É do perdão que Deus nos deu que nasce o nosso dever de perdoar, não só sete vezes — como Pedro menciona no Evangelho — , mas setenta vezes sete. 

70x7 = 490. Será esse o número de vezes que precisamos conceder o perdão a alguém?

Provavelmente você já saiba que Nosso Senhor não usa essa expressão para estabelecer uma quantidade, e sim para esclarecer que, quando se trata de perdoar, não há limite. 

Mas isso não quer dizer que perdoar seja algo fácil, tampouco que tudo seja perdoável. 

E não porque a pessoa que nos ofendeu não mereça o perdão (afinal, quem somos nós para dar essa sentença?), mas porque, de fato, nem tudo é matéria de perdão. 

Há circunstâncias que exigem justiça, outras, conformidade, ou ainda, apenas respeito.

E essa é uma questão tão importante que tornou-se o tema do 31º episódio do Tertúlia. 

Como uma sequência do quadro "fé por um fio", que iniciamos nesta segunda temporada, falaremos sobre o lugar do perdão na nossa vida enquanto católicos. 

E faremos isso acompanhados de um convidado mais do que especial: o psicólogo Andrei Alves, que é doutor em Psicologia do Perdão e tem uma história emocionante, que diz muito sobre a área que decidiu seguir.

Andrei foi concebido durante uma violência sexual sofrida pela sua mãe, que apesar do sofrimento, não lhe tirou o direito de viver. 

Cresceu sem seu pai biológico e sem saber o que realmente tinha acontecido naquela fatídica noite. Por muito anos, acreditou ter sido abandonado. 

Até que, um dia, o homem que – aparentemente – causou tanta dor à sua família, entrou em contato com ele. E o final dessa história é, para nós, uma grande oportunidade de reflexão. 

Um episódio que fala de perdão de uma forma profunda e muito esclarecedora, como talvez você nunca tenha visto. 

70x7: um testemunho sobre o verdadeiro perdão.