
Minha intenção é abordar a concepção de "vida como prova" - noção que a doutrina estoica desenvolve durante o período imperial romano. Farei isto a partir da leitura e interpretação que Michel Foucault faz em sua obra A Hermenêutica do Sujeito da doutrina estoica.
Precisamente me interessam os exercícios - as “práticas de si” e a “prática de vida” - que serão criadas e retomadas (do pitagorismo) pelos estoicos na tentativa de formular uma arte da existência [do viver] (tékhne toû bíou) - “fazer da própria vida uma obra - obra que (como deve ser tudo o que é produzido por uma boa tékhne) seja bela e boa”. (Foucault, aula de 17 de março de 82).
Para nos localizar… esse episódio e essa concepção que desenvolverei hoje nasce a partir do estudo de Michel Foucault na “Hermenêutica do Sujeito”, especificamente trabalhada na aula de 17 de Março de 1982, primeira hora e também a segunda hora.
Referências bibliográficas do episódio
SÊNECA, Lucius Annaeus. As cartas a Lucílio. Carta 18, Tradução de Francisco Ribeiro. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1998. FOUCAULT, Michel. A Hermenêutica do Sujeito: curso dado no Collège de France (1981-1982), Aula de 17 de Março de 1982, primeira e segunda hora.