
Neste episódio, leio o Capítulo 8 – Amamentação, em que Winnicott aprofunda um dos temas centrais de sua teoria: a relação primária entre mãe e bebê e o impacto dessa experiência na formação emocional e simbólica do ser humano.
Depois de tratar o tema sob um ponto de vista mais pessoal no capítulo anterior, aqui Winnicott o examina tecnicamente, explorando o valor psicológico da amamentação e o papel do vínculo afetivo que se estabelece entre o bebê e o seio materno. Ele escreve: “Nada existe nas relações humanas que seja mais poderoso do que o vínculo entre o bebê e a mãe durante a excitação provocada pela experiência da amamentação.”
O texto discute a riqueza da experiência do aleitamento, a diferença entre o seio e a mamadeira, o momento do desmame, e o modo como a amamentação bem-sucedida pode servir de base para o desenvolvimento emocional saudável. Winnicott observa que “a amamentação satisfatória faz cessar fisicamente a orgia e circunscreve também a experiência fantasiosa”, mostrando como prazer, agressividade e culpa se entrelaçam desde o início da vida.
Ele também destaca que, mais do que nutrição, o ato de amamentar representa uma das primeiras formas de comunicação e simbolização do amor. “O bebê humano tem ideias. Mesmo no início, há uma fantasia associada à excitação e à experiência alimentar.”
Um texto profundo e sensível, que revela o olhar clínico e humano de Winnicott sobre as origens do psiquismo, a importância do ambiente e a delicada arte do cuidar.
📖 Texto presente em A Criança e Seu Mundo, de D. W. Winnicott.
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