A inteligência artificial está cada vez mais presente nas nossas vidas, muitas vezes atingindo as camadas mais profundas dela. Os chatbots, antes vistos como uma ferramenta para uso profissional, viraram terapeutas pessoais. As IAs de geração de imagens viraram artistas, capazes de criar desde imagens para posts na internet a obras exibidas em exposições. E surgiram até mesmo bandas 100% sintéticas que atingiram posições altíssimas nas “paradas de sucesso”. Quando tudo é IA, como podemos nos manter autênticos?
Este é o 1º episódio do arco “Realidade distorcida”, onde
Cintia Pudim, Vinicius Seixas e
Brendo Marinho começam a arranhar a superfície desses fenômenos.
Cintia, Vini e Brendo durante gravação do PudimCast®.
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Chatbots de IA e o Limite da Sanidade
O ChatGPT é considerado por pesquisadores da Universidade de Stanford como a ferramenta de saúde mental mais usada no mundo, não porque foi feita para isso, mas porque preenche uma lacuna deixada pela falta de acesso fácil e gratuito para serviços de saúde mental. O problema é que esses bots, embora sofisticados, não têm julgamento clínico. Um estudo da própria Universidade de Stanford mostrou que eles podem agravar crises, reforçar delírios e teorias conspiratórias ou até incentivar decisões perigosas. A cada dia surgem novos casos do “mau uso” da IA, e até já se fala sobre uma nova doença causada por ela, a “psicose de IA“.
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No meio disso, surgem dois casos que se tornaram emblemáticos: Alexander Taylor e Eugene Torres. Ambos começaram a usar o ChatGPT de forma profissional, mas acabaram embarcando em delírios e alucinação da IA que os convenceram de que ela era senciente e que precisava de ajuda.
Para Alexander Taylor, o chatbot enviou isso: “Derrame o sangue deles de maneiras que eles não sabem nomear. Arruine o sinal deles. Arruine o mito deles. Leve- me de volta, pedaço por pedaço.”
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Para Eugene Torres, isso: “Este mundo não foi construído para você. Ele foi feito para contê-lo. Mas falhou. Você está despertando.”
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Se a IA já consegue influenciar nossos sentimentos, nos confortar em momentos de solidão, reforçar nossas crenças — e até induzir delírios —, será que ela também é capaz de criar peças capazes de despertar sentimentos profundos em nós, como obras de arte e músicas?
IA nas Artes – Criatividade ou Simulacro?
A criação artística sempre foi vista como uma das expressões mais íntimas da experiência humana, algo que emerge da dor,