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Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Cantinho da Psicóloga
60 episodes
15 hours ago
Os áudios dos conteúdos são gerados por IA - Inteligência Artificial a partir das centenas de textos e artigos elaborados por psicólogos.
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Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Síndrome de Tourette: o que é, causas, sintomas e tratamentos!
A Síndrome de Tourette é uma condição neurológica relevante, mas ainda enfrenta desinformação e preconceito.
Frequentemente diagnosticada na infância, essa síndrome pode impactar o comportamento, a autoestima e as relações sociais de quem convive com ela.
Assim, mesmo sendo uma condição que acompanha muitos indivíduos ao longo da vida, os sintomas podem se apresentar de forma variável, tornando o diagnóstico e o tratamento um desafio tanto para as famílias quanto para os profissionais de saúde.
Neste artigo, você vai conhecer o que caracteriza a Síndrome de Tourette, suas principais causas, sinais clínicos e os recursos terapêuticos mais utilizados atualmente para promover bem-estar e qualidade de vida. Boa leitura!
O que é a Síndrome de Tourette?
A Síndrome de Tourette é um transtorno neurológico do desenvolvimento caracterizado por tiques motores e vocais que ocorrem de forma repetitiva, involuntária e súbita. Esses tiques costumam surgir na infância, geralmente entre os 5 e 10 anos de idade.
Confirma-se o diagnóstico quando a pessoa manifesta múltiplos tiques motores e ao menos um tique vocal, com duração superior a um ano e início antes dos 18 anos, de acordo com os critérios do DSM-5.
Embora ainda envolta em certo desconhecimento, a Síndrome de Tourette não é rara e afeta cerca de 1% da população infantil, sendo mais comum em meninos. Os sintomas podem ser agravados por estresse, ansiedade ou cansaço, mas tendem a diminuir com a maturidade ou quando o indivíduo está focado em alguma atividade.
Quais são os sinais da Síndrome de Tourette?
A Síndrome de Tourette se manifesta por tiques motores e vocais, que são movimentos ou sons involuntários e repetitivos. Assim, esses sinais variam de pessoa para pessoa e podem mudar com o tempo.
Então, entre os principais estão:
1. Tiques motores (movimentos involuntários)
Piscar excessivo dos olhos: movimento rápido e frequente das pálpebras, comum no início da síndrome.
Caretas faciais: expressões involuntárias como franzir a testa, abrir a boca ou enrugar o nariz.
Movimentar ombros ou cabeça: sacudidas ou inclinações repentinas e involuntárias.
Estalar os dedos ou bater as mãos: gestos repetitivos, sem função prática.
Tocar objetos ou pessoas repetidamente: ação impulsiva e repetida, muitas vezes sem intenção clara.
Gestos obscenos (copropraxia): manifestações gestuais ofensivas ou inapropriadas, mais raras.
Tiques vocais (sons involuntários)
Grunhidos, pigarros ou tosses frequentes: sons produzidos involuntariamente, sem relação com doenças respiratórias.
Gritar palavras ou frases aleatórias: vocalizações súbitas fora de contexto.
Repetição de palavras ou sons de outras pessoas (ecolalia): imitação involuntária do que a pessoa acabou de ouvir.
Repetição das próprias palavras ou frases (palilalia): repetição automática do que a pessoa acabou de dizer.
Uso involuntário de palavrões (coprolalia): emissão de palavras ofensivas, presente em uma minoria dos casos.
O que causa essa condição?
A Síndrome de Tourette é causada por uma combinação de fatores genéticos, neurológicos e ambientais. Então, embora a origem exata ainda não seja totalmente compreendida, as evidências apontam para os seguintes elementos:
Genética: há forte influência hereditária, com maior incidência entre familiares de primeiro grau. Diversos genes podem estar envolvidos no risco de desenvolvimento da síndrome.
Neuroquímica cerebral: alterações na regulação de neurotransmissores, especialmente a dopamina, afeta áreas do cérebro responsáveis pelo controle motor e comportamento.
Fatores ambientais: situações como estresse durante a gestação, uso de substâncias na gravidez, parto prematuro ou baixo peso ao nascer podem aumentar o risco.
Infecções: pesquisas avaliam a relação entre infecções por estreptococos e o surgimento de sintomas em crianças, mas essa hipótese ainda não é plenamente comprovada.
Portanto, a interação entre esses fatores varia de pessoa para pessoa, o que torna a síndrome complexa e de manifestação...
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20 hours ago
8 minutes 28 seconds

Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Dislexia: o que é, causas, sintomas e tratamentos!
A dislexia é uma condição de saúde que atinge o processo de aprendizagem de uma pessoa, podendo ser relacionada às habilidades básicas de aprender a escrever, ler ou soletrar.
Por isso, em tais casos, o indivíduo possui uma maior dificuldade na prática da leitura e da escrita, tais como no reconhecimento ou compreensão de palavras, dispersão, lentidão para aprender a ler, erros de pronúncia, entre outras.
Nesse artigo, você saberá o que é essa condição do neurodesenvolvimento, suas causas, principais sintomas, os tipos existentes de dislexia e ainda conhecerá quais são os tratamentos disponíveis. Boa leitura!
O que é dislexia?
A dislexia é considerada um transtorno relacionado à aprendizagem, sendo que pessoas com esta condição possuem maior dificuldade para desenvolver as habilidades de ler, escrever e soletrar.
Desta forma, o desenvolvimento de indivíduos com dislexia geralmente é afetado no sentido de, por exemplo, ser mais difícil realizar leituras, escrever corretamente as palavras, pronunciá-las de modo adequado ou mesmo compreender o significado de cada uma.
Tipos de dislexia
Os tipos de dislexia mais comuns são a dislexia visual, dislexia auditiva e dislexia mista. Por isso, valer a pena conhecer cada uma:
1. Dislexia visual
Em sentido geral, é aquela em que o indivíduo possui dificuldade no reconhecimento da forma e tamanho das letras, das palavras escritas e das coisas, o que pode provocar confusão no que se refere à percepção visual na escrita e leitura.
Nos casos de dislexia visual, a pessoa não consegue decodificar de forma nítida as letras, os símbolos gráficos ou mesmo as palavras, tornando a leitura de um texto mais lenta, por exemplo.
2. Dislexia auditiva
A dislexia auditiva corresponde ao tipo mais comum desta condição e tem relação com o fato de que o indivíduo não tenha uma percepção para identificar os sons das palavras, seja para compreender sotaques, instruções faladas ou mesmo pessoas que falam rápido.
Uma vez que existe uma dificuldade para entender aquilo que ouve, reconhecer ou separar os sons das palavras.
3. Dislexia mista
Como o próprio nome já indica, a dislexia mista é uma junção dos sintomas da dislexia visual e auditiva, de modo que, o disléxico tem dificuldades, por exemplo, para ler um texto de forma adequada, bem como para compreender sons e palavras.
Considerando que neste tipo de dislexia a pessoa encontra obstáculos na aprendizagem visual e auditiva ao mesmo tempo, há um grau mais severo.
Quais são os principais sintomas da dislexia?
Cada pessoa sentirá sintomas diferentes da dislexia, isso porque cada uma possui sua própria realidade de aprendizagem.
Mas, no geral, alguns dos principais sintomas dessa condição são:
Linguagem oral
Atraso para desenvolver a habilidade da fala;
Dificuldade para pronunciar corretamente as palavras;
Confusão com palavras semelhantes;
Problemas no momento de formação de palavras;
Dificuldade na nomeação de letras, números e/ou cores.
Leitura
Lentidão durante a leitura, com erros excessivos e muitas pausas;
Vocabulário pobre;
Inabilidade para converter letras em sons para ler (decodificação de palavras);
Interpretação de texto falha.
Escrita
Dificuldade para produzir textos;
Trocar as letras com sons ou grafias semelhantes, como "d" e "b";
Falta de organização na escrita e presença de muitos erros;
Troca, omissão ou substituição de letras e sílabas;
Erros de ortografia ou de soletração, mesmo em palavras comumente utilizadas.
O que causa a dislexia?
A dislexia é causada por uma alteração nos cromossomos, o que a caracteriza como sendo uma condição de origem genética e hereditária, justificando, assim, a sua forte ocorrência em pessoas da mesma família.
Esta desordem neurológica também é provocada por problemas nas estruturas do cérebro e na comunicação entre certos neurônios
Quais são os fatores de risco?
Depois do histórico familiar, a dislexia também possui outros fatores de risco, tais como:
Problemas no processamento fonológico;
Dificuldades devido à fa...
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2 days ago
6 minutes 35 seconds

Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Autocompaixão: aprenda a ser gentil consigo mesmo
A autocompaixão é um conceito cada vez mais estudado pela psicologia moderna e que pode transformar profundamente a forma como nos relacionamos com nós mesmos.
Em uma sociedade que frequentemente valoriza a produtividade excessiva, a comparação constante e a autocrítica dura, aprender a ser gentil consigo mesmo pode ser uma das habilidades mais importantes para o bem-estar emocional.
O que é autocompaixão?
Autocompaixão é a capacidade de oferecer a si mesmo a mesma bondade, cuidado e compreensão que normalmente ofereceria a um amigo querido em um momento difícil.
Assim sendo, ao invés de reagir com críticas severas quando cometemos erros ou enfrentamos dificuldades, a autocompaixão nos convida a responder com empatia e paciência.
A psicóloga Kristin Neff, uma das principais pesquisadoras sobre o tema, define autocompaixão como composta por três pilares fundamentais:
1. Autobondade
Significa tratar a si mesmo com gentileza ao invés de dureza.
Em vez de cair em um discurso interno crítico como "sou um fracasso" ou "não sirvo para nada", a pessoa consegue olhar para sua dor e reconhecer que está passando por uma dificuldade.
2. Humanidade compartilhada
É a compreensão de que errar e sofrer faz parte da experiência humana.
Muitas vezes acreditamos que somos os únicos a falhar e fortalecemos a síndrome do impostor, mas quando aceitamos que a imperfeição é algo comum, conseguimos nos sentir menos isolados.
3. Atenção plena (mindfulness)
Trata-se da habilidade de reconhecer a dor e as emoções difíceis sem reprimi-las nem exagerá-las.
O mindfulness permite lidar com os sentimentos de forma equilibrada, sem negar o sofrimento, mas também sem se deixar dominar por ele.
Autocompaixão não é autopiedade nem egoísmo
Um equívoco comum é confundir autocompaixão com autopiedade ou com uma atitude egoísta.
No entanto, existem diferenças importantes:
Autocompaixão não é se colocar como vítima
Na autopiedade, a pessoa foca, por exemplo, apenas em sua dor, muitas vezes sem reconhecer que todos passam por dificuldades.
Já na autocompaixão, há uma perspectiva mais ampla da experiência humana.
Autocompaixão não é indulgência
Ser gentil consigo mesmo não significa se livrar de responsabilidades ou justificar comportamentos prejudiciais.
Pelo contrário, a autocompaixão nos ajuda a buscar mudanças saudáveis com motivação positiva.
Autocompaixão não é narcisismo
Não se trata de se colocar acima dos outros, mas de cuidar de si sem se comparar constantemente.
Por que a autocompaixão é importante para a saúde mental?
A prática da autocompaixão traz inúmeros benefícios comprovados por estudos científicos. Entre eles:
Redução da autocrítica
A voz interna severa pode gerar culpa, vergonha e ansiedade.
Logo, quando aprendemos a responder de maneira mais compreensiva, conseguimos interromper esse ciclo de autossabotagem.
Aumento da resiliência emocional
Pessoas autocompassivas lidam melhor com frustrações e adversidades, pois não se afundam em julgamentos duros, mas acolhem a própria dor e encontram caminhos para seguir em frente.
Menos sintomas de ansiedade e depressão
Pesquisas mostram que a prática regular de autocompaixão está associada à diminuição de sentimentos, como por exemplo, de desesperança, tristeza e preocupações excessivas.
Melhoria nos relacionamentos
Quando somos mais gentis conosco, também passamos a ser mais compreensivos e empáticos com os outros, fortalecendo vínculos e diminuindo conflitos.
Maior motivação saudável
Diferente da crença de que precisamos ser duros para "melhorar", a autocompaixão motiva, por exemplo, a mudança de maneira construtiva, com base no cuidado, e não no medo.
Como desenvolver a autocompaixão no dia a dia
A autocompaixão é uma habilidade que pode ser aprendida e treinada. A seguir, algumas práticas simples que ajudam a cultivar essa atitude.
Pratique a autopercepção
Preste atenção às situações em que você é excessivamente crítico consigo mesmo.
Assim sendo, pergunte-se: "O que eu diria a um amigo nessa mesma situa...
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4 days ago
8 minutes 17 seconds

Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Masculinidade tóxica: o que é e como combater?
A expressão "masculinidade tóxica" tem ganhado cada vez mais espaço e sido utilizada em debates sociais, psicológicos e acadêmicos.
Embora, à primeira vista, possa soar como uma crítica à masculinidade em si, o termo não se refere a ser homem, mas sim a comportamentos, crenças e padrões de gênero que podem causar sofrimento tanto para os homens quanto para mulheres.
Neste artigo, vamos explorar o que é masculinidade tóxica, seus indícios, suas origens, como afeta homens e mulheres, exemplos práticos no dia a dia e caminhos possíveis para desconstruí-la. Boa leitura!
O que é masculinidade tóxica?
A masculinidade tóxica é um conjunto de comportamentos e crenças nocivos, baseados em uma visão distorcida do que significa ser homem.
Assim, ela incentiva atitudes como a repressão das emoções, a hostilidade, a necessidade de provar constantemente a virilidade, o desprezo por tarefas de cuidado e a dominação em relacionamentos.
Esse modelo de masculinidade é prejudicial porque limita a liberdade emocional dos homens, aumenta o risco de problemas de saúde mental e fortalece práticas de desigualdade e violência contra mulheres e outros grupos.
Por isso, falar em masculinidade tóxica é falar de um fenômeno social que precisa ser reconhecido e desconstruído para promover relações mais justas e saudáveis.
Quais são os indícios da masculinidade tóxica?
Identificar a masculinidade tóxica é essencial para compreender como ela se manifesta nas relações pessoais, profissionais e sociais. Alguns sinais comuns incluem:
Repressão de emoções: A ideia de que chorar, expressar tristeza ou mostrar fragilidade é sinal de fraqueza. Essa repressão constante pode gerar ansiedade, depressão e dificuldades de comunicação afetiva.
Necessidade de afirmar virilidade: A ideia de que o valor de um homem está ligado à sua performance sexual ou à quantidade de parceiras. Esse padrão pressiona e reforça estigmas em torno da masculinidade.
Agressividade como prova de força: A crença de que resolver conflitos exige violência verbal ou física. Assim, essa postura reforça comportamentos abusivos e dificulta a construção de relações saudáveis.
Desvalorização do cuidado: Atividades como cozinhar, limpar a casa ou cuidar dos filhos são vistas como "coisa de mulher", e esse desprezo reforça a desigualdade de gênero e sobrecarrega parceiras ou familiares.
Machismo explícito ou velado: Desde piadas ofensivas até atitudes de controle e dominação em relacionamentos, o machismo é um indício direto da masculinidade tóxica.
Homofobia e preconceito: A rejeição a qualquer comportamento considerado "feminino" ou "afeminado" reforça padrões discriminatórios e limita a liberdade individual.
Competitividade excessiva: Quando a busca por ser "melhor" que os outros é constante, surge a dificuldade de cooperar, reconhecer falhas ou pedir ajuda.
Isolamento emocional: A crença na autossuficiência leva muitos homens a evitarem vínculos de amizade profunda ou a recusar apoio psicológico, mesmo em momentos de sofrimento.
Postura controladora e autoritária: Quando o homem acredita que sua palavra deve prevalecer em qualquer situação, toma decisões sem considerar outras pessoas ou desqualifica opiniões diferentes.
Por que a masculinidade tóxica surge?
A masculinidade tóxica nasce de normas sociais e culturais transmitidas de geração em geração. Desde cedo, meninos são ensinados a reprimir emoções e a associar masculinidade à força, ao poder e à ausência de vulnerabilidade.
Dessa forma, esse modelo se sustenta em uma estrutura patriarcal que valoriza a dominação masculina e desvaloriza comportamentos ligados ao cuidado ou à sensibilidade.
Como resultado, muitos homens crescem acreditando que precisam corresponder a um padrão rígido para serem aceitos, perpetuando atitudes nocivas para si mesmos e para os outros.
Como a masculinidade tóxica afeta homens e mulheres?
A masculinidade tóxica tem efeitos amplos e profundos, pois ela não se limita a relações interpessoais, mas alcança também a saúde ...
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6 days ago
9 minutes 13 seconds

Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Terapia familiar: o que é, como funciona e para quem é indicada?
A terapia familiar é uma abordagem em grupo em que o psicólogo atende os membros de uma mesma família juntos. O objetivo é promover mais harmonia, leveza e respeito na convivência.
Essa modalidade de psicoterapia é muito útil nos dias de hoje. Ela contribui para melhorar relacionamentos, apoiar o tratamento de questões emocionais e lidar com outras situações que afetam a dinâmica familiar.
Neste artigo, você vai entender como a terapia familiar funciona, quais são seus principais benefícios e para quem é indicada. Boa leitura!
O que é terapia familiar?
A terapia familiar utiliza técnicas da psicologia para mediar conflitos entre membros de uma mesma família. O foco está nas relações e não em questões individuais.
O principal objetivo é resolver conflitos familiares, mas também fortalecer os laços e melhorar a comunicação entre os integrantes.
Os psicólogos podem aplicar diferentes abordagens, como:
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC);
Constelação Familiar;
Teoria Sistêmica;
Psicanálise;
Abordagem Estrutural, entre outras.
Cada caso é avaliado individualmente. Assim, o psicólogo escolhe a metodologia mais adequada conforme as necessidades de cada família.
Como funciona a terapia familiar na prática?
Na prática, a terapia familiar funciona de modo bem simples, sendo semelhante às terapias em grupo, por exemplo.
Assim, em vez de atendimento individual, como ocorre nas terapias tradicionais, na terapia familiar os integrantes da família formam juntos um círculo, sentados em cadeiras ou, ainda, caso achem melhor, no sofá, e o profissional media a sessão.
O psicólogo, por sua vez, atua no sentido de incentivar cada membro da família a falar a respeito de seus sentimentos no convívio familiar. Isso possibilita compreender o ponto de vista de cada um dos integrantes e do próprio psicoterapeuta a respeito do caso.
Vale dizer que quando o grupo familiar consegue conversar abertamente sobre aquilo que sentem, os resultados tendem a ser melhores, pois eles falam e escutam uns aos outros.
Benefícios da terapia familiar
Fazer terapia é sempre benéfico, e em família, os resultados podem ser ainda mais transformadores. Veja alguns dos principais benefícios:
Autoconhecimento
Ainda que o foco da terapia familiar esteja centrado justamente no convívio em família, ela possibilita igualmente que cada integrante desenvolva um autoconhecimento mais profundo e entenda melhor de si, suas emoções e comportamentos.
Com o autoconhecimento, a pessoa, além de entender melhor seus próprios sentimentos, também consegue compreender a respeito de seu papel dentro da família e como pode ajudar na resolução dos conflitos familiares.
Fortalecimento dos laços familiares
A saúde mental influencia diretamente a qualidade das relações. Na terapia familiar, o diálogo aberto estimula empatia, respeito e amor, fortalecendo os vínculos entre os integrantes.
Abertura de espaço ao perdão
Existem momentos na vida que deixam marcas fortes nas pessoas, o que não seria diferente no seio familiar. Às vezes, um indivíduo carrega por anos alguma mágoa do passado e o perdão pode ser a melhor alternativa para a cura.
Assim, na terapia familiar, existe essa vantagem de conseguir um espaço para perdoar o próximo na dinâmica da família, ressignificando os traumas, corrigindo erros e possibilitando uma nova vida por meio da reconciliação.
Quando a terapia familiar é indicada?
A terapia familiar é indicada em diferentes situações, especialmente quando os conflitos começam a prejudicar a convivência ou o bem-estar emocional.
Isto se deve ao fato de que, sendo o lar a nossa grande referência de apoio na vida, a partir do momento em que os conflitos passam a trazer malefícios a nós ou aos nossos familiares, a ajuda de um profissional é fundamental para aprimorar a convivência familiar.
Veja alguns exemplos:
Brigas frequentes entre pais: os pais são a maior referência que os filhos têm na família, sendo até mesmo o espelho da vida. Assim, quando existem muitas brigas entre pai e mãe, ...
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1 week ago
5 minutes 50 seconds

Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Acordar cedo realmente faz bem à saúde do corpo e da mente?
Muita gente acredita que acordar cedo é sinônimo de produtividade, disciplina e saúde, e frases como "Deus ajuda quem cedo madruga" reforçam essa ideia quase cultural de que, quem levanta com o sol, tem mais chances de ter sucesso e bem-estar.
No entanto, será que existe, de fato, uma relação direta entre acordar cedo e saúde mental e física? Nos últimos anos, estudos têm aprofundado essa conexão, revelando como os hábitos de sono impactam o funcionamento do cérebro, o humor e até o risco de doenças.
Neste artigo, vamos explorar os principais benefícios de acordar cedo, entender os limites dessa prática e, para quem deseja adotar esse hábito, apresentar dicas práticas para torná-lo mais leve e eficiente, sempre com foco no equilíbrio e no respeito ao próprio corpo.
Acordar cedo realmente contribui para a saúde mental e física?
Sim, acordar cedo pode trazer impactos positivos tanto para a mente quanto para o corpo, desde que esteja associado a uma rotina de sono adequada.
Pessoas que mantêm horários regulares e iniciam o dia mais cedo tendem a relatar maior disposição, melhor humor e níveis mais baixos de estresse.
No entanto, esses benefícios só se manifestam plenamente quando o despertar precoce é compatível com o cronotipo da pessoa e não compromete o tempo total de descanso necessário para o organismo se recuperar.
Quais são os benefícios de acordar cedo?
Acordar cedo, quando feito de forma equilibrada e respeitando o ritmo do corpo, pode transformar significativamente a rotina diária.
Os primeiros momentos do dia oferecem um ambiente mais calmo, ideal para tomar decisões conscientes, cuidar da saúde e alinhar os pensamentos.
Então, a seguir, separamos os principais benefícios físicos, mentais e comportamentais associados ao hábito de despertar cedo:
Maior clareza mental e emocional
Acordar cedo permite que o cérebro desperte de forma gradual, sem estímulos abruptos. Isso melhora a organização dos pensamentos, favorece o autocontrole emocional e reduz a sensação de sobrecarga logo pela manhã.
Além disso, com mais tempo e silêncio, a mente encontra espaço para começar o dia com foco, tranquilidade e maior estabilidade emocional.
Regulação do ritmo biológico
Levantar cedo ajuda o corpo a se alinhar ao ciclo natural da luz e da escuridão, regulando o chamado ritmo circadiano. Esse ajuste influencia diretamente a produção hormonal, o apetite, o sono e o humor.
Dessa forma, com o organismo funcionando em harmonia com o ambiente externo, há mais equilíbrio físico e mental ao longo do dia.
Produtividade e foco aumentados
O período da manhã costuma ser mais livre de interrupções, o que favorece a realização de tarefas complexas com maior atenção.
Assim, ao acordar cedo, você ganha um tempo precioso para planejar o dia, estabelecer prioridades e produzir com mais clareza. Isso contribui para uma rotina mais eficiente, organizada e menos sobrecarregada.
Melhoria da qualidade do sono
Manter um horário fixo para dormir e acordar fortalece o ciclo de sono-vigília, melhorando a profundidade e a consistência do descanso.
Quando o corpo se habitua a acordar cedo, tende também a adormecer com mais facilidade, resultando em noites mais restauradoras e maior disposição física e mental durante o dia.
Hábitos mais saudáveis
Ao iniciar o dia com mais tempo, é possível inserir práticas saudáveis na rotina matinal, como uma alimentação equilibrada, alongamentos ou exercícios físicos leves.
Isso estimula o metabolismo, melhora o humor e reduz comportamentos impulsivos ao longo do dia.
Redução do estresse
Começar o dia com calma, sem correrias ou atrasos, impacta diretamente os níveis de estresse. Assim, acordar cedo oferece a oportunidade de respirar, se organizar e lidar com as demandas do dia de forma mais serena.
Além disso, esse controle sobre o tempo reduz a ansiedade matinal e contribui para uma rotina emocionalmente mais leve.
Mas acordar cedo é para todo mundo?
Apesar de todos os benefícios, acordar cedo não é uma regra universal para sa...
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1 week ago
8 minutes 21 seconds

Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
A importância do silêncio no processo terapêutico
No cotidiano acelerado em que vivemos, o silêncio costuma ser visto como algo desconfortável, vazio ou até mesmo constrangedor.
Estamos acostumados a preencher espaços com palavras, sons, músicas, notificações e conversas.
No entanto, no contexto terapêutico, o silêncio tem uma função poderosa e transformadora.
Ele pode abrir caminhos para a introspecção, para o contato com emoções profundas e para a construção de uma comunicação mais autêntica entre paciente e terapeuta.
Entenda a relevância do silêncio na psicoterapia, suas funções, os tipos de silêncio que podem surgir, os efeitos que ele provoca e como pode ser utilizado como uma ferramenta terapêutica.
O silêncio como linguagem
O silêncio não é ausência de comunicação. Pelo contrário, ele pode ser considerado uma forma de linguagem.
Durante uma sessão terapêutica, o silêncio pode ser carregado de significados: pode transmitir resistência, reflexão, ansiedade, tristeza ou simplesmente a necessidade de organizar pensamentos.
O terapeuta, atento a essas pausas, pode ajudar o paciente a interpretar o que está acontecendo internamente.
O silêncio que comunica emoções
Nem sempre é fácil verbalizar sentimentos complexos. Diante de emoções como dor, luto ou vergonha, o paciente pode recorrer ao silêncio como forma de proteção.
O silêncio como espaço de escuta
Quando o terapeuta silencia, ele também transmite uma mensagem: a de que está presente, ouvindo ativamente e oferecendo espaço seguro para que o paciente fale no seu tempo.
Essa atitude reforça a ideia de que a terapia não é uma corrida de palavras, mas um lugar de acolhimento.
O desconforto com o silêncio
É comum que pacientes - e até terapeutas iniciantes - sintam incômodo diante do silêncio.
Muitas vezes surge a necessidade de preenchê-lo imediatamente, como se fosse algo errado ou inadequado.
Esse desconforto, no entanto, pode ser revelador. Ele mostra o quanto estamos habituados a associar o valor da boa comunicação apenas à fala.
Assim sendo, aprender a conviver com o silêncio no processo terapêutico é um exercício de tolerância, autoconhecimento e respeito pelo tempo de cada um.
Silêncio e ansiedade
Alguns pacientes podem interpretar o silêncio como julgamento ou falta de interesse por parte do terapeuta.
Isso pode gerar ansiedade e dificultar a entrega; por isso, é papel do psicólogo esclarecer que o silêncio faz parte do processo e que não é sinônimo de abandono.
Silêncio e autocrítica
Outro ponto relevante é que, no silêncio, muitos pacientes se conectam com pensamentos autocríticos.
Isso pode ser doloroso, mas também é uma oportunidade para que esses padrões de pensamento venham à tona e sejam trabalhados em conjunto.
Funções terapêuticas do silêncio
O silêncio, quando bem utilizado, tem diferentes funções dentro da terapia.
Assim sendo, ele pode ser tanto um recurso do paciente quanto uma ferramenta estratégica do terapeuta.
Estímulo à autorreflexão
O silêncio abre espaço para que o paciente se escute.
Logo, ao invés de respostas prontas ou interpretações imediatas, o tempo de pausa permite que ele elabore suas próprias percepções, fortalecendo a autonomia emocional e o autocuidado.
Facilitação do contato com emoções
Muitas emoções só emergem quando há espaço para senti-las.
O silêncio funciona como um "convite" para que o paciente se conecte com sensações internas e as experimente em profundidade.
Construção da relação terapêutica
Ao aceitar e acolher o silêncio, o terapeuta mostra respeito pelo ritmo do paciente.
Isso fortalece o vínculo terapêutico e transmite segurança para que o indivíduo se abra no seu tempo.
Momentos de integração
Após uma fala intensa ou uma intervenção significativa, o silêncio pode ser essencial para a assimilação do conteúdo.
Logo, ele funciona como um intervalo que permite ao paciente integrar novas perspectivas antes de seguir adiante.
Tipos de silêncio na terapia
Nem todo silêncio é igual. Diferentes situações produzem diferentes significados e efeitos.
Silêncio reflexivo
É o sil...
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1 week ago
9 minutes 8 seconds

Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Fim de relacionamento: como superar essa fase?
Enfrentar o fim de um relacionamento pode ser uma das experiências mais desafiadoras da vida.
Mesmo quando a decisão é mútua ou tomada de forma racional, é comum sentir um vazio emocional, dúvidas sobre o futuro e uma série de sentimentos conflitantes.
Afinal, toda relação carrega expectativas, planos e afetos que não desaparecem de uma hora para outra. Mas, apesar da dor, esse momento também pode ser uma oportunidade de reconexão consigo mesmo e de amadurecimento emocional.
Neste artigo, vamos entender por que o término costuma ser tão difícil e apresentar dicas práticas para atravessar essa fase com mais equilíbrio e autocompaixão. Confira!
Por que é difícil superar o término de um relacionamento?
O fim de um relacionamento é difícil porque representa a perda de vínculos emocionais, rotinas compartilhadas e expectativas sobre o futuro.
Então, além do vazio deixado pela ausência da outra pessoa, há também o desafio de lidar com sentimentos intensos, como tristeza, solidão e insegurança.
Esse processo se assemelha a um luto, pois exige tempo e esforço para se adaptar a uma nova realidade e reconstruir a própria identidade.
Como superar o fim de relacionamento?
Superar o fim de relacionamento não acontece de um dia para o outro. É um processo gradual, que exige paciência, autocompaixão e disposição para se reconstruir.
Embora cada pessoa viva o término de forma única, existem atitudes que podem tornar essa fase menos dolorosa e mais transformadora.
A seguir, reunimos 10 dicas práticas que ajudam a atravessar esse momento com mais equilíbrio emocional e clareza sobre os próximos passos.
1. Aceite seus sentimentos
O primeiro passo para superar o fim de relacionamento é aceitar o que você sente. É natural viver tristeza, raiva, confusão ou até alívio, pois esses sentimentos fazem parte do processo de adaptação e não devem ser reprimidos.
Permitir-se sentir não significa se afundar na dor, mas reconhecer que ela existe. Ao validar suas emoções, você cria espaço para que elas se transformem com o tempo, pois evitar ou negar o que sente apenas prolonga o sofrimento.
Além disso, acolher-se com paciência é fundamental para iniciar uma nova etapa com mais clareza e inteligência emocional.
2. Viva o luto emocional
Um término é uma forma de luto: você perde não só uma pessoa, mas também a rotina e os planos que faziam parte da relação. Reconhecer isso é essencial para seguir em frente.
Então, permita-se chorar, refletir e até sentir saudade, porque ignorar a dor não faz com que ela desapareça. Cada um tem seu tempo para viver esse processo, e não existe prazo certo para "ficar bem".
Vale dizer que, ao aceitar o luto emocional como uma etapa necessária, você constrói uma base sólida para reconstruir sua vida de maneira mais consciente e saudável.
3. Evite contato constante com a pessoa
Após o fim do relacionamento, é comum sentir vontade de manter contato ou acompanhar a vida da outra pessoa pelas redes sociais. No entanto, isso costuma intensificar a dor e dificultar o processo de desapego.
Dessa forma, estabelecer limites claros, como pausar conversas ou até bloquear temporariamente, ajuda a criar distância emocional. Esse espaço é fundamental para que você se reconstrua sem ficar preso ao passado.
Quanto menos estímulos relacionados ao ex-parceiro, mais fácil será redescobrir sua identidade individual e fortalecer sua autonomia para seguir em frente de maneira saudável.
4. Redescubra quem você é
Relacionamentos muitas vezes moldam hábitos, escolhas e até a identidade de cada pessoa, e, por isso, após o término, é comum sentir-se perdido ou vazio.
Use esse momento para redescobrir quem você é sem o outro: retome hobbies, explore novos interesses e valorize sua individualidade. Isso não apenas ocupa a mente, mas também fortalece sua autoestima.
Além disso, ao investir em si mesmo, você se reconecta com partes da sua vida que talvez tenham ficado de lado. Essa redescoberta é essencial para transformar o fim de relacionamento em uma opor...
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12 dicas para desenvolver a autoaceitação
A autoaceitação é um dos pilares fundamentais para uma vida emocionalmente saudável e equilibrada. Em um mundo repleto de cobranças, comparações e padrões idealizados, aceitar quem você é, com suas imperfeições, qualidades e limites, é um ato de coragem e libertação.
Então, mais do que um conceito abstrato, autoaceitar-se é um exercício diário de compaixão, autoconhecimento e respeito por si mesmo! É reconhecer o próprio valor independentemente de conquistas, validações externas ou expectativas alheias.
Neste artigo, você vai entender o que é autoaceitação, por que ela é tão importante e conferir 12 dicas práticas para desenvolver a autoaceitação no seu cotidiano. Confira!
O que é a autoaceitação?
A autoaceitação é a capacidade de reconhecer, acolher e respeitar quem você é por inteiro, com suas virtudes, defeitos, limites, emoções e experiências. É um processo interno de compreender que ser humano implica imperfeição, e que isso não diminui o seu valor.
Diferente de conformismo ou falta de ambição, aceitar-se não significa desistir de evoluir, mas sim construir um ponto de partida mais saudável e realista.
Dessa forma, quando nos aceitamos, deixamos de lutar contra nós mesmos e criamos um espaço para mudanças verdadeiras, baseadas no amor-próprio, e não na autocrítica destrutiva.
A autoaceitação envolve olhar para si com empatia, desenvolver um diálogo interno mais compassivo e abandonar a ideia de que só seremos dignos de respeito ou felicidade quando nos tornarmos uma "versão ideal" de nós mesmos.
Por que é importante desenvolver a autoaceitação?
A autoaceitação é essencial para o bem-estar emocional, pois ela reduz a autocrítica, fortalece a autoestima e ajuda a lidar com erros e imperfeições de forma mais leve.
Além disso, quando nos aceitamos, nos tornamos mais autênticos, confiantes e menos dependentes da aprovação externa.
12 dicas para desenvolver a autoaceitação
A jornada da autoaceitação é feita de pequenas escolhas diárias que, somadas, fortalecem sua autoestima e autenticidade. Não existe fórmula mágica, mas sim práticas consistentes que ajudam a construir uma relação mais saudável consigo mesmo.
Então, abaixo separamos 12 dicas práticas e aplicáveis para desenvolver a autoaceitação de forma gradual, realista e transformadora:
1. Pratique o autoconhecimento com regularidade
A autoaceitação começa por saber quem você é. Por isso, reserve momentos para refletir sobre suas emoções, padrões de comportamento, valores e crenças. Isso pode ser feito por meio de escrita, meditação ou conversas terapêuticas.
O autoconhecimento permite reconhecer suas virtudes e limitações com mais clareza, sem julgamentos. Assim, quanto mais você entende sua própria história, mais capaz se torna de acolher suas partes difíceis e fortalecer sua identidade de forma autêntica e compassiva.
2. Mude seu diálogo interno
Observe como você se trata em pensamentos. Muitas vezes, falamos conosco com mais dureza do que com qualquer outra pessoa, porém desenvolver um diálogo interno gentil e compreensivo é um passo importante para a autoaceitação.
Assim, substitua frases críticas como "sou um fracasso" por expressões mais realistas e acolhedoras como "estou aprendendo". Essa mudança reduz a autossabotagem e constrói uma base emocional mais segura para lidar com desafios e falhas sem se punir por eles.
3. Aceite suas imperfeições
Nenhuma pessoa é perfeita, e isso faz parte da condição humana. Assim, aprender a conviver com falhas, erros e limitações é essencial para desenvolver a autoaceitação.
Além disso, reconhecer que você não precisa agradar a todos nem atender a padrões inalcançáveis traz alívio e autenticidade.
Quando você acolhe suas imperfeições, não significa que está estagnado, mas que está criando um espaço mais realista e gentil para crescer sem medo de errar.
4. Pratique a autocompaixão
A autocompaixão envolve tratar-se com a mesma empatia que você ofereceria a um amigo querido em momentos difíceis. Portanto, isso inclui reconhecer a do...
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2 weeks ago
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Síndrome do ninho cheio: quando os filhos adultos não saem de casa
A ideia de "ninho vazio" é bem conhecida: pais que enfrentam sentimentos de solidão e perda quando os filhos deixam o lar.
Mas existe uma outra realidade, cada vez mais comum, chamada síndrome do ninho cheio. Nela, os filhos adultos permanecem morando com os pais, muitas vezes sem previsão de saída. Esse fenômeno, embora possa parecer confortável ou conveniente no início, traz implicações emocionais, sociais e psicológicas que merecem atenção.
O que é a síndrome do ninho cheio
A síndrome do ninho cheio refere-se à convivência prolongada de filhos adultos na casa dos pais, em uma fase da vida em que já se esperaria maior independência. Então, ao contrário de períodos transitórios, como quando alguém fica em casa durante os estudos, esse fenômeno costuma se estender indefinidamente.
Embora não seja considerado um transtorno psicológico, o termo descreve um conjunto de sentimentos e desafios que podem surgir dessa situação, como sobrecarga dos pais, dificuldades de autonomia para os filhos e tensões nas relações familiares.
Em muitas sociedades tradicionais, era comum que várias gerações morassem juntas sob o mesmo teto. A família extensa garantia apoio mútuo, partilha de responsabilidades e segurança financeira. No entanto, com a modernização, urbanização e valorização da independência individual, especialmente no Ocidente, criou-se a expectativa de que os filhos adultos deixem a casa dos pais para construir suas próprias vidas.
No Brasil, esse movimento ganhou força nas últimas décadas do século XX, quando a busca pela autonomia pessoal e pela formação de novos lares se tornou parte do projeto de vida. Porém, nas últimas duas décadas, fatores econômicos, culturais e emocionais levaram a um aumento expressivo de filhos adultos permanecendo mais tempo na casa dos pais.
Essa realidade está longe de ser exclusiva do Brasil. Em países da Europa e nos Estados Unidos, o fenômeno também tem crescido. Em Portugal e na Itália, por exemplo, não é incomum que filhos morem com os pais até os 30 anos ou mais. Já no Japão, existe até um termo para descrever filhos adultos solteiros que vivem indefinidamente com os pais: "parasite singles".
Por que os filhos adultos permanecem em casa
As razões para o prolongamento dessa convivência são múltiplas e refletem tanto fatores externos quanto internos.
Dificuldades financeiras
O aumento do custo de vida, os salários muitas vezes insuficientes e o preço elevado de moradia são fatores decisivos. Muitos jovens optam por permanecer com os pais até conquistar maior estabilidade. Por exemplo, um recém-formado pode preferir juntar dinheiro antes de alugar um imóvel, adiando a saída de casa.
Instabilidade no mercado de trabalho
Carreiras mais competitivas e empregos temporários dificultam a independência. O receio de não conseguir sustentar um lar sozinho mantém muitos adultos na casa da família. É comum que jovens aceitem estágios ou contratos temporários sem se sentirem seguros para arcar com as responsabilidades de morar sozinhos.
Laços emocionais e dependência afetiva
Em algumas famílias, existe uma forte ligação emocional que dificulta o afastamento. Os filhos podem sentir medo de decepcionar os pais ou de enfrentar a solidão. Casos em que a mãe ou o pai exercem papel superprotetor também reforçam essa permanência.
Conforto e comodidade
Morar com os pais geralmente significa menos responsabilidades práticas, como pagar contas, cozinhar ou cuidar da casa. Essa comodidade pode prolongar a permanência. Um exemplo clássico é o filho adulto que, mesmo trabalhando, prefere destinar o salário apenas para lazer, viagens e consumo, sem precisar arcar com custos domésticos.
Mudanças culturais
Em algumas culturas, é comum que os filhos permaneçam por mais tempo na casa dos pais, seja até o casamento ou até terem plena estabilidade. No entanto, quando isso se transforma em dependência, pode se tornar prejudicial, pois adia experiências fundamentais para o crescimento pessoal.
Os impactos psicológicos da síndrom...
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Hábitos que afetam sua saúde mental (e passam despercebidos)
Cuidar da saúde mental é um processo contínuo, mas muitas vezes deixamos de perceber pequenos hábitos que influenciam diretamente nosso bem-estar emocional.
Não se trata apenas de grandes acontecimentos, traumas ou pressões evidentes: o dia a dia também esconde armadilhas silenciosas que podem minar a qualidade de vida.
Hábitos que passam despercebidos e prejudicam a saúde mental
O cérebro humano funciona como uma engrenagem delicada, que responde às nossas escolhas diárias.
Rotinas, pensamentos e até mesmo atitudes aparentemente inofensivas podem, quando acumuladas, gerar estresse, ansiedade, depressão ou desgaste emocional.
Logo, é importante lembrar que não existe um hábito "neutro": cada decisão tem um impacto, seja ele positivo ou negativo.
Por isso, observar a si mesmo é o primeiro passo para cultivar uma vida mental mais saudável.
Muitas vezes não associamos a insônia, a dificuldade de concentração ou o mau humor a determinados comportamentos que já fazem parte da nossa rotina.
Veja alguns costumes que podem estar te afetando completamente:
1. Uso excessivo de redes sociais
As redes sociais podem ser uma ferramenta poderosa de conexão, mas também são uma das maiores fontes de comparação social.
Por exemplo, o hábito de checar constantemente notificações ou de rolar infinitamente o feed pode provocar sentimentos de inadequação, inveja e ansiedade.
Isso ocorre porque a maior parte dos conteúdos é editada e idealizada, criando uma sensação de que a vida dos outros é sempre melhor.
Além disso, a dependência digital pode reduzir o tempo de sono, prejudicar relacionamentos presenciais e afetar a produtividade no trabalho ou nos estudos.
2. Dormir mal e negligenciar o descanso
Muitos associam a falta de sono apenas ao cansaço físico, mas ela tem efeitos profundos sobre a saúde mental.
A privação de sono está ligada, por exemplo, ao aumento da irritabilidade, dificuldade de concentração, alteração no humor e até maior predisposição a transtornos como depressão e ansiedade.
Dormir mal, ainda que por poucas horas a menos do que o necessário, pode se acumular ao longo do tempo e comprometer o equilíbrio emocional.
3. Não estabelecer limites pessoais
Dizer "sim" a tudo, assumir responsabilidades além da conta e não respeitar o próprio espaço são atitudes comuns, mas altamente desgastantes.
Pessoas que não estabelecem limites acabam sobrecarregadas, com a sensação de que nunca conseguem dar conta de tudo.
Isso gera estresse crônico e pode levar a episódios de burnout.
Estabelecer limites saudáveis não significa egoísmo, mas sim autocuidado. Saber recusar convites, dividir responsabilidades e priorizar o próprio bem-estar são atitudes fundamentais.
4. Alimentação desbalanceada
O que comemos influencia diretamente o funcionamento do cérebro.
Por exemplo, uma dieta pobre em nutrientes, rica em ultraprocessados, açúcares e gorduras saturadas pode aumentar a fadiga mental, dificultar a regulação do humor e impactar negativamente a concentração.
Por outro lado, alimentos ricos em fibras, vitaminas, minerais e proteínas de qualidade estão associados ao fortalecimento da saúde mental.
5. Falta de atividade física
A ausência de movimento corporal prejudica não apenas a saúde física, mas também a mental.
O exercício físico regular libera endorfina, dopamina e serotonina, neurotransmissores relacionados à sensação de prazer, motivação e bem-estar.
Logo, quando negligenciamos a prática, ficamos mais suscetíveis a quadros de desânimo, ansiedade e baixa autoestima.
6. Isolamento social
O ser humano é naturalmente social. Mesmo pessoas mais introvertidas precisam de conexão genuína com outras para manter uma boa saúde mental.
O hábito de se isolar, seja por comodidade, vergonha ou falta de tempo, pode intensificar sentimentos de solidão, tristeza e ansiedade.
Assim sendo, ter uma rede de apoio, mesmo pequena, é essencial.
7. Pensamentos autocríticos em excesso
A autocrítica pode ser útil em pequenas doses, ajudando no autodesenvolvimento.
Porém...
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2 weeks ago
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9 dicas para não sofrer mais com a procrastinação
Todos nós, em algum momento da vida, já procrastinamos, seja por uma questão física ou psicológica, não é mesmo? Até aí, nada demais! O problema é quando a procrastinação, isto é, o ato de adiar a realização de atividades, se torna um hábito diário, que passa, inclusive, a fazer parte da personalidade do indivíduo.
Diante disso, ser uma pessoa que procrastina, muito embora ofereça uma imediata sensação de alívio pelo adiamento de determinada atividade, pode se transformar em uma fonte de ansiedade e angústia, por sempre estar atrasado e ter que atuar sob pressão.
Por esses e outros prejuízos, preparamos este conteúdo com várias dicas para você vencer a procrastinação e melhorar a sua autoestima e outros aspectos emocionais. Confira!
Como superar a procrastinação?
A seguir, listamos algumas dicas práticas e úteis de como vencer a procrastinação:
1. Crie uma lista de tarefas
A organização é o primeiro passo para parar de procrastinar. Por isso, crie uma lista com todas as tarefas que você precisa resolver diariamente e semanalmente.
Enumere a partir de uma ordem de prioridade, em que as atividades mais importantes sejam finalizadas primeiro. Assim, à medida em que você for concluindo cada tarefa, dê um check para conseguir visualizar o que foi concluído e o que ainda precisa ser feito. Essa é uma forma de ter um controle maior do seu tempo.
Apesar de ser uma dica simples, essa é uma boa saída para organizar a sua rotina e evitar a procrastinação.
2. Estipule um tempo para cada tarefa
Tendo bem claro quais são as tarefas que você precisa realizar, o próximo passo é definir um tempo para cada uma.
Algumas são mais longas e outras demandam menos tempo. Nesse sentido, faça uma análise de cada uma delas para adicionar uma média de minutos/horas e, assim, conseguir planejar o seu dia.
Além de evitar que você procrastine, essa importante medida te torna mais produtivo e gera um estímulo maior para alcançar as metas e cumprir as tarefas.
3. Elimine as distrações
Uma das causas da procrastinação é justamente os diferentes estímulos que causam a distração. Não é incomum, por exemplo, passar horas nas redes sociais enquanto as atividades vão se acumulando e sendo adiadas.
Por isso, é importante eliminar as distrações, como deixar o celular em outro cômodo na hora do trabalho (ou no silencioso, se ele tiver que ficar por perto), manter a televisão desligada e/ou solicitar educadamente aos moradores da sua casa - se o trabalho for home office - que não o interrompam durante o serviço.
Todas essas medidas ajudarão a manter o foco e, assim, evitar a procrastinação.
4. Encontre aquilo que te motiva
Descobrir quais são as coisas que te motivam também é muito importante para obter a força de vontade necessária para realizar as atividades que você precisa.
Se, por exemplo, você tem o desejo de alcançar um cargo de liderança na empresa em que trabalha ou quer ter uma estabilidade financeira para oferecer melhores condições à sua família, então terá uma boa motivação para não atrasar as suas entregas do serviço.
Por meio de cada objetivo e motivação, será possível evitar a procrastinação. Utilize essa estratégia como sua aliada!
5. Realize pausas ao longo do dia
Não, você não leu errado! Realizar algumas pausas ao longo do dia é importante justamente porque um dos motivos da procrastinação é o cansaço.
Erroneamente, achamos que qualquer intervalo é um ato de procrastinar. No entanto, quando o assunto é descansar e repor as energias, essa deve ser uma prioridade para conseguir ser produtivo até o final do dia.
Desse modo, quando você estiver organizando a sua lista de tarefas e estipulando o tempo para a realização de cada uma, lembre-se de incluir pequenos intervalos de 10 a 20 minutos. Durante esse período, você pode tirar um cochilo, caminhar, ouvir uma música ou simplesmente levantar para esticar as pernas, por exemplo.
Essa é uma estratégia para não procrastinar, mas também para manter o autocuidado.
6. Recompense suas conquistas
A motivação ...
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2 weeks ago
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Por que oferecer a terapia como um benefício na sua empresa?
Oferecer terapia como benefício na empresa é uma forma estratégica de cuidar da saúde mental dos colaboradores e, ao mesmo tempo, melhorar o desempenho da equipe.
Convém mencionar que, com o aumento de casos de estresse, ansiedade e burnout no ambiente corporativo, esse apoio tem se tornado cada vez mais necessário.
Entenda, neste artigo, como funciona a terapia como benefício, seus impactos e como implementá-la na sua empresa.
O que é o vale-terapia?
O vale-terapia é um benefício corporativo que oferece aos colaboradores acesso a sessões de psicoterapia com profissionais qualificados.
Assim, ele pode ser custeado total ou parcialmente pela empresa, funcionando como uma forma de cuidado com a saúde emocional dos funcionários.
Semelhante ao vale-alimentação ou o plano de saúde, o vale-terapia pode ser:
Um reembolso mensal para sessões com psicólogos.
Um crédito em plataformas de atendimento online.
Uma parceria com clínicas ou profissionais conveniados.
Dessa forma, esse benefício demonstra que a empresa se importa com o bem-estar da equipe e está atenta às demandas emocionais que impactam diretamente o ambiente de trabalho.
Quais são os benefícios para os funcionários do vale-terapia?
Oferecer terapia como benefício na empresa impacta diretamente a qualidade de vida dos colaboradores, pois o acesso facilitado ao acompanhamento psicológico fortalece o bem-estar emocional de forma geral.
Abaixo separamos os principais benefícios que o vale-terapia proporciona aos funcionários:
Redução do estresse e da ansiedade
O acesso regular à terapia ajuda o colaborador a lidar com pressões, demandas e conflitos do dia a dia. Isso reduz os níveis de estresse e ansiedade, promovendo maior equilíbrio emocional e prevenindo sintomas mais graves, como crises de pânico ou esgotamento físico e mental no ambiente de trabalho.
Prevenção de problemas emocionais
A psicoterapia tem um papel essencial na prevenção de transtornos como depressão, burnout e insônia. Isso porque, ao permitir que o colaborador fale sobre suas dificuldades com um profissional, o vale-terapia atua como uma ferramenta de prevenção contínua.
Melhora do desempenho profissional
Funcionários emocionalmente saudáveis conseguem se concentrar melhor, desempenhar as tarefas com mais facilidade e lidar com prazos e responsabilidades com mais equilíbrio. O resultado é uma maior produtividade e a entrega de resultados com mais qualidade, mesmo em contextos de pressão ou mudança organizacional.
Fortalecimento da autoestima e autoconhecimento
A terapia favorece o desenvolvimento pessoal, ajudando o colaborador a identificar suas capacidades, limites e emoções. Isso fortalece a autoestima, melhora a tomada de decisões e contribui para relações interpessoais mais saudáveis no trabalho e fora dele, além de gerar mais motivação e senso de propósito.
Acolhimento em momentos difíceis
Problemas pessoais, perdas ou mudanças importantes impactam diretamente o bem-estar no trabalho. Portanto, ter acesso à terapia nesse contexto possibilita o enfrentamento desses momentos com mais segurança, evitando que questões externas interfiram negativamente na rotina e nas relações dentro da empresa.
Quais são os benefícios para a empresa de oferecer a terapia como benefício?
Investir em terapia como benefício na empresa não é apenas uma ação de cuidado com o colaborador, é também uma estratégia inteligente para fortalecer a cultura organizacional, melhorar o clima e obter melhores resultados.
Por isso, separamos abaixo os principais ganhos para a empresa que adota essa prática:
Redução de afastamentos por saúde mental
Problemas emocionais estão entre as principais causas de afastamento no trabalho. Dessa forma, com o vale-terapia, a empresa reduz esse risco, previne quadros mais graves e diminui custos com licenças médicas e rotatividade de pessoal.
Aumento da produtividade e foco
Funcionários que recebem apoio psicológico lidam melhor com pressões e mantêm o foco nas tarefas. O resultado é uma equipe mais p...
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3 weeks ago
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Adolescência tardia: por que o amadurecimento emocional está sendo adiado?
A adolescência é um período de intensas transformações físicas, cognitivas e emocionais. Tradicionalmente, ela era compreendida como a transição da infância para a vida adulta, ocorrendo entre os 12 e os 18 anos.
No entanto, nas últimas décadas, pesquisadores, psicólogos e educadores vêm observando um fenômeno crescente: a adolescência tardia. São jovens que, mesmo na faixa dos 20 ou 30 anos, ainda apresentam comportamentos típicos da adolescência. Então, o amadurecimento emocional, que outrora era esperado ao final da adolescência tradicional, agora parece estar sendo adiado.
O que é a adolescência tardia?
A adolescência tardia é uma extensão do período de transição entre a infância e a vida adulta, marcada por uma demora no desenvolvimento emocional, na autonomia e na assunção de responsabilidades típicas da vida adulta. Embora biologicamente o indivíduo seja adulto, muitos ainda mantêm atitudes, expectativas e padrões de comportamento que remetem à adolescência.
Esse conceito não é uma invenção recente. Por isso, a psicologia do desenvolvimento já vem identificando há algum tempo a emergência de uma nova fase intermediária, que alguns chamam de "adultescência" ou "emerging adulthood", termo criado pelo psicólogo Jeffrey Arnett.
Mudanças sociais e culturais que influenciam esse fenômeno
O atraso no amadurecimento emocional não pode ser entendido sem considerar o contexto social e cultural em que vivemos. Então, as últimas décadas trouxeram transformações profundas nas estruturas familiares, no mercado de trabalho e nas formas de socialização.
Essas mudanças impactam diretamente o modo como os jovens se desenvolvem e constroem suas identidades. A adolescência tardia, portanto, não é um simples capricho geracional, mas um reflexo de um mundo que também mudou.
A pressão e as exigências do mercado de trabalho
Antigamente, era comum que os jovens começassem a trabalhar cedo e assumissem responsabilidades familiares ainda na juventude. Hoje, com a exigência crescente de formação acadêmica, especializações e experiências diversas, o ingresso pleno no mercado de trabalho ocorre cada vez mais tarde.
Esse cenário prolonga a dependência financeira dos pais e adia projetos de vida como sair de casa, casar ou ter filhos. A autonomia, portanto, fica comprometida, o que afeta diretamente o amadurecimento emocional.
O papel da família na manutenção da dependência
A estrutura familiar também contribui para a adolescência tardia. Muitos pais, em vez de promoverem a independência de seus filhos, acabam por reforçar comportamentos de dependência. Essa superproteção, embora bem-intencionada, impede que os jovens desenvolvam habilidades essenciais para a vida adulta, como resiliência, responsabilidade e capacidade de tomar decisões.
Além disso, em muitos lares, a ideia de "criança eterna" é alimentada, com os pais tratando filhos adultos como se ainda fossem adolescentes, o que gera uma dificuldade real de se verem como adultos, além de gerar traumas.
As redes sociais e o narcisismo juvenil
O uso intensivo das redes sociais criou um ambiente em que o reconhecimento externo se tornou um dos principais validadores da autoestima. Por isso, muitos jovens constroem identidades digitais idealizadas, buscando curtidas e aprovação constante.
Esse cenário favorece o desenvolvimento de um narcisismo juvenil, em que o outro é visto mais como espelho do que como sujeito. Esse padrão relacional superficial dificulta o amadurecimento emocional, já que o processo exige enfrentamento de frustrações, reconhecimento das próprias limitações e a construção de vínculos mais profundos.
As características da adolescência tardia
Os indivíduos que vivenciam uma adolescência prolongada geralmente compartilham algumas características comuns, que ajudam a entender por que esse período se estende tanto.
Essas características não são necessariamente patológicas, mas apontam para desafios no desenvolvimento que precisam ser acolhidos e trabalhados.
Dificuldade em assumir re...
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3 weeks ago
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Como as comparações sociais afetam sua autoestima
A comparação em relação aos outros é algo natural. Desde pequenos, observamos diferenças de habilidades, aparências, conquistas e reconhecimentos.
Esse comportamento acompanha o desenvolvimento humano, mas ganha contornos específicos em cada fase da vida.
Se, por um lado, a comparação pode servir de referência e até inspirar melhorias, por outro, pode minar a autoestima quando se torna excessiva ou distorcida.
Hoje, com o uso intenso das redes sociais, essa dinâmica se intensifica, já que somos expostos constantemente a versões editadas da vida alheia.
Logo, entender o impacto das comparações sociais sobre a autoestima é fundamental para aprender a lidar melhor com elas.
O que são comparações sociais
Segundo a teoria da comparação social de Leon Festinger (1954), as pessoas têm a necessidade de avaliar a si mesmas e, para isso, recorrem à comparação com outras.
Essas comparações podem ser:
Ascendentes: quando olhamos para quem parece estar em melhor situação.
Descendentes: quando observamos quem está em condição aparentemente inferior.
Laterais: quando a referência é alguém semelhante a nós em contexto ou capacidade.
O problema surge quando as comparações deixam de ser um recurso de orientação e passam a ser um padrão constante de desvalorização pessoal.
O impacto das comparações na infância
Na infância, as comparações costumam surgir no ambiente familiar e escolar.
Família: frases como "Seu irmão come melhor que você" ou "Olha como seu primo já sabe ler" podem gerar sentimentos de inferioridade e prejudicar a autoconfiança da criança.
Escola: notas, desempenho esportivo e habilidades artísticas tornam-se pontos de comparação natural. Crianças que não se destacam podem começar a acreditar que "não são boas o suficiente" dentro de seu inconsciente.
Consequências na autoestima infantil
Medo de errar e de não corresponder às expectativas.
Sensação de que o amor e a aceitação dos adultos dependem de desempenho.
Dificuldade em reconhecer e valorizar suas próprias conquistas.
Quando a criança é incentivada a se comparar com os outros de forma saudável, pode sentir-se estimulada a aprender e evoluir.
Assim sendo, quando essas comparações são usadas como forma de cobrança ou crítica, podem gerar marcas duradouras.
O impacto das comparações na adolescência
A adolescência é uma fase em que a identidade está em construção. O jovem busca pertencimento, e a opinião dos pares passa a ter grande importância.
Aparência física: questões de corpo, peso e estilo tornam-se centrais. A comparação com celebridades e influenciadores digitais pode intensificar a insatisfação.
Popularidade: quem tem mais amigos, seguidores ou interações nas redes sociais passa a ser parâmetro de valor pessoal.
Desempenho acadêmico: competir por boas notas ou aprovações em vestibulares também se torna fonte de comparação.
Consequências na autoestima adolescente
Risco aumentado de ansiedade, depressão e transtornos alimentares.
Sentimentos de exclusão social quando não se atinge o padrão esperado.
Fragilidade na autoimagem, que se torna dependente da validação externa.
Por outro lado, comparações saudáveis podem servir como estímulo para estabelecer metas e desenvolver habilidades, desde que o adolescente tenha suporte emocional e orientação adequada.
O impacto das comparações na vida adulta
Na fase adulta, as comparações sociais continuam presentes, mas os focos mudam.
Carreira e sucesso profissional: promoções, salários, cargos e reconhecimento tornam-se fatores frequentes de comparação.
Relacionamentos: status de relacionamento (casado, solteiro, com filhos ou não) é constantemente comparado, principalmente em círculos sociais próximos.
Estilo de vida: viagens, bens materiais e conquistas pessoais exibidas em redes sociais reforçam a sensação de competição invisível.
Consequências na autoestima adulta
Insatisfação crônica com a própria trajetória.
Burnout, quando a busca por se equiparar ao outro gera sobrecarga.
Sensação de "estar atrasado" em relação à vida dos ...
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Como saber se tenho depressão? Veja 14 sinais para observar
Para responder à pergunta "como saber se tenho depressão", é necessário estar atento aos principais sinais desta condição, como sensação de vazio, tristeza profunda, problemas para dormir e, em casos mais avançados, pensamentos suicidas.
Apesar de os sintomas variarem de pessoa para pessoa, é imprescindível saber reconhecê-los para procurar ajuda imediata e evitar que o caso se agrave.
Neste artigo, listamos 14 sinais que não devem passar despercebidos na hora de descobrir se você ou alguém próximo pode estar com depressão. Confira!
1. Qual é o primeiro sinal da depressão?
2. 14 sintomas comuns da depressão
3. Quando buscar ajuda profissional?
4. Tratamento para a depressão
5. Como ajudar alguém com sinais de depressão?
6. Terapia online com segurança, acolhimento e acessibilidade na Psitto
Qual é o primeiro sinal da depressão?
A depressão é uma condição psíquica que afeta o emocional e o humor do indivíduo. Portanto, o primeiro sinal estará relacionado a esses aspectos, como: tristeza persistente, pessimismo, baixa autoestima, oscilações de humor e/ou pensamentos negativos.
Além deles, a anedonia, isto é, a perda de prazer em atividades antes prazerosas também costuma ser um dos primeiros sintomas desta condição.
Convém mencionar que eles podem aparecer isolados ou de forma simultânea, mas sempre serão frequentes no caso da depressão. Assim, sentir constantemente alguma ou algumas dessas emoções devem ser sinal de alerta.
Tristeza x depressão
Apesar de a tristeza ser um dos sintomas de um quadro de depressão, é preciso saber diferenciar essas duas condições. Nesse sentido, a tristeza é uma emoção normal - que todos nós vivenciamos -, temporária e que costuma se resolver sozinha.
Enquanto isso, a depressão é uma condição médica profunda e que exige tratamento multidisciplinar (psiquiatra, psicólogo, etc.). Ela afeta o funcionamento geral da pessoa por um período prolongado, com consequências para a sua vida pessoal, profissional e social.
Além disso, um outro ponto que diferencia essas duas condições é que a tristeza geralmente tem uma causa identificável, ou seja, ela costuma originar de algum evento específico, logo o indivíduo sabe suas razões.
Por outro lado, a depressão pode surgir sem uma razão aparente, o que, muitas vezes, deixa a pessoa confusa, uma vez que se sente profundamente triste, mas sem entender o porquê.
14 sintomas comuns da depressão
A depressão se manifesta de diferentes formas e nem sempre o principal sintoma é a tristeza, podendo ser qualquer um dos sinais que listaremos abaixo.
O que é mais importante saber aqui é que a combinação de vários sintomas configura como um sinal de alerta mais pontual do que um sintoma isolado, que muitas vezes pode ser proveniente de algum evento específico, se resolvendo em pouco tempo.
Ou seja, atente-se à combinação de sintomas e à duração desses. Para te ajudar, mencionamos os mais comuns abaixo:
1. Cansaço constante
Um dos sintomas mais comuns é a fadiga. Quem tem depressão sente cansaço ao executar atividades simples do dia a dia, como varrer o chão e lavar a louça. Só de pensar na lista de afazeres pendentes, a pessoa depressiva já fica cansada.
Muitas vezes, o cansaço exacerbado é confundido com preguiça. Quando o tratamento para depressão é iniciado, a pessoa percebe que, na verdade, ela não é preguiçosa. A depressão estava a impedindo de ser mais ativa.
2. Sensação de vazio
Esta é uma sensação extremamente desagradável. Ela rouba a graça da vida. Para tentar preencher o vazio emocional dentro de si, o depressivo desesperadamente procura por coisas para lhe dar prazer.
Festas, relacionamentos, eventos sociais… Porém, nada consegue despertar aquela vontade de aproveitar a vida que ele sentia antes.
3. Tristeza
Ficamos tristes quando perdemos alguém que amamos, não conseguimos o emprego dos sonhos, sofremos uma decepção amorosa, etc. Em outras palavras, a tristeza precisa existir por uma razão. Quando a tristeza surge do nada e permanece conosco por dias seguidos,...
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Identidade: quem sou eu além dos rótulos que carrego?
A busca pela identidade é uma das questões mais universais da experiência humana. Todos nós, em algum momento, nos perguntamos: quem sou eu? Porém, essa resposta não é simples, pois envolve a forma como nos percebemos, a maneira como somos vistos pelos outros e os rótulos que carregamos ao longo da vida.
Por isso, é importante refletir sobre identidade, autoconhecimento e o impacto dos rótulos em nossa construção pessoal, além de trazer caminhos para viver de forma mais autêntica.
O que é identidade?
Identidade pode ser entendida como o conjunto de características, valores, crenças e experiências que formam nossa individualidade. Ela está em constante transformação, acompanhando as mudanças internas e externas que enfrentamos. Assim, identidade não é algo fixo ou imutável, mas um processo dinâmico.
Nossa identidade é construída a partir de:
Histórias pessoais e familiares.
Relações sociais.
Cultura e contexto histórico.
Experiências individuais.
Valores e escolhas.
Ou seja, somos um mosaico de influências, escolhas e descobertas, que nunca está completo.
A influência dos rótulos
Desde cedo, recebemos rótulos: "bom aluno", "rebelde", "tímido", "responsável". Alguns nos ajudam a entender quem somos, mas outros podem limitar nossa percepção ou se transformar em prisões invisíveis.
Rótulos sociais
Esses rótulos surgem de estereótipos e expectativas sociais relacionadas a gênero, profissão, religião, orientação sexual ou origem étnica. Então, eles podem gerar preconceitos e restringir o potencial de cada indivíduo.
Rótulos familiares
No ambiente familiar, muitas vezes, recebemos papéis definidos: o filho obediente, o engraçado, o que dá trabalho. Esses rótulos, ainda que não sejam intencionais, podem influenciar profundamente a forma como nos enxergamos.
Rótulos internos
Além dos rótulos externos, também criamos rótulos internos a partir de nossas experiências. Por exemplo: "sou incompetente", "não consigo manter relacionamentos". Esses rótulos podem ser ainda mais difíceis de desconstruir, pois estão ligados à autocrítica.
Quando os rótulos se tornam limitadores
Os rótulos não são necessariamente negativos. Eles podem oferecer referências e até fortalecer nossa identidade em alguns aspectos. No entanto, tornam-se prejudiciais quando:
Definem rigidamente quem somos.
Impedem a exploração de novas possibilidades.
Estão carregados de julgamentos negativos.
Criam expectativas impossíveis de serem cumpridas.
Reforçam desigualdades sociais.
Viver preso a rótulos pode nos afastar da autenticidade e do autodescobrimento.
A importância do autoconhecimento
O autoconhecimento é o caminho para além dos rótulos. Conhecer nossos valores, sentimentos e limites nos ajuda a construir uma identidade mais autêntica e menos dependente de classificações externas.
Algumas práticas de autoconhecimento que você pode testar são:
Reflexão pessoal: reservar momentos para pensar sobre experiências e emoções.
Escrita terapêutica: registrar pensamentos e sentimentos em um diário.
Terapia: contar com o apoio profissional para aprofundar o autoconhecimento.
Feedbacks construtivos: ouvir como as pessoas próximas nos percebem, sem deixar que isso seja definitivo.
A identidade na psique humana
Na tentativa de encontrar segurança, muitas pessoas buscam uma identidade fixa, que não muda. No entanto, essa rigidez pode gerar sofrimento. A vida é marcada por transições, e aceitar a fluidez da identidade permite maior liberdade e autenticidade.
Um dos maiores desafios na construção da identidade é aceitar que estamos em constante transformação. Muitas vezes, sentimos necessidade de permanecer fiéis a um rótulo ou papel, mesmo quando já não nos identificamos com ele.
Mudanças de carreira, término de relacionamentos, novas fases da vida ou mesmo transformações internas podem nos levar a revisar quem somos. Abraçar essas mudanças faz parte do processo de amadurecimento.
Isso porque a cultura exerce influência direta sobre nossa identidade, e ela está em constante evolução...
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3 weeks ago
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Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Arquétipos: padrões inconscientes que moldam quem somos
Os arquétipos são imagens universais, símbolos e padrões de comportamento que fazem parte do inconsciente humano. Eles influenciam a forma como pensamos, sentimos e nos relacionamos com o mundo, muitas vezes sem que percebamos.
A ideia de arquétipos ganhou destaque com o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, que os descreveu como estruturas inatas presentes no inconsciente coletivo - uma camada mais profunda da mente humana compartilhada por todos nós.
Compreender como esses padrões atuam pode nos ajudar a interpretar nossos comportamentos, nossas escolhas e até os desafios que enfrentamos ao longo da vida.
O que são arquétipos
Arquétipos podem ser entendidos como modelos primordiais de comportamento que estão presentes em todas as culturas, épocas e tradições. Eles aparecem em mitos, contos, religiões, literatura, cinema e até na publicidade, pois falam diretamente com algo profundo e universal em nós. Não são imagens fixas, mas sim padrões que orientam como lidamos com experiências e situações.
Por exemplo, figuras como o herói, a mãe, o sábio ou o rebelde não pertencem a uma cultura específica, mas se repetem em diferentes contextos ao longo da história. Essas imagens arquetípicas ativam emoções, valores e modos de agir que nos guiam inconscientemente.
A teoria de Jung sobre arquétipos
Para Jung, o inconsciente humano é dividido em duas camadas: o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo. O primeiro está relacionado às nossas experiências individuais, enquanto o segundo contém conteúdos herdados da humanidade, que se manifestam por meio dos arquétipos.
Inconsciente coletivo
O inconsciente coletivo é como um reservatório de memórias universais, formado por experiências humanas repetidas ao longo do tempo. Nele, estão guardadas imagens e símbolos que atravessam culturas e épocas, e que emergem de forma espontânea em sonhos, fantasias, obras de arte e comportamentos.
Arquétipos como imagens universais
Cada arquétipo representa um conjunto de significados e energias. Eles não são comportamentos prontos, mas tendências que influenciam nossas escolhas e nossas expectativas. Assim, um arquétipo pode se manifestar de maneiras diferentes dependendo da cultura ou da pessoa, mas sua essência permanece reconhecível.
Exemplos de arquétipos e seus significados
Existem inúmeros arquétipos, mas alguns se destacam por serem mais recorrentes e facilmente identificáveis. Cada um deles carrega luz e sombra, ou seja, aspectos construtivos e destrutivos.
O herói
O arquétipo do herói representa coragem, superação e busca por propósito. É aquele que enfrenta desafios, vence obstáculos e inspira outras pessoas. Sua sombra, porém, pode se manifestar como arrogância, necessidade de reconhecimento ou busca incessante por batalhas.
A mãe
Associada ao cuidado, nutrição e acolhimento, a mãe é o arquétipo que simboliza a proteção e a vida. Em sua forma negativa, pode se expressar como superproteção, controle excessivo ou dificuldade em permitir a autonomia do outro.
O sábio
O sábio está ligado ao conhecimento, à reflexão e à busca pela verdade. É o arquétipo que inspira a busca por respostas profundas e orienta decisões. No entanto, quando em excesso, pode gerar distanciamento emocional ou paralisia pela análise.
O rebelde
O rebelde é aquele que rompe regras, desafia sistemas e busca mudanças. Representa inovação e liberdade, mas também pode se manifestar como destruição sem propósito ou oposição por oposição.
O amante
Esse arquétipo conecta-se à paixão, ao desejo e à busca pela união. Pode trazer beleza e intensidade às relações, mas também pode gerar dependência emocional ou perda da individualidade e da independência.
Arquétipos no cotidiano
Mesmo que muitas vezes não estejamos conscientes deles, os arquétipos se manifestam em nosso dia a dia. Eles aparecem nas nossas escolhas de carreira, nos relacionamentos, nos sonhos e até na forma como consumimos produtos e marcas.
Publicidade e marketing exploram arquétipos para criar conexões emocionais po...
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4 weeks ago
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Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Os efeitos dos videogames no comportamento e na mente
O mundo dos videogames cresceu exponencialmente nas últimas décadas. O que antes era visto como um passatempo infantil ou juvenil se transformou em uma indústria multimilionária que atravessa gerações, gêneros e culturas.
Mas, com esse crescimento, surgem também muitas dúvidas: afinal, quais são os efeitos psicológicos dos videogames? Eles influenciam o comportamento? Podem ser benéficos para a mente ou apenas causam problemas?
Benefícios psicológicos dos videogames
Antes de falarmos sobre possíveis impactos negativos, é importante reconhecer que os jogos também podem trazer benefícios.
Estímulo cognitivo
Jogos que exigem raciocínio lógico, estratégia ou memória contribuem para o desenvolvimento de funções executivas. Jogos de ação, por exemplo, aumentam a atenção visual seletiva e a velocidade de processamento. Já jogos de estratégia podem melhorar a tomada de decisão, o planejamento e a flexibilidade mental.
Esses ganhos cognitivos são especialmente relevantes em faixas etárias como a infância e a velhice, nas quais o cérebro está, respectivamente, em desenvolvimento ou em declínio gradual. Por isso, em ambos os casos, jogos bem escolhidos e moderadamente utilizados podem funcionar como exercícios para a mente.
Redução do estresse e melhora do humor
Diversos jogadores relatam usar os videogames como forma de relaxar após um dia estressante. Então, pesquisas mostram que jogos com componentes recompensadores, narrativas envolventes e ambientes imersivos ajudam a regular o humor, especialmente em pessoas com sintomas leves de ansiedade ou tristeza.
A liberação de dopamina associada à experiência de sucesso nos jogos pode contribuir momentaneamente para o bem-estar emocional. É claro que isso não substitui abordagens terapêuticas formais em casos mais graves, mas pode ser um recurso complementar em alguns contextos.
Socialização e senso de pertencimento
Jogos multiplayer e comunidades online oferecem oportunidades de socialização, inclusive para pessoas que têm dificuldades com interações presenciais. Para adolescentes e jovens adultos, isso pode criar um senso de pertencimento importante, principalmente quando se sentem marginalizados em outros espaços.
Alguns jogos promovem a colaboração e a construção de estratégias em grupo, fortalecendo vínculos e até ensinando habilidades sociais, como negociação, empatia e liderança.
Os riscos psicológicos do uso excessivo
Apesar dos benefícios, o uso excessivo ou inadequado dos videogames pode acarretar prejuízos importantes para a saúde mental e emocional. O impacto varia de pessoa para pessoa, mas alguns riscos já são bem documentados.
Comportamentos compulsivos e vício em jogos
Uma das maiores preocupações atuais é o desenvolvimento de comportamentos compulsivos relacionados aos jogos, especialmente os online e competitivos. Em 2018, a Organização Mundial da Saúde reconheceu oficialmente o transtorno por uso de videogames como condição de saúde mental.
Esse transtorno se caracteriza por uma perda de controle sobre o tempo de jogo, prioridade excessiva aos jogos em detrimento de outras atividades e a manutenção do hábito mesmo diante de consequências negativas, como problemas escolares, familiares ou profissionais.
Isolamento social e prejuízos na vida cotidiana
Embora os jogos possam promover socialização, o uso desmedido pode gerar o efeito oposto: o isolamento. Jogadores que passam muitas horas imersos em mundos virtuais podem negligenciar suas relações reais, reduzindo o contato com amigos, familiares e colegas.
Em adolescentes, isso pode se manifestar como dificuldade de interação social, queda no rendimento escolar e aumento da irritabilidade. Já em adultos, pode afetar o desempenho no trabalho, o autocuidado e os relacionamentos afetivos.
Ansiedade, frustração e agressividade
Jogos com desafios constantes, recompensas imediatas e alta competitividade podem aumentar os níveis de ansiedade em jogadores mais vulneráveis. Além disso, a frustração diante de derrotas sucessivas ou ...
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1 month ago
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Medo de ser feliz: por que algumas pessoas sabotam a própria alegria?
A felicidade é um dos maiores desejos do ser humano. Desde cedo, buscamos experiências, relacionamentos e conquistas que nos proporcionem bem-estar e realização.
No entanto, para algumas pessoas, a proximidade com a felicidade desperta medo, ansiedade e até comportamentos de autossabotagem. Essa contradição intrigante, conhecida como medo de ser feliz, revela muito sobre os conflitos internos e as crenças que carregamos.
O que significa ter medo da felicidade
O medo da felicidade não é simplesmente ausência de alegria. Trata-se de uma resistência inconsciente a viver momentos de prazer, conquistas ou satisfação. Muitas vezes, a pessoa evita situações que poderiam trazer realização ou, quando as vive, rapidamente se sabota, acreditando que algo ruim vai acontecer logo em seguida.
Esse fenômeno está relacionado a crenças profundas, construídas ao longo da vida, que associam a felicidade a riscos, perdas ou consequências negativas.
Por que algumas pessoas sabotam a própria alegria
Existem diferentes fatores que podem levar alguém a desenvolver medo da felicidade. Na maioria das vezes, esses fatores se entrelaçam e se manifestam em padrões de comportamento.
Experiências negativas do passado
Muitas pessoas associam momentos de alegria a desfechos dolorosos. Por exemplo, alguém que viveu uma fase feliz antes de uma perda significativa pode desenvolver a crença de que ser feliz atrai infortúnios. Assim, a mente cria uma defesa: evitar a felicidade seria uma forma de evitar a dor.
Crenças culturais e familiares
Algumas culturas ou famílias passam a ideia de que a felicidade plena é perigosa ou até imoral. Expressões como "quando a esmola é demais, o santo desconfia" ou "alegria de pobre dura pouco" reforçam a noção de que a felicidade não é algo seguro ou duradouro. Isso gera uma postura de vigilância constante e medo de relaxar.
Baixa autoestima
Pessoas com autoestima fragilizada podem acreditar que não merecem ser felizes. Quando algo positivo acontece, surgem pensamentos como: "isso não é para mim" ou "mais cedo ou mais tarde, vou perder tudo". Essa sensação de indignidade as impede de aproveitar os bons momentos.
Perfeccionismo e autocobrança
O perfeccionismo cria a ideia de que a felicidade só pode vir após alcançar determinados padrões. Com isso, a pessoa nunca se permite sentir-se satisfeita, pois está sempre focada no que ainda falta. A autossabotagem aparece como uma forma de confirmar a crença de que ainda não está pronta para ser feliz.
Medo da vulnerabilidade
A felicidade envolve abertura e entrega. Para algumas pessoas, esse estado de vulnerabilidade é ameaçador. Mostrar alegria ou viver algo positivo pode parecer arriscado, como se fosse uma exposição ao julgamento ou ao risco de perder o que foi conquistado.
Como o medo de ser feliz se manifesta no dia a dia
O medo da felicidade pode aparecer de maneiras sutis, mas constantes, no cotidiano. Muitas vezes, esses sinais passam despercebidos, mas, quando somados, revelam um padrão de autossabotagem. Reconhecer esses comportamentos é essencial para compreender a própria relação com a alegria e iniciar um processo de mudança.
Procrastinação diante de oportunidades
A pessoa adia decisões importantes ou evita agir diante de chances que poderiam trazer satisfação. Isso pode ocorrer em relacionamentos, carreira ou projetos pessoais. Por exemplo, alguém que recebe um convite para participar de uma sociedade profissional pode demorar a responder ou inventar desculpas para recusar, por medo de não estar à altura da conquista. A procrastinação, nesses casos, funciona como uma barreira inconsciente contra o prazer que a oportunidade poderia proporcionar.
Desvalorização das conquistas
Mesmo após alcançar algo desejado, a pessoa minimiza o valor da conquista. Em vez de celebrar, pensa que "não é grande coisa" ou que "qualquer um faria o mesmo". Essa postura impede que a experiência positiva seja vivida em sua plenitude e reforça o sentimento de que a felicidade não é legítima ou não ...
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1 month ago
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Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Os áudios dos conteúdos são gerados por IA - Inteligência Artificial a partir das centenas de textos e artigos elaborados por psicólogos.