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O Macaco Elétrico
@PauloSilvestre
500 episodes
5 days ago
Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊 Nunca tivemos tanto acesso à informação, mas nunca fomos tão manipulados! Em 15 anos, as big techs tomaram de assalto o debate público, sem qualquer contrapeso democrático, guiadas pela busca de lucro que atropela até o bem-estar dos usuários. Enquanto isso, o jornalismo, a instituição democrática mais talhada para impedir abusos de poder, perdeu seu papel de mediador. O resultado é um ambiente em que a verdade compete com a engenharia do engajamento e, na maioria das vezes, perde. Esse foi o eixo do evento “O jornalismo entre a sobrevivência e a relevância”, que aconteceu no dia 13, organizado pelo Instituto de Estudos Avançados da USP. O debate foi construído a partir de um artigo do jornalista e pesquisador Rodrigo Mesquita, que lá estava. A Internet comercial surgiu em 1995, com a promessa de ser um bem-vindo canal de comunicação democrático e desintermediado. Mas esse ideal idílico caiu por terra em poucos anos, com as plataformas digitais capturando, com seus algoritmos, desejos e sentimentos de toda a humanidade, transformando-os em uma máquina de convencimento eficientíssima, muito maior que a própria mídia, governos e religiões. O jornalismo, que até então organizava a informação cotidiana do mundo e promovia o debate para que as pessoas construíssem sua sociedade, ficou paralisado. Por um misto de arrogância e incompreensão de que seu público não aceitava mais informação unilateral, ainda sofre para lhe oferecer uma experiência participativa. A mídia também é um negócio, com poucas empresas importantes controlando muito do que se noticia. Mas elas obedecem a regras claras de funcionamento, que protegem a sociedade. As big techs, por outro lado, apesar de muitíssimo mais poderosas, não cansam de demonstrar seu desprezo por qualquer instrumento democrático que ameace minimamente seus lucros. Passa da hora de descobrirmos quem controla hoje a esfera pública e como fazer com que, seja lá quem for, necessariamente trabalhe para os cidadãos. Como defender o nosso senso crítico? É sobre isso que falo nesse meu episódio.
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Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊 Nunca tivemos tanto acesso à informação, mas nunca fomos tão manipulados! Em 15 anos, as big techs tomaram de assalto o debate público, sem qualquer contrapeso democrático, guiadas pela busca de lucro que atropela até o bem-estar dos usuários. Enquanto isso, o jornalismo, a instituição democrática mais talhada para impedir abusos de poder, perdeu seu papel de mediador. O resultado é um ambiente em que a verdade compete com a engenharia do engajamento e, na maioria das vezes, perde. Esse foi o eixo do evento “O jornalismo entre a sobrevivência e a relevância”, que aconteceu no dia 13, organizado pelo Instituto de Estudos Avançados da USP. O debate foi construído a partir de um artigo do jornalista e pesquisador Rodrigo Mesquita, que lá estava. A Internet comercial surgiu em 1995, com a promessa de ser um bem-vindo canal de comunicação democrático e desintermediado. Mas esse ideal idílico caiu por terra em poucos anos, com as plataformas digitais capturando, com seus algoritmos, desejos e sentimentos de toda a humanidade, transformando-os em uma máquina de convencimento eficientíssima, muito maior que a própria mídia, governos e religiões. O jornalismo, que até então organizava a informação cotidiana do mundo e promovia o debate para que as pessoas construíssem sua sociedade, ficou paralisado. Por um misto de arrogância e incompreensão de que seu público não aceitava mais informação unilateral, ainda sofre para lhe oferecer uma experiência participativa. A mídia também é um negócio, com poucas empresas importantes controlando muito do que se noticia. Mas elas obedecem a regras claras de funcionamento, que protegem a sociedade. As big techs, por outro lado, apesar de muitíssimo mais poderosas, não cansam de demonstrar seu desprezo por qualquer instrumento democrático que ameace minimamente seus lucros. Passa da hora de descobrirmos quem controla hoje a esfera pública e como fazer com que, seja lá quem for, necessariamente trabalhe para os cidadãos. Como defender o nosso senso crítico? É sobre isso que falo nesse meu episódio.
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Quando a IA melhora e piora a educação
O Macaco Elétrico
8 minutes 53 seconds
2 months ago
Quando a IA melhora e piora a educação
Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊 A inteligência artificial pode e deve ser usada nas salas de aula, mas se não for do jeito certo, pode piorar muito a educação. Nos últimos dias, a proposta de uma escola americana que trocou professores por plataformas de IA ganhou destaque no noticiário. Mas apesar de seduzir famílias interessadas em inovação e dispostas a pagar uma mensalidade equivalente a R$ 18 mil, a ideia promove um profundo desserviço para a educação. Criada pela influenciadora MacKenzie Price em Austin e já presente em outras dez cidades no país, a Alpha School dedica apenas duas horas diárias a disciplinas tradicionais, como linguagem e matemática. Para ela, “as salas de aula são o novo campo de batalha global”. Todo o processo de aprendizagem é conduzido por sistemas de IA, que prometem ajustar o progresso ao desempenho individual dos estudantes, que não são divididos em séries. O restante do tempo na escola serve para socialização, oficinas e projetos em temas como empreendedorismo, oratória, liderança e educação financeira, baseados em metas e recompensas. Para essas atividades, os alunos são auxiliados por “guias” (que não são professores), também orientados por IA. Esse verniz de modernidade parece uma ótima ideia. Mas quem propôs isso não sabe o que é a inteligência artificial e muito menos o que é educação. O tema foi debatido no painel de IA na educação no AI Summit Brasil, que aconteceu na semana passada em São Paulo, do qual participei. A conclusão foi que a IA pode e deve ser usada na escola, mas só trará resultados positivos se for implantada sob orientação de educadores, fugindo de modismos e de propostas espalhafatosas. Mas, então, qual o caminho da IA na educação? É sobre isso que falo nesse episódio. E você, o que acha de propostas como a da Alpha School?
O Macaco Elétrico
Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊 Nunca tivemos tanto acesso à informação, mas nunca fomos tão manipulados! Em 15 anos, as big techs tomaram de assalto o debate público, sem qualquer contrapeso democrático, guiadas pela busca de lucro que atropela até o bem-estar dos usuários. Enquanto isso, o jornalismo, a instituição democrática mais talhada para impedir abusos de poder, perdeu seu papel de mediador. O resultado é um ambiente em que a verdade compete com a engenharia do engajamento e, na maioria das vezes, perde. Esse foi o eixo do evento “O jornalismo entre a sobrevivência e a relevância”, que aconteceu no dia 13, organizado pelo Instituto de Estudos Avançados da USP. O debate foi construído a partir de um artigo do jornalista e pesquisador Rodrigo Mesquita, que lá estava. A Internet comercial surgiu em 1995, com a promessa de ser um bem-vindo canal de comunicação democrático e desintermediado. Mas esse ideal idílico caiu por terra em poucos anos, com as plataformas digitais capturando, com seus algoritmos, desejos e sentimentos de toda a humanidade, transformando-os em uma máquina de convencimento eficientíssima, muito maior que a própria mídia, governos e religiões. O jornalismo, que até então organizava a informação cotidiana do mundo e promovia o debate para que as pessoas construíssem sua sociedade, ficou paralisado. Por um misto de arrogância e incompreensão de que seu público não aceitava mais informação unilateral, ainda sofre para lhe oferecer uma experiência participativa. A mídia também é um negócio, com poucas empresas importantes controlando muito do que se noticia. Mas elas obedecem a regras claras de funcionamento, que protegem a sociedade. As big techs, por outro lado, apesar de muitíssimo mais poderosas, não cansam de demonstrar seu desprezo por qualquer instrumento democrático que ameace minimamente seus lucros. Passa da hora de descobrirmos quem controla hoje a esfera pública e como fazer com que, seja lá quem for, necessariamente trabalhe para os cidadãos. Como defender o nosso senso crítico? É sobre isso que falo nesse meu episódio.