
A 7 de agosto de 2008, o assalto à agência do Banco Espírito Santo (BES) em Campolide, Lisboa, transformou-se num dos episódios criminais mais dramáticos da história recente de Portugal. Os assaltantes, Wellington Rodrigues Nazaré (24 anos) e Nilson Souza, imigrantes brasileiros ilegais com o objetivo de roubar dinheiro e realizar o “sonho europeu”, fizeram seis reféns (quatro mulheres e dois homens). Entre os reféns estavam a gerente Ana Antunes e o subgerente Vasco Mendes, que foram amarrados com braçadeiras de plástico.
A resposta policial, liderada pelo Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP, montou um cerco que se arrastou por mais de oito horas de negociações. Pelas 23h, a situação tornou-se insustentável e a vida dos reféns correu perigo iminente. A polícia interveio com tiros de precisão às 23h23: Nilson Souza foi alvejado fatalmente, e Wellington Nazaré sobreviveu, embora gravemente ferido.
Todos os seis reféns saíram fisicamente ilesos. O assaltante sobrevivente, Wellington, foi condenado a 11 anos de prisão, pena que foi reduzida para 8 anos e meio, e culminou na sua expulsão de Portugal em 2013. O caso é estudado nas forças de segurança como um exemplo de resolução eficaz de sequestro em crise.