
A biologia tradicional define vida e morte como estados binários, mas novas pesquisas confirmam a existência de um "Terceiro Estado". Este é um período pós-morte sistémica onde as células de organismos falecidos não apenas sobrevivem, mas se reorganizam ativamente, manifestando uma plasticidade oculta pela regulação do corpo vivo.
Este fenómeno é impulsionado pelo Thanatotranscriptoma — a ativação de mais de 1.000 genes distintos, coloquialmente chamados de "genes zumbis", que incluem genes de desenvolvimento reativados. A morte liberta estes talentos ancestrais, permitindo que as células recuperem a sua autonomia.
Essa redescoberta levou à criação de biobots, entidades vivas e programáveis. Após os Xenobots (células de sapo), os cientistas criaram os Anthrobots, robôs auto-montáveis feitos de células traqueais humanas adultas. Os Anthrobots já demonstraram potencial revolucionário, sendo capazes de formar uma "ponte" sobre lesões neurais para acelerar a regeneração do tecido. Este avanço promete aplicações futuras no tratamento de aterosclerose e fibrose cística, redefinindo as fronteiras entre o natural, o artificial, a vida e a morte.