Esta série de episódios trata de diversos aspectos da atual epidemia de TDAH. Explica, de maneira acessível, as condições do diagnóstico, seus excessos e desvios. Traça os fatores de sua globalização, desde os anos 1990, a partir da Psiquiatria norte-americana. E, diante de dados e diversos estudos acadêmicos, mostra também a lógica econômica que acompanha essa disseminação, e seu profundo impacto na saúde e nas mitologias da saúde contemporâneas.
Neste primeiro episódio, abordo as características e definições gerais do diagnóstico de TDAH, seus excessos (overdiagnosis), os estudos a respeito desse excesso e os prejuízos à saúde que o acompanham.
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Neste episódio discuto como o modelo científico tradicional não funciona muito bem no campo da psiquiatria e da saúde mental e como um outro modelo de ciência, mais apropriado para o campo e mais compatível com as descobertas científicas do campo da saúde mental pode ser delineado.
Neste episódio discutimos como os 3 modelos de conceber os transtornos mentais que comentamos nos episódios anteriores marcaram a história da psiquiatria: 1) os modelos essencialistas que caracterizaram a psicanálise e a psiquiatria biológica; 2) o modelo de construção social, que caracterizou a antipsiquiatria; e por fim 3) o modelo pragmático da classificações diagnósticas atuais que teve início com o DSM-III em 1980. Comentamos as limitações de cada uma dessas abordagens e apresentamos o modelo de Clusters de Propriedades Mecanísticas, que busca considerar os transtornos mentais como resultado de múltiplas causas, atuando em diversos níveis: genético, molecular, psicológico e social.
Nesse episódio continuamos a discussão do podcast da semana passada, mostrando que o modelo essencialista para conceber os transtornos mentais se encontra defasado em relação a outras áreas da medicina e não é corroborado pelas pesquisas de genética em psiquiatria. São apresentados 2 modelos alternativos de concepção dos transtornos mentais: como tipos socialmente construídos e como tipos pragmáticos. As vantagens e desvantagens dos 2 modelos para a psiquiatria são discutidos.
Neste episódio discutimos, a partir da filosofia e de um artigo do psiquiatra americano Kenneth Kendler, 4 modos de conceber o que é um transtorno mental e a sua relevância para a psiquiatria.
Neste episódio discuto como a psicoeducação vem sendo cada vez mais considerada não apenas como um tipo de informação em saúde mas sim como uma intervenção terapêutica. As evidências científicas atuais revelam que a psicoeducação, tanto na Esquizofrenia, quanto no Transtorno Bipolar como na Depressão, melhora o curso clínico e a adesão ao tratamento, diminui recidivas e hospitalizações e melhora a qualidade de vida dos pacientes.
Meu curso de psicoeducação no tratamento da depressão: https://www.adrianoaaguiar.com.br/cursodepressao
Neste podcast discuto os artigos científicos que avaliam os déficits cognitivos do Rivotril e outros medicamentos benzodiazepínicos (Frontal, Alprazolam, Diazepam, etc) comumente prescritos nos transtornos de ansiedade e na depressão e mostro por que uma pesquisa de 2020, questiona os resultados de pesquisas anteriores sobre esse tema.
Neste vídeo discuto um artigo do psiquiatria canadense Joel Paris, Prof. de Psiquiatria da Universidade de McGill e ex-editor chefe do The Canadian Journal of Psychiatry.
No artigo o autor coloca em questão o conceito unificado de depressão, presente na classificação psiquiátrica atual, que segundo ele pode levar os médicos a tratarem todos os tipos de depressão da mesma forma - com antidepressivos.
Joel Paris discute ainda algumas pesquisas sobre a eficácia e efetividade dos antidepressivos, que questionam o seu uso nas depressões leves e moderadas, que constituem a maioria dos casos tratados nos serviços de atenção básica à saúde.
Ele também interroga se o conceito unificado de depressão não explicaria o as altas taxas de prevalência de quadros depressivos encontradas em estudos epidemiológicos populacionais e também as taxas elevadas de depressão resistente em estudos de efetividade.
E você, o que achou? Deixe seu comentário!
Link para o artigo debatido no podcast:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4079242/
Neste podcast eu explico como as pesquisas sobre epigenética, nos levam a pensar de outro modo a herdabilidade de doenças como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar e outros transtornos psiquiátricos. Discuto também como a epigenética implica em pensar de outra forma a relação da psiquiatria com a psicanálise, a filosofia e as humanidades.
"Doutor, os distúrbios psiquiátricos, como depressão, esquizofrenia e transtorno bipolar são problemas genéticos?" No episódio da semana passada mostramos que a resposta mais adequada para essa pergunta era "sim", mas também "não". Neste episódio eu explico como as pesquisas mais modernas de genética molecular não apenas confirmam, como também ampliam os resultados das pesquisas iniciais em genética psiquiátrica, colocando em questão as fronteiras das nossas classificações diagnósticas atuais e o modelo essencialista de doença na psiquiatria. No próximo e último episódio desta série sobre psiquiatria e genética falaremos sobre a influência de fatores ambientes na própria expressão dos genes, um fenômeno conhecido como epigenética.
Os distúrbios psiquiátricos, como depressão, esquizofrenia e transtorno bipolar são problemas genéticos?
Essa é umas das perguntas mais comuns que as pessoas fazem sobre a psiquiatria. E a resposta é "sim", mas também "não".
Neste podcast eu explico como as pesquisas de genética em psiquiatria mostram que há sim uma forte influência da genética em distúrbios psiquiátricos como a esquizofrenia, por exemplo, mas mostram também que a genética não é tudo.
E que a influência de fatores ambientes também são importantes para o surgimento ou não da patologia.
Além disso, disso discutimos também como estas pesquisas revelam que a base genética dos transtornos mentais não corrobora as fronteiras entre os transtornos mentais que as classificações diagnósticas que utilizamos atualmente definem.