
Durante o regime fascista na Itália, liderado por Benito Mussolini, a linguagem foi usada como uma ferramenta essencial para controle e manipulação. O governo fascista implementou políticas rigorosas para italianizar o vocabulário, substituindo palavras estrangeiras e adaptando nomes de pessoas e empresas, com o objetivo de promover um nacionalismo linguístico e cultural. A partir dos anos 1930, foram promovidas iniciativas para substituir termos estrangeiros em jornais e na publicidade, e em 1938, um decreto proibiu o uso de nomes estrangeiros e italianizou sobrenomes e lugares. Além disso, a campanha contra o uso do pronome "lei" e a substituição de personagens de quadrinhos americanos por figuras italianas refletem a tentativa do regime de alinhar a língua e a cultura com sua ideologia nacionalista. Essas medidas foram parte de um esforço mais amplo para consolidar o poder fascista e impor o italiano como a língua dominante, eliminando influências estrangeiras e minorias linguísticas.