
No início, as variantes do latim falado eram chamadas de línguas vulgares, derivadas do latim "vulgus", que significa "povo". Assim, dialetos como siciliano, bolonhês, piemontês, veneziano, lombardo e florentino eram considerados línguas vulgares, pouco valorizadas pelos usuários do latim clássico, especialmente na escrita. Um exemplo dessa discriminação é o Appendix Probi, um texto do século V com uma lista de 227 palavras consideradas erradas em comparação com suas formas corretas no latim clássico, indicando um esforço para corrigir o uso das línguas vulgares. Esse documento é significativo para a história das línguas românicas e da italiana, mostrando como as variações antes vistas como erros se tornaram formas aceitas nas línguas modernas.