Será que entendemos errado o que significa ser livre? Para os gregos antigos, liberdade era participar diretamente da política, decidir na praça pública sobre guerra, paz e leis. Já para nós, modernos, liberdade é poder escolher nossa vida privada e que a política fique restrita ao voto de 4 em 4 anos.
Benjamin Constant, filósofo e político suíço do século XIX, foi quem colocou essa questão de forma clara: qual a diferença entre a “liberdade dos antigos” com a “liberdade dos modernos”? Neste episódio, exploramos a vida e o pensamento de Constant, suas críticas ao absolutismo, ao radicalismo da Revolução e ao modelo autoritário de Napoleão, e sua defesa de um sistema representativo que protegesse os direitos individuais.
Vamos entender por que, para Constant, a liberdade moderna é antes de tudo o direito à vida privada, mas também por que não podemos abrir mão da participação política. E mais: como a mistura dessas duas concepções de liberdade ainda influencia nossos debates sobre democracia, representação e direitos hoje.
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