
A história da língua italiana é um relato das transformações linguísticas que ocorreram desde suas raízes no latim até sua forma moderna. A língua italiana, que se consolidou principalmente a partir do dialeto toscano, é uma das línguas românicas que descendem do latim vulgar falado pelos soldados e colonos romanos.
Após a queda do Império Romano, a Itália experimentou uma fragmentação linguística significativa. O latim clássico, utilizado em documentos oficiais, foi gradualmente substituído por diversas formas de latim vulgar, que variavam de região para região. Durante a Idade Média, a literatura começou a emergir em italiano, com poetas como Dante Alighieri, que utilizou o dialeto fiorentino em suas obras, ajudando a estabelecer a língua como uma forma literária respeitável.
A unificação política da Itália no século XIX trouxe à tona a necessidade de uma língua comum. Na época da unificação, apenas uma pequena fração da população falava italiano, enquanto a maioria utilizava dialetos regionais. O processo de educação obrigatória foi um passo importante para a difusão do italiano, reduzindo o analfabetismo e promovendo o uso da língua em todo o país. Com isso, o italiano começou a prevalecer sobre os dialetos, especialmente no contexto da literatura e da comunicação pública.
Atualmente, o italiano é falado por cerca de 94 milhões de pessoas em todo o mundo. Sua importância cultural e literária é amplamente reconhecida, e o idioma continua a evoluir, incorporando influências de outras línguas, especialmente do inglês, devido à globalização.