Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
Nunca tivemos tanto acesso à informação, mas nunca fomos tão manipulados!
Em 15 anos, as big techs tomaram de assalto o debate público, sem qualquer contrapeso democrático, guiadas pela busca de lucro que atropela até o bem-estar dos usuários. Enquanto isso, o jornalismo, a instituição democrática mais talhada para impedir abusos de poder, perdeu seu papel de mediador. O resultado é um ambiente em que a verdade compete com a engenharia do engajamento e, na maioria das vezes, perde.
Esse foi o eixo do evento “O jornalismo entre a sobrevivência e a relevância”, que aconteceu no dia 13, organizado pelo Instituto de Estudos Avançados da USP. O debate foi construído a partir de um artigo do jornalista e pesquisador Rodrigo Mesquita, que lá estava.
A Internet comercial surgiu em 1995, com a promessa de ser um bem-vindo canal de comunicação democrático e desintermediado. Mas esse ideal idílico caiu por terra em poucos anos, com as plataformas digitais capturando, com seus algoritmos, desejos e sentimentos de toda a humanidade, transformando-os em uma máquina de convencimento eficientíssima, muito maior que a própria mídia, governos e religiões.
O jornalismo, que até então organizava a informação cotidiana do mundo e promovia o debate para que as pessoas construíssem sua sociedade, ficou paralisado. Por um misto de arrogância e incompreensão de que seu público não aceitava mais informação unilateral, ainda sofre para lhe oferecer uma experiência participativa.
A mídia também é um negócio, com poucas empresas importantes controlando muito do que se noticia. Mas elas obedecem a regras claras de funcionamento, que protegem a sociedade. As big techs, por outro lado, apesar de muitíssimo mais poderosas, não cansam de demonstrar seu desprezo por qualquer instrumento democrático que ameace minimamente seus lucros.
Passa da hora de descobrirmos quem controla hoje a esfera pública e como fazer com que, seja lá quem for, necessariamente trabalhe para os cidadãos.
Como defender o nosso senso crítico? É sobre isso que falo nesse meu episódio.
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Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
Nunca tivemos tanto acesso à informação, mas nunca fomos tão manipulados!
Em 15 anos, as big techs tomaram de assalto o debate público, sem qualquer contrapeso democrático, guiadas pela busca de lucro que atropela até o bem-estar dos usuários. Enquanto isso, o jornalismo, a instituição democrática mais talhada para impedir abusos de poder, perdeu seu papel de mediador. O resultado é um ambiente em que a verdade compete com a engenharia do engajamento e, na maioria das vezes, perde.
Esse foi o eixo do evento “O jornalismo entre a sobrevivência e a relevância”, que aconteceu no dia 13, organizado pelo Instituto de Estudos Avançados da USP. O debate foi construído a partir de um artigo do jornalista e pesquisador Rodrigo Mesquita, que lá estava.
A Internet comercial surgiu em 1995, com a promessa de ser um bem-vindo canal de comunicação democrático e desintermediado. Mas esse ideal idílico caiu por terra em poucos anos, com as plataformas digitais capturando, com seus algoritmos, desejos e sentimentos de toda a humanidade, transformando-os em uma máquina de convencimento eficientíssima, muito maior que a própria mídia, governos e religiões.
O jornalismo, que até então organizava a informação cotidiana do mundo e promovia o debate para que as pessoas construíssem sua sociedade, ficou paralisado. Por um misto de arrogância e incompreensão de que seu público não aceitava mais informação unilateral, ainda sofre para lhe oferecer uma experiência participativa.
A mídia também é um negócio, com poucas empresas importantes controlando muito do que se noticia. Mas elas obedecem a regras claras de funcionamento, que protegem a sociedade. As big techs, por outro lado, apesar de muitíssimo mais poderosas, não cansam de demonstrar seu desprezo por qualquer instrumento democrático que ameace minimamente seus lucros.
Passa da hora de descobrirmos quem controla hoje a esfera pública e como fazer com que, seja lá quem for, necessariamente trabalhe para os cidadãos.
Como defender o nosso senso crítico? É sobre isso que falo nesse meu episódio.
O valor da IA vem do equilíbrio entre tecnologia e humanidade
O Macaco Elétrico
9 minutes 9 seconds
1 month ago
O valor da IA vem do equilíbrio entre tecnologia e humanidade
Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
O valor da inteligência artificial vem do equilíbrio entre tecnologia e humanidade.
A IA colocou as empresas em uma encruzilhada digital histórica. Extrair valor real dessa tecnologia exige mais que investimentos em sistemas e servidores. Para isso, as lideranças precisam também gerenciar expectativas e cuidar do preparo humano das equipes.
Até hoje, apenas 20% dos projetos de IA alcançaram retorno financeiro, e míseros 2% promoveram uma transformação real nos negócios, onde reside o seu grande potencial. As empresas que encontram, capturam e sustentam ganhos com a IA são as que se afastam da descrença exagerada, que impede qualquer ação, e do deslumbramento inconsequente, que leva a investimentos sem foco.
Essas foram algumas das principais mensagens da Conferência Gartner CIO & IT Executive, que aconteceu em São Paulo entre 22 e 24 de setembro. O problema muitas vezes vem do desalinhamento de expectativas, com as companhias investindo apenas em projetos de produtividade, mas esperando grande geração de receita.
Atravessar esse “vale da desilusão” pede líderes que enfrentem ceticismo, calibrem metas e sustentem investimentos, mesmo sem resultados imediatos. Isso fica mais desafiador quando, segundo o Gartner, 95% dos latino-americanos querem usar IA, mas só 40% confiam que seus gestores farão os movimentos de forma responsável.
Isso explica por que as empresas já percorreram quase metade do caminho da prontidão tecnológica para o uso da IA, mas esse avanço mal chega a um quarto no preparo humano. O medo de perder o emprego, a curva de aprendizagem íngreme e sobretudo a falta de confiança na chefia explicam essa diferença.
Mas então, o que as empresas devem fazer para extrair esse valor real da IA. É sobre isso que falo nesse episódio.
E no seu cotidiano, você vê a IA sendo usada de maneira verdadeiramente transformadora ou apenas incremental?
O Macaco Elétrico
Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
Nunca tivemos tanto acesso à informação, mas nunca fomos tão manipulados!
Em 15 anos, as big techs tomaram de assalto o debate público, sem qualquer contrapeso democrático, guiadas pela busca de lucro que atropela até o bem-estar dos usuários. Enquanto isso, o jornalismo, a instituição democrática mais talhada para impedir abusos de poder, perdeu seu papel de mediador. O resultado é um ambiente em que a verdade compete com a engenharia do engajamento e, na maioria das vezes, perde.
Esse foi o eixo do evento “O jornalismo entre a sobrevivência e a relevância”, que aconteceu no dia 13, organizado pelo Instituto de Estudos Avançados da USP. O debate foi construído a partir de um artigo do jornalista e pesquisador Rodrigo Mesquita, que lá estava.
A Internet comercial surgiu em 1995, com a promessa de ser um bem-vindo canal de comunicação democrático e desintermediado. Mas esse ideal idílico caiu por terra em poucos anos, com as plataformas digitais capturando, com seus algoritmos, desejos e sentimentos de toda a humanidade, transformando-os em uma máquina de convencimento eficientíssima, muito maior que a própria mídia, governos e religiões.
O jornalismo, que até então organizava a informação cotidiana do mundo e promovia o debate para que as pessoas construíssem sua sociedade, ficou paralisado. Por um misto de arrogância e incompreensão de que seu público não aceitava mais informação unilateral, ainda sofre para lhe oferecer uma experiência participativa.
A mídia também é um negócio, com poucas empresas importantes controlando muito do que se noticia. Mas elas obedecem a regras claras de funcionamento, que protegem a sociedade. As big techs, por outro lado, apesar de muitíssimo mais poderosas, não cansam de demonstrar seu desprezo por qualquer instrumento democrático que ameace minimamente seus lucros.
Passa da hora de descobrirmos quem controla hoje a esfera pública e como fazer com que, seja lá quem for, necessariamente trabalhe para os cidadãos.
Como defender o nosso senso crítico? É sobre isso que falo nesse meu episódio.