatura M.B, para dizer que considerava a ideia “muito boa”.
O relato de José Renato Kehl faz parte do quadro “A verdade que mudou a minha vida”, espaço com histórias reais de pessoas que descobriram uma verdade e… nunca mais foram as mesmas.
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*Referências citadas no episódio*
Racismo disfarçado de ciência: como foi a eugenia no Brasil (Super Interessante)
19/11/2019
https://super.abril.com.br/especiais/racismo-disfarcado-de-ciencia-como-foi-a-eugenia-no-brasil
Livro de Pietra Diwan: “Raça Pura: Uma História da Eugenia no Brasil e no Mundo” (ed. Contexto)
Livro de José Renato Kehl: “Labirinto” (ed. Terceiro Nome)
https://www.amazon.com.br/Labirinto-J-R-Kehl/dp/8578161505
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Exibição: radiomegabrasilonline.com.br
Direção, produção executiva, roteiro, entrevista: Alline Dauroiz
Edição de áudio: Vitor Rocha
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