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A violoncelista Fiorella Solares, fundadora da Ação Social pela Música, já transformou mais de 16 mil crianças e adolescentes em verdadeiros “soldados do violino” nas regiões mais violentas do Rio de Janeiro. No programa EM3ATOS, da TMC, ela abre o coração e relembra histórias de alunos do Complexo do Alemão, Penha, Morro dos Macacos e Babilônia — jovens que trocaram a sedução do tráfico pela emoção dos palcos no Brasil e na Europa.
Um dos relatos mais marcantes é o de Samuel, do Morro dos Macacos: enquanto ia para o ensaio, uma bala perdida atravessou sua rua e acertou em cheio o case do violino que ele carregava nas costas. O instrumento foi destruído — ele, não. A munição teria perfurado o pulmão.
É a prova viva de que, nesses territórios, a música salva vidas de forma literal.
Entre tiros, sirenes e bailes funk, a orquestra também já lidou com o poder paralelo. Fiorella relembra quando um chefe do tráfico, em Campinho, quis limitar o número de alunos para não “desfalcar” seus negócios. Em outras comunidades, conflitos armados fecharam núcleos inteiros — mesmo com moradores implorando pela permanência da música.
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