A Medicina Narrativa, tal como praticada nos Estados Unidos, apropriou-se do método do "close reading" (ou leitura cerrada/atenta) da Nova Crítica literária norte-americana como pedra de toque de sua compreensão analítica dos discursos produzidos nos contextos de saúde. Foi a partir do close reading que autores como Rita Charon desenvolveram procedimentos práticos da Medicina Narrativa, como a  "escuta atenta"/"close listening") e os "prontuários paralelos". Neste episódio do Ciência Poética, Fabiana Carelli e Andrea Funchal, acompanhadas pelo Dr. Carlos Eduardo Pompilio, explicam o que foi o close reading, como ele nasceu, com quem dialoga e por que os limites epistemológicos desse método acabam por levar a Medicina Narrativa às raias de um indesejado impasse ético e teórico. (Texto introdutório: "O bardo imortal", de Isaac Asimov - adaptação e tradução livre de Fabiana Carelli)