
Por Hilquias Scardua
A liberdade nos parece tão próxima quanto distante. É antagônico pensar no que nos faz considerar nossa liberdade e o quanto somos livres diante da imensidão de possibilidades da escravidão. É sob a condição dos Homens Livres e de Bons Costumes que ensaio o pensamento, ousando afirmar que nenhum desses ousaria dizer que é livre, senão por um argumento qualquer justificando-se pela ideia de posse. A razão falha sobre suas Virtudes e por condições débeis de uma colocação social que enche de ego qualquer um desses Operários.
Quem já se julgou livre o suficiente para não assistir a imputável razão dilacerar a sua condição existencial? Antes de avançarmos, devo tomar nota de que a reflexão não volta o simples olhar para as nossas condições básicas e necessidades fisiológicas puramente animais. Esses critérios nos tornam incapazes de pensar a liberdade. Não nos cabe relacionar a necessidade humana orgânica e natural como sinônimo de prisão para encontrar diante disso uma possibilidade de tornarmos livres. Aqui, a Liberdade e seus conceitos operam em âmbitos mais metafísicos e imputam o caráter singular do filósofo, o de refletir.
Em diversas ocasiões, os proclamadores da liberdade exerceram a pauta de discursos deturpados, buscando iludir e conquistar, de maneira perversa, a maioria leiga e incapaz de compreender seus princípios e direitos fundamentais - O Trivium, um recurso intelectual que antes era mérito para aqueles que serviam de um cérebro, hoje passou a ser sinônimo de uma mente nobre, dada a superficialidade desses dias.