O nosso convidado de hoje é ator e encenador e o actual director do Teatro Experimental do Porto e Diretor Artístico do FITEI - Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica .
Nascido na cidade do Porto, fez a sua formação em Lisboa na Escola Superior de Teatro e Cinema onde foi aluno de João Brites. Integrou vários espectáculos do grupo no início dos anos 2000 e começou o seu percurso na Porca, primeira estreia do Bando, em Vale dos Barris.
Sobre essa chegada às pocilgas havemos de falar muito hoje.
É na sua cidade, numa sala gentilmente cedida pelo Teatro Nacional S. João que decorre esta conversa com um dos cooperante do Teatro O Bando. Em cena, deste lado, eu e o Nicolas estamos munidos de várias surpresas para acicatar a memória e o esquecimento.
Sejam bem-vindos à conversa com Gonçalo Amorim.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
Este e outros episódios em www.obando.pt
Terceira e última parte da conversa com o João Brites.
Se não escutaram o primeiro e o segundo episódio, recomendo que interrompam aqui e vão ouvir para apanhar o fio a esta meada.
Lembram-se de ter mencionado que o feitiço se iria virar contra o feiticeiro?
A primeira vez que fui formando de um exercício da Consciência do Actor em Cena, estava eu vendado e o João à minha frente no “momento da entrevista”, tal como ele o designou. E que nome tão apropriado para este momento.
Hoje trocámos. Já tirámos os nós às duas vendas.
Lembram-se que eram duas? E agora, esperamos que os olhos se abram e que possamos dizer coisas que nunca dissemos.
Sejam bem-vindos ao podcast h(à) Bando e à última parte da conversa com o João Brites que começa no futuro e termina no princípio dos princípios.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
Este e outros episódios em www.obando.pt
Esta é a segunda parte da conversa com o João Brites.
Se não escutaram o primeiro episódio, recomendo que suspendam aqui este e vão ouvir a primeira parte para apanharem o fio desta meada.
Quem ouviu recorda-se certamente de dois pormenores singulares da conversa: João Brites está vendado, enquanto responde às minhas perguntas; e aproveitando esse facto eu e o Nicolas preparámos alguns registos sonoros de entrevistas que o João deu anteriormente e andámos à pesca de alguns objectos que vão iluminando esta conversa, às escuras.
Conforme a entrevista foi avançando, a percepção sensorial do João foi-se apurando levando-nos numa caminhada táctil pela sua memória e pensamento.
Obrigado por continuarem desse lado, sentem-se nesta sala, e façam esta segunda parte da viagem connosco.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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Chegou o dia de entrevistar o João Brites.
A entrevista aconteceu num dia quente de Agosto de 2025. Aproveitando as férias do grupo, combinámos encontrar-nos na nossa Quinta, em Vale dos Barris que estava vazia.
Eu e o Nicolas preparámos a entrevista durante algumas semanas mas, ainda assim, estávamos ansiosos enquanto esperávamos pelo nosso entrevistado. No entanto, à chegada, percebemos que ele estava mais nervoso do que nós.
Se nervoso estava, mais ficou depois na nossa proposta de começar a entrevista vendado. No entanto confiou em nós e lá foi ele, pela mão do seu filho Nicolas Brites, em direcção ao espaço exterior. O Nicolas fez um pequeno percurso, levando o João Brites vendado até à nossa sala de espectáculos onde tínhamos tudo preparado. Na verdade, preparámos uma vivência para o João, inspirados no exercício inicial da formação teatral Consciência do Ator Atriz em Cena, por ele criada e dirigida.
É uma espécie de feitiço a virar-se contra o feiticeiro.
Bem conduzido mas titubeante, o João lá entrou, pé ante pé, na sala de espectáculos e sentou-se na cadeira à minha frente, cenograficamente posicionada para o receber, mantendo sempre a venda nos olhos.
Tínhamos preparado alguns registos sonoros e objectos para estimular a nossa conversa que vão aparecer durante a primeira parte deste episódio. Começamos com a voz do Nicolas a ler um excerto do início do Vol. I do Livro Atriz Ator. Artista que parece ter sido escrito para antecipar este momento.
Sejam bem-vindos ao podcast (h)à Bando e à primeira parte da conversa com o João Brites.
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A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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A viagem conduzida por Nicolas Brites continua.
Tal como prometido seguimos hoje para a segunda parte da conversa, desta vez uma viagem nocturna de regresso a Palmela após a itinerância em Évora. Aproveitámos o caminho para falar sobre a ida para Vale dos Barris e sobre os espectáculos que atravessaram Nicolas e o Vale dos Barris, nosso espaço sede há 25 anos.
Sejam bem-vindos ao podcast (h)à Bando. Acabámos de encher o depósito com memórias e aí vamos nós.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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"Procura-se que o Ator conduza o discurso cénico como o bom condutor de um automóvel que conversa com quem segue ao seu lado, e até é capaz de se emocionar sem perder, por isso, a destreza em realizar com segurança as manobras mais complicadas."
Quando João Brites escreveu esta frase, que hoje está associada à divulgação do Curso Consciência do Ator Atriz em Cena, estava longe de imaginar que se aplicaria que nem uma luva a um episódio de um podcast sobre o grupo que ajudou a fundar. Ainda por cima, um episódio com o seu filho Nicolas Brites.
Quem conhece o Nicolas sabe que falar com ele sobre o Bando é uma viagem ininterrupta e ao mesmo tempo cheia de paragens. Nasceu com o Bando, atravessou o país a dormitar no meio dos cenários, viu praticamente todos os espectáculos e tantos aqueles em que participou (e participa) como actor, e como técnico, e como contra-regra...enfim.
Sejam bem-vindos ao podcast (h)á Bando e à primeira parte de uma conversa-viagem que não é metafórica. Apertem os cintos.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda. A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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Sobre as conversas é comum dizer-se que são como as cerejas. Quererá isto dizer que umas trazem as outras, se encadeiam. Vêm aos pares como o fruto vermelho que, nesta época, povoa as árvores e as mesas.
A conversa com a nossa convidada de hoje é mais parecida com... figos. São frutos mais independentes, de outro calibre, não nascem ligados uns aos outros e exigem outro engenho para os apanhar, embora às vezes nos caiam aos pés. Hoje estou aqui, ainda sozinho, debaixo de uma figueira que não dá figos.... à espera. Em homenagem à nossa convidada para quem a excepção é mais valiosa do que regra, hoje a introdução a este episódio será feita... ao vivo.
Sentem-se comigo debaixo da nossa figueira em Vale dos Barris, enquanto esperamos pela Juliana Pinho.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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A nossa convidada de hoje, há uns anos atrás, atravessou o Atlântico para conhecer o Bando e assim que chegou a Palmela foi... vendada.
Pode dizer-se que foi quase às escuras que Dora Sales chegou a Vale dos Barris para ser formanda da edição de 2018 do Curso Consciência do Actor em Cena.
Ela entranhou-se no Bando e O Bando nela de tal maneira que alguns meses depois, integrou como estagiária para a equipa, apaixonou-se pela oficina e pela Fatinha e tatuou e foi tatuado pelas máquinas de cena. A tatuagem não é só uma metáfora.
Vamos percorrer juntos os caminhos cruzados da cenógrafa, actriz e directora de montagem que a levaram a ser convidada para cooperante e a ser no presente a assistente de cenografia de João Brites para a próxima estreia do Bando, o espectáculo AGUSTINOPOLIS a estrear em Outubro de 2025.
Sejam bem-vindos à oficina interna da Dora Sales.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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Depois de uma curta pausa, estamos de regresso para falar com Fabian Bravo, actor, cooperante do Bando e actual membro da equipa fixa num sector que internamente designamos como....território.
É uma conversa que se faz caminhando pelos cinco anos de vivência dele no Bando, começando precisamente pelo estágio que fez em Antes do Mar (2020) esse espectáculo sobre a caminhada de um grupo de migrantes, encenado por Miguel Jesus a partir de um bailarino na batalha de Hélia Correia. Mas para compreender este início e o percurso que o levou a ser o Rei Xariar das 1001 Noites (2023, 2024, 2025) passando pelo Zé Passinhos do espectáculo Futebol (2021), foi importante ir ainda mais atrás e perceber como é que um jovem em Portugal, decide ir estudar Teatro e enfrentar os desafios do sobrelotado e paradoxalmente tão diminuto meio artístico português.
Entre o passado e o futuro, fomos andando pela Quinta e pela memória.
Acompanhem-nos com o calçado adequado!
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
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Queremos conversar com quem fez e com quem faz hoje, todos os dias, o percurso do Bando. Com os pés bem assentes no chão que tantos ajudaram a construir, procuramos neste podcast, ouvir também as vozes de quem, todos os dias, no mundo actual e olhando a sociedade que nos rodeia, arregaça as mangas para abrir hoje, futuros para o Teatro O Bando.
À minha frente tenho Inês Gregório, a cooperante e trabalhadora da equipa fixa há mais de 5 anos. Antes disso fez produção do evento Almenara e muito antes ainda, desde criança, que participou como público em muitos espectáculos do Bando. Trazer à tona estas histórias é também a razão desta conversa.
Mulher implicada politicamente, natural do Porto, foram já muitos os desafios que assumiu como produtora. Desde rebanhos de ovelhas escoltados pela polícia à organização de receber públicos em plena pandemia no espectáculo Antes do Mar, ou a encontrar caminhos para inventar escadas em plena serra da arrábida, muitas foram as loucuras que tornou possíveis.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
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A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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Hoje conversamos com uma pessoa que integra actualmente a equipa do Bando na área da visualidade. Maria Taborda é desde 2019 a responsável pela imagem e grafismo e comunicação do Teatro O Bando.
Natural de Idanha a Nova, vamos conversar sobre os caminhos que escolheu durante a sua formação e de que forma é que os mapas dela se cruzaram com o Teatro e com o Bando.
Mulher de um traço abstracto e singular, integrou-se no singularismo, desmultiplicando-se entre o escritório e a cena tendo e descobrindo em Vale dos Barris, com sacrifício mas sem Tabu’s, a sua própria voz. Sobre isso espero poder falar e... escutar muito hoje.
Sejam bem-vindos à entrevista cheia de visualidade com a nossa Maria.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
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A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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O percurso do meu convidado de hoje tem tantos cruzamentos e intersecções com o meu que é difícil que esta conversa não fale também sobre o meu percurso no Bando que começou como estagiário (tal como ele, mas uns anos depois) e sob a sua coordenação...precisamente.
Falo com o Miguel Jesus, encenador e dramaturgo, ou para o nomear de uma forma mais clara: alguém que sabe ler e escrever e de quem, alguém disse um dia, pode dar muito jeito ao Bando.
O Miguel já fez quase tudo no Bando desde 2007. Além de escrever peças de Teatro e encenar também integra o elenco actual do Afonso Henriques. Na encenação destacam-se Em Nome da Terra em 2015 a partir de Vergílio Ferreira e Adoecer e Antes do Mar, ambos a partir de Hélia Correia.
Fora de cena já coordenou a comunicação e a produção e fez parte da direcção artística e da direcção da cooperativa. Depois de um período fora do Bando, regressou em 2024 como produtor das 1001 Noites, Irmã Palestina, estando actualmente a coordenar a produção e a versão dramatúrgica do espectáculo, AGUSTINOPOLIS, próxima estreia do Bando a partir dos personagens da obra de Agustina Bessa Luis, sob encenação de João Brites a estrear em Outubro no Centro Cultural de Belém.
Mais do que uma entrevista é uma conversa entre amigos que já partilharam muito a cena e muita cena juntos, em Bando.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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Será possível que ouvir falar tantas vezes de um espectáculo que nunca vimos, possa construir de tal forma uma imagem mental, que pareça que vivemos aquele momento como espectadores? Hoje falámos com Américo Rodrigues, ator, encenador e programador que durante muitos anos dirigiu culturalmente a vida da cidade onde nasci e cresci: a Guarda.
Assim que cheguei ao Bando e disse que era da Guarda, toda a gente me falou daquela noite inesquecível, aquele espectáculo dos Bichos nos anos 90 à volta da sé da Guarda para milhares de pessoas.
Os Bichos do Torga, espectáculo icónico no percurso do Bando, ficou marcado de forma indelével nas gentes da Guarda que naquela sexta-feira de Agosto de 1990 assistiram ao fenómeno. Eu não estive lá, tinha apenas 2 anos de idade, mas foram tantas as conversas e o espanto partilhado que hoje acreditou que assisti aquele espectáculo, no meio da multidão.
Américo Rodrigues foi o responsável por organizar esta e muitas outras idas do Bando à Guarda.
Actualmente é Director-Geral das Artes e nesta conversa sobre o percurso do Bando vamos reflectir sobre o que é popular e erudito, o que é mais singular ou mais plural, sobre o individualismo em expansão e os projectos colectivos em extinção.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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Estamos no espaço do Bando, na nossa quinta em Vale dos Barris. É dia de espectáculo, em fundo escuta-se música Mapuche, e entre uma e outra história das 1001 Noites, entre um e outro almoço, no meio dos fluxos de público, uns de manhã e outros à tarde, aproveitei uma pequena pausa e convenci a Paula Flamino a conversar comigo para o podcast.
Não foi fácil. No início o estigma de ser trabalhadora não artista num grupo de teatro persegui-a e por vezes colocava-se à margem das conversas e dos assuntos artísticos.
A Paula, trabalha no Bando há 13 anos, é tesoureira do grupo mas durante muito tempo não usou a 1ª pessoa do plural para falar do NOSSO trabalho. O tempo passou e a Paula é hoje um pilar do grupo, ou usando a sua expressão naval favorita, uma âncora do trabalho administrativo diário, entre muitas outros apoios que dá em diversas áreas.
Vou tentar desmontar a ideia de âncora com ela, vamos ver se sou bem sucedido.
Sentem-se connosco à mesa e não se atrasem que antes de o sino do Bando voltar a soar para o início de mais um espectáculo da Irmã Mapuche, a Paula tem de estar na mesa de bilheteira a conversar com o público.
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50 anos h(à) Bando é um podcast do Teatro O Bando com coordenação de João Neca lançado por ocasião do 50º aniversário do grupo em Outubro de 2024.
A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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Hoje à minha frente está sentada uma actriz com quem tenho passado muito tempo ultimamente.
Observá-la em cena, tirar notas, dar notas no final do ensaio, conversar, discutir o texto, o personagem, a relação dramatúrgica, ou a movimentação deste ou daquele objecto têm sido assim os nossos dias...
Estreámos a semana passada a mais recente criação que fizemos juntos, 1001 Noites, Irmã Mapuche.
Rita Brito é, em cena, Xerazade, a mulher que conta as histórias que eu costurei entre as narrativas mapuche e as tramas persas.
Desde 2014, a Rita é mais do que a Xerazade das 1001 Noites do Bando. Entre outras criações, Foi do Inferno ao Paraíso na trilogia da Divina Comédia; em 2016 subiu a exigente escada das palavras do Torga na reposição da Madalena dos Bichos, em 2017 assumiu a sempre hilariante Mafalda do Afonso Henriques, em 2018 enfiou com a Juliana Pinho a cabeça numa Paula Rego de Papel, espectáculo para a infância e juventude que ainda mantemos em reportório.
Sejam bem vindos ao podcast (h)à Bando e a esta mesa da criação teatral onde nunca falta pão. Já vão perceber porquê.
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A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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O nosso convidado já está com o figurino vestido.
Só falta aquecer e estará pronto para entrar em cena.
Abriu-nos as portas da intimidade da sua memória para falarmos de liberdade e de Teatro e para regressarmos ao pós 25-abril e ao período em que ele e a sua Comuna cedeu durante 7 anos uma sala ao Teatro O Bando.
Vivemos juntos até à madrugada de 3 de Maio de 1990, cumprem-se agora 35 anos.
Um curto-circuito e flores de papel, provocaram um incêndio que destruiu a sala da Comuna cedida ao Bando e onde estávamos prestes a estrear o espectáculo Terceira Margem do Rio.
A estreia foi adiada, foi um momento muito díficil e marcante para todos, mas a amizade e a profunda gratidão por acolherem o Bando neste período tão importante para a vida do grupo, superou as cinzas deixadas para trás.
O Bando existe há 50 anos graças à Comuna.
Sejam bem-vindos ao podcast (h)à Bando e ao camarim do João Mota.
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Imaginem uma fábrica, antes do 25 de Abril, onde o patrão convidava grupos de Teatro para apresentar, clandestinamente, espectáculo para os trabalhadores e respectivas famílias.
Desculpem antecipar uma das histórias que a Bela me contou mas não resisti a abrir-vos o apetite para esta conversa com uma mulher...intermitente, de idas e vindas com o Bando, de avenças e algumas desavenças, de desafios que não deixam o corpo sossegar à noite.
É difícil definir o que a Bela faz e já fez no Bando. Estar em cena não é o seu ofício, mas tudo o que seja nos bastidores faz parte do seu ADN, sobretudo se for com câmaras de ar. Já vão perceber porquê.
Numa tarde perto de uma estreia, interrompi um alinhava que estava a fazer num figurino e desafiei a Bela a sentar-se comigo para deixar gravada uma conversa tão efémera como a Arte que também gosta de fazer.
Sejam bem-vindos ao podcast (h)à Bando e à conversa com a Isabel Castan, a nossa Bela.
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Imaginem-se a sair de um espectáculo de Teatro a meio.
Não, não propomos que saiam porque não estão a gostar...Estamos no intervalo. As luzes de público subiram, há uma suspensão narrativa e é tempo de apanhar um pouco de ar, ir à casa de banho, ou beber alguma coisa antes da 2ª parte.
Nesse curto tempo de pausa, pensamos sobre o que já aconteceu desde o início...o que mais nos entusiasmou, as zonas mais complexas e as pontas soltas que se irão, esperamos nós, revelar após o intervalo.
Os últimos dias foram de intervalo no Teatro O Bando e, no podcast (h)à Bando, aproveitámos esta pausa, as férias da Páscoa, para ir ouvir os episódios já lançados e fazer uma seleccção de algumas conversas.
Uma mistura de vozes, a falar juntas sobre o Bando, é o que hoje vos propomos escutar.
Talvez se recordem de alguns episódios, talvez vos aguce o apetite para irem escutar outros que ainda não ouviram.
Muita gente a falar toda junta, numa escolha dramatúrgica que queremos partilhar convosco.
Sejam bem-vindos ao podcast (h)à Bando e a este intervalo sonoro! Para a semana teremos mais uma conversa com um novo convidado.
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A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
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Hoje converso com uma das actrizes com personagens mais marcantes do Teatro O Bando. Da Dulcinha (Montedemo, 1987) ao Zé Povinho (que ainda hoje representa), Antónia Terrinha é um corpo e uma voz indissociável do caminho que o Bando fez até hoje.
Entrou muito jovem no grupo, no princípio dos anos 80, e de lá para cá foi acumulando histórias hilariantes, poéticas, dolorosas narrando cada uma delas com a mesma implicação e envolvimento. Já não faz parte da equipa actualmente mas é cooperante e recentemente integrou a criação liberaLinda onde contracenámos.
Hoje o cenário é outro. Estamos prestes a entrar em cena, em casa da Antónia e não estamos sozinhos nesta contracena. Em diálogo, comigo, com ela e com as memórias dos espectáculos estão a cadela shaki e cão de seu nome lemur, quase tão implicados como a sua dona na reacção ao desenrolar da conversa.
Abraçamo-nos, os cães garantem-nos que têm o texto na ponta da língua e aí vamos nós para esta estreia. Muita merda!
Diz-se muitas vezes sobre o Bando que é...uma Escola.
Sim, é verdade que a formação teatral ocupou sempre um papel central na actividade do grupo mas quando ouvimos esta expressão ela tem um sentido mais abrangente.
No Bando aprende-se fazendo, as mãos ajudam a pensar (dizemos muitas vezes) e muitos são os profissionais de diferentes áreas que hoje estão em diversas instituições do país e que começaram aqui, formando-se enquanto trabalhadores.
As nossas convidadas de hoje entraram no Bando com as mesma idade em que entraram na Escola primária. Isabel e Matilde Santos, são irmãs gémeas que fizeram parte do primeiro grupo de crianças que inauguraram a formação Confraria do Teatro há quase 20 anos. Foram nossas confrades durante mais de 10 anos cresceram em todos os sentidos e integraram o elenco de espectáculos do grupo como o DO FIM ou os PÁSSAROS, uma encenação de João Neca e Miguel Jesus.
Hoje são mulheres a terminar a sua formação teatral e a fazer e a pensar, literalmente, o Teatro do Amanhã.
Sejam bem-vindos à conversa com as mais jovens entrevistadas.
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A pesquisa é de Nicolas Brites, a produção de Raquel Belchior, o som de Miguel Lima e o grafismo de Maria Taborda.
A música do genérico é uma composição de Nuno Cristo para o espectáculo Afonso Henriques, o espectáculo mais antigo Bando ainda em cena, estreado em 1982.
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