
Nenhum dos intervenientes neste podcast é doutorado em picanha. Mas só porque não lhes foi apresentada essa possibilidade durante os respectivos — e brilhantes, acrescente-se — percursos académicos. Não é preciso, no entanto, um doutoramento, nem tão pouco um mestrado, licenciatura ou sequer um certificado impresso no verso da convocatória para a última reunião do condomínio para encarar com enorme apreensão o crescente hábito de alguns estabelecimentos em cozinhar e servir a picanha já fatiada. Finamente, ainda por cima. A epidemia da picanha-fiambre, chamemos-lhe assim, tem vindo a alastrar-se perigosamente pelas churrasqueiras de Norte a Sul, e contribuiu para o nascimento do neologismo “picanharia”, um tipo de negócio em que alguns enchem o estômago enquanto outros se enchem de vergonha. Quem é quem nesta discussão?