
Se a pior coisa da vida é sofrer, é perfeitamente razoável evitar o sofrimento. Se a fonte do nosso sofrimento é a decepção, não é a solução criar expectativas?
Como viver sem criar expectativas senão de momento em momento, de distração em distração, apreciando o que é belo mas nunca se apegando, dado que vamos inevitavelmente nos decepcionar com o tédio?
A solução então não seria não se apegar a nada, a ninguém, e viver buscando coisas excitantes que nunca nos deixem cair no tédio? Só bocejamos quando as coisas estão ruins, não?
Nesse episódio do clubinho de literatura do KrameriCast eu comento três livros que analisam isso de alguma forma. E a resposta é um retumbante não. Um Herói dos Nossos Tempos, de Mikhail Lermontov, a primeira parte de Either/Or, de Soren Kierkegaard, e os Quatro Quartetos de T.S. Eliot tratam do mal do homem moderno: o medo de ficar sem estímulos e a condição de se tornar escravo dos próprios desejos. As conclusões sobre a vida puramente estética variam de morte indiferente a suicídio e eterno sofrimento.
Mas isso não quer dizer que precisemos viver no tédio.
Esse episódio do clubinho de literatura deu muito trabalho para gravar mas talvez tenha sido meu favorito, como os últimos têm sido.
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Os livros desse episódio:
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