No episódio, Ana Frazão conversa com Fillipi Nascimento, Graduado e Mestre em Sociologia pela UFAL, Doutor em Sociologia pela UFPE, Pós-Doutor pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas e Pesquisador do Nucleo de Estudos Raciais do Insper.
O professor Filippi explica inicialmente por que a desigualdade se tornou hoje um assunto tão central para a discussão econômica e social. A partir daí aborda as razoes pelas quais ele e Michael França resolveram escrever o livro “Loteria do Nascimento” e o peso de suas próprias experiências pessoais. Dentre os tópicos abordados pelo entrevistado estão as discussões sobre meritocracia e seus problemas em um país tão desigual como o Brasil, as dificuldades pelas quais as pessoas com menor poder financeiro sofrem mesmo após terem concluído o curso superior e os fatores que continuam a pesar na vida das minorias e dos vulneráveis. Especial atenção é dada à discussão sobre os fatores culturais e sociais envolvidos na ascensão de um indivíduo.
No episódio, Ana Frazão conversa com Guilherme Klein Martins, Graduado e Mestre em Economia pela USP, Doutor em Economia pela University of Massachusetts, Professor de Economia da University of Leeds e Pesquisador Associado do MADE (Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da FEA/USP) a respeito da desigualdade e as suas repercussões sobre o crescimento e desenvolvimento econômicos. O professor Guilherme explica os equívocos da trickle down economics e da sua adaptação brasileira, traduzida na frase de Delfim Neto de que o bolo precisa crescer para depois ser dividido. Na sua avaliação, as evidências empíricas demonstram o contrário, no sentido de que nem a desoneração tributária leva ao aumento do investimento nem a economia pode crescer sem que haja demanda. Dentre os principais tópicos da conversa, estão os desdobramentos da trickle down economics sobre a contenção dos gastos do governo, traduzidos em soluções como arrochos nas áreas de saúde e educação, desvinculação de benefícios sociais do salário mínimo e redução do próprio salário mínimo. Para o professor Guilherme, tais medidas, que atingem os mais pobres, não resolvem o problema e podem agravá-lo, uma vez que o salário mínimo tem se mostrado uma eficiente solução de redução de desigualdade e impulsionamento da economia. O professor também mostra que adiar a redução da desigualdade tende a tornar a solução do problema ainda mais difícil no futuro, diante da cristalização da renda. Na parte final da conversa, o professor Guilherme mostra como a redução da desigualdade no Brasil exige necessariamente políticas de justiça tributária e comenta as recentes iniciativas legislativas que tramitam no Congresso.
No episódio, Ana Frazão conversa com Bruno Imaizumi, Economista e Consultor da 4Intelligence, sobre os impactos da inteligência artificial generativa sobre o mercado de trabalho. O foco da conversa é recente estudo conduzido pelo entrevistado que concluiu que a inteligência artificial tem o potencial de afetar 31,3 milhões de trabalhadores no Brasil. A partir da adaptação de metodologia criada pela OIT em 2023, as profissões foram divididas em faixas, sendo que 5,5 milhões de brasileiros ficam entre os mais vulneráveis. Um dos resultados mais surpreendentes é que quanto maior o grau de instrução maior o grau de exposição. Bruno Imaizumi também mostra, do ponto de vista comparativo, como os dados brasileiros se diferenciam dos demais países, além de apontar como as mulheres e os mais jovens estão ainda mais expostos. Também trata dos riscos da inteligência artificial generativa e das políticas públicas necessárias para o seu uso responsável.
No episódio, a professora Ana Frazão entrevista Gustavo Henrique Moraes, Pesquisador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP/MEC), Doutor em Educação pela UnB e Pós-Doutor em Educação pela Universidade de Stanford. Na conversa, o professor Gustavo explica as razões pelas quais o acesso à educação não gera necessariamente mobilidade social ou pelo menos a mobilidade que seria esperada. Nesse sentido, é abordado estudo em conjunto com Guilherme Lichand, Maria Eduarda Perpétuo e Priscila Soares, nos quais os autores quantificaram uma espantosa diferença mesmo entre os que concluem a faculdade: os 90% mais pobres ganham apenas metade do que ganham os 10% mais ricos. O professor Gustavo procura explicar os resultados, fazendo conexões com o recente livro de Michael França e Fillipi Nascimento (“A loteria do nascimento”), no qual abordam que os filhos dos mais pobres podem terminar a universidade mas não alcançam os filhos dos ricos.
Na segunda parte da conversa, o professor Gustavo mostra a importância da Educação Profissional e Técnica para criar maior desenvolvimento econômico e mobilidade social, explicando o atual cenário da EPT no Brasil em termos de qualidade e impacto proporcional na formação dos jovens. Dentre os tópicos abordados estão o peso da questão cultural em um país como o Brasil, que ainda cultua o diploma e divide as profissões entre as de rico e a de pobre, os desafios da EPT na atual geração, em que ser “CLT” virou xingamento e a ansiedade – em todos os campos da vida, mas sobretudo no profissional – se tornou uma marca. Apesar das dificuldades, o professor Gustavo conclui que a EPT, se bem executada, é uma forma de alterar nosso contrato social, embora isso exija uma longa agenda.
No episódio, Ana Frazão conversa com Bernardo Mueller, Professor de Economia da Universidade de Brasília - UnB - sobre um de seus recentes artigos "Measuring the Antitrust Revolution”. Na primeira parte da conversa, o professor Bernardo explica o que é exatamente essa revolução do antitruste, tratando dos objetivos e propósitos que passam a ser atribuídos à política concorrencial. Na segunda parte da conversa, o professor Bernardo trata da metodologia da pesquisa, baseada no processamento da linguagem natural utilizada pelos principais players, a fim de se criar um modelo que possa mensurar ]crenças e atitudes por meio do texto. Nesta oportunidade, são dadas dicas para que outros pesquisadores possam fazer estudos simulares. Por fim, o professor trata da atuação recente das autoridades antitruste norte-americanas e da tensão entre os posicionamentos das autoridades antitruste e outros atores centrais.
No episódio, Ana Frazão conversa com Claudia De Cesare e Pedro Humberto, autores do livro “Solidariedade fiscal. Desmistificando o nível de tributação e seu impacto no crescimento econômico”. Os autores mostram como a obra procura identificar os principais mitos sobre a tributação no Brasil, dentre os quais o de que temos uma arrecadação exagerada ou que compromete o desenvolvimento econômico. A partir de uma extensa base de dados e de uma avaliação comparativa tanto com países desenvolvidos como com países em desenvolvimento, os autores mostram como tais mitos, embora não verdadeiros, têm impactos indevidos sobre as políticas públicos e a democracia, especialmente quando são retroalimentamos pela ideologia dominante nos meios de comunicação social que preconiza a ineficiência do gasto público e do Estado.
No episódio, Ana Frazão entrevista Maurício Prado, Diretor Executivo do Plano CDE. Um dos objetivos da entrevista é entender a distância entre os indicadores econômicos e a percepção dos cidadãos a respeito deles. O entrevistado explica as razões pelas quais os bons índices econômicos da atualidade não são compreendidos pela população, destacando a importância da inflação e da polarização política. Na conversa, são mencionados os papeis da educação, da comunicação social, do fluxo informacional da internet, do “algoritmo do mau humor”, dentre outros assuntos. O entrevistado também reconhece as preocupações com um cenário em que a discussão econômica séria está perdendo importância para a discussão política cada vez mais polarizada e os impactos dessa nova realidade para as democracias.
No episódio, a professora Ana Frazão entrevista Mário Luiz Possas, Professor Titular Emérito de Economia da UFRJ. Na conversa, o professor Possas esclarece o papel de Schumpeter para a economia, assim como a importância da inovação e da destruição criativa. Ao tratar da concorrência schumpeteriana, o professor Possas mostra as razões pelas quais a metodologia da economia neoclássica é incompatível com a dinamicidade dos mercados. O professor Possas ainda aborda as diferenças da economia neoschumpeteriana, bem como o papel da regulação e do Direito Antitruste. Na parte final da conversa, o professor Possas retoma um de seus famosos artigos – A cheia do mainstream: comentário sobre os rumos da ciência econômica” - para refletir sobre as críticas à ortodoxia econômica e os rumos atuais da ciência econômica.
Apresentação: Ana Frazão
Produção José Jance Marques
No episódio, Ana Frazão entrevista Camila Pires Alves, Professora Associada de Economia da UFRJ e Conselheira do CADE. Na conversa, a professora Camila mostra como chegou ao Direito da Concorrência e, na sua opinião, quais são os propósitos da área. A professora Camila trata também dos desafios em geral que devem ser observados pela defesa da concorrência tanto na esfera do controle de estruturas como na esfera do controle de condutas, com especial atenção para os mercados digitais. Dentre os tópicos da conversa, estão as insuficiências da metodologia da Escola de Chicago, a importância da inovação na análise antitruste, bem como \as novas perspectivas para uma política concorrencial que não se restrinja apenas ao preço, que se recuse ao insulamento, que se abra para a multidisciplinaridade e para a diversidade metodológica. Na parte final da conversa, a professora Camila ainda trata da importante discussão sobre economia e gênero.
No episódio, Ana Frazão conversa com Silvia Fagá, Professora de Economia da FGV , Sócia da ECOA, Vice-Presidente do IBRAC – Instituto Brasileiro de Estudos da Concorrência, Consumo e Comércio Internacional e Presidente do WIA – Women in Antitrust, sobre o Direito Antitruste brasileiro diante dos desafios trazidos pelos mercados digitais, explorando os seus pontos fortes e fracos, bem como os principais desafios da atualidade. A professora Silvia trata das peculiaridades da economia digital que impactam na dinâmica concorrencial, do papel dos dados pessoais e da inteligência artificial na conformação dos mercados. Dentre os tópicos da conversa, estão a atuação do CADE nos mercados digitais e a necessidade ou não de uma regulação ex ante para as plataformas digitais, a exemplo do Digital Markets Act europeu. Na parte final, a professora Silvia ainda aborda a questão de gênero na economia, expondo sua opinião a respeito dos principais gargalos para a ascensão feminina na carreira.
No episódio, Ana Frazão entrevista Clemente Lúcio, Sociólogo, Consultor Sindical, Coordenador do Fórum das Centrais Sindicais e Membro do CDESS - Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, sobre a importância dos sindicatos e o diagnóstico do movimento sindical no Brasil. Na conversa, Clemente trata dos impactos da reforma trabalhista no movimento sindical e dos desafios para o fortalecimento dos sindicatos na atualidade. Também são abordados os fenômenos da terceirização, da pejotização e da uberização do trabalho, assim como os riscos de precarização e desproteção do trabalho. Parte importante da conversa é a análise crítica que Clemente faz da postura do Poder Legislativo e do Supremo Tribunal Federal nessa área.
Apresentação: Ana Frazão
produção: José Jance Marques
No episódio, Ana Frazão conversacom João Carlos Ferraz, Professor Titular do Instituto de Economia da UFRJ,sobre os desafios da indústria no Brasil. O professor faz um diagnóstico do cenárioatual, tentando mapear as características da indústria brasileira, bem como osfatores que influenciam na perda progressiva da sua importância no PIB. Dentreos assuntos explorados, encontram-se a importância das políticas industriais eos requisitos para o seu desenho, bem como a sustentabilidade, tanto em termosdos desafios que apresenta, como também das oportunidades.
Apresentação: Ana Frazão
Produção e edição: José Jance Marques
No episódio, Ana Frazão conversa com Paulo Tafner, Professor Aposentado e Pesquisador Associado da FIPE/USP e Diretor do IMDS – Instituto de Mobilidade e Desenvolvimento Social sobre a importância da mobilidade social. O professor faz um diagnóstico sobre a situação do Brasil, mostrando que a tendência de aumento de mobilidade verificada em boa parte do século XX foi interrompida na década de 80, quando se estagnou, passando a ser decrescente a partir do ano 2000. O professor Paulo Tafner explica os principais vetores para a mobilidade, assim como os principais obstáculos, aprofunda a discussão sobre a interpenetração entre redução de pobreza e redução de desigualdade, trata do papel do Estado e das políticas públicas necessárias para a solução do problema e explora algumas das pesquisas mais importantes do IMDS que auxiliam o melhor diagnóstico da questão no Brasil.
No episódio, Ana Frazão conversa com Felipe Almeida, Professor de Economia da UFPR e um dos criadores e apresentadores do Podcast Economia Undergroud.
O Professor Felipe explica inicialmente o que é o institucionalismo original, como ele se diferencia do novo institucionalismo e a importância de Veblen para a fundação dessa abordagem. A partir daí, é explorado o papel da tecnologia e da inovação na análise institucionalista, as relações entre tecnologia e instituições e a importância do encapsulamento das tecnologia pelas instituições sociais. Na parte final da conversa, o entrevistado trata da importância dos smartphones, das redes sociais e das fake news para a economia institucional, mostrando as razões pelas quais os problemas gerados não são propriamente da tecnologia, mas sim das instituições que nos moldam.
No episódio, Ana Frazão conversa com Fabio Giambiagi, economista do BNDES desde 1984, com passagens pela assessoria econômica do Ministério do Planejamento, pelo IPEA e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento em Washington. Além disso, foi professor da Faculdade de Economia e Administração (FEA-UFRJ) e da PUC-RJ e é autor de diversos livros, dentre os quais “A Vingança de Tocqueville. A importância do bom debate”.
Na conversa, o professor Fábio Giambiagi explica porque, no seu entender, “a grande questão com a qual os defensores de reformas econômicas pro-mercado se defrontam no país é: como convencer a população de que um conjunto de políticas baseadas na forte presença do Estado na economia não darão certo, dado que essas políticas, no passado, levaram o país a se desenvolver rapidamente?”. Ao propor uma abordagem mais liberal, o professor demonstra as razões pelas quais o que funcionou no Brasil no pós-1930 por um tempo considerável não funciona mais hoje, o que seria a lógica pró-mercado que deveria prevalecer na atualidade e como se situa o debate entre ortodoxia econômica e heterodoxia. Para fundamentar suas opiniões, o professor demonstra como a economia é também política e como o liberalismo depende de alguns pressupostos, tais como a defesa das liberdades, da democracia, da plena vigência das instituições e da alternância de poder. Ponto alto da conversa diz respeito a saber como avançar no debate econômico no Brasil diante da excessiva ideologização e polarização, que obscurece o debate de ideias e faz com que os lados extremos sofram da mesma miopia.
Neste episódio, Ana Frazão recebe Ladislau Dowbor, economista e professor titular da PUC-SP, para uma conversa aprofundada sobre a Revolução Digital e a necessidade de repensar a função social da economia.
Dowbor explora como a atual revolução tecnológica se compara à Revolução Industrial, enfatizando o papel central do conhecimento e da informação na economia contemporânea.
A discussão aborda os impactos da financeirização e do rentismo na sociedade atual, destacando como esses fenômenos contribuem para o aumento da desigualdade social e para desafios ambientais. Além disso, analisam a ascensão da indústria da atenção, refletindo sobre como as tecnologias digitais influenciam o comportamento humano e a economia.
Na parte final, são apresentadas possíveis soluções para os desafios contemporâneos, ressaltando a importância de resgatar a função social da economia e integrar princípios éticos nas decisões econômicas e institucionais.
Para saber mais sobre o trabalho do professor Ladislau Dowbor, visite seu site oficial em dowbor.org.
No episódio, Ana Frazão conversa com Jorge Caldeira, Sociólogo, Cientista Político, Historiador e Jornalista, a respeito de suas principais obras com destaque para a “História da riqueza no Brasil”.
O professor esclarece a sua metodologia, a partir do estudo das instituições e da ampla pesquisa de dados analisados a partir de modelos econométricos. Nesse sentido, divide a história do Brasil em períodos, buscando compreender o crescimento econômico em cada um eles. Ao contrário da história tradicional, que tende a amesquinhar o período colonial, normalmente visto a partir da perspectiva de pouco crescimento e de transferência da riqueza para o reino, o professor Jorge Caldeira mostra que a economia colonial era, no final do século XVIII, dinâmica e muito maior do que a da metrópole, não podendo ser considerada uma economia de subsistência. Já o período imperial foi marcado pela estagnação, na medida em que o governo central do Império teria mantido a escravidão e freado o crescimento, jogando o país no atraso. Na primeira república, o professor explica a explosão de crescimento, que teria decorrido da liberação do setor privado, da quebra de isolamento do Brasil em relação ao mundo e da consequente multiplicação de empreendedores. Por fim, o professor analisada o período de 1930-2017, mostrando os seus principais desafios. Ao final, o professor faz uma síntese conclusiva, explorando o potencial do Brasil para o crescimento econômico.
No episódio, Ana Frazão conversa com Rafael Lucchesi, Diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI e Presidente do Conselho de Administração do BNDES, sobre as causas do processo de desindustrialização do Brasil, assim como sobre as possíveis soluções diante do enorme potencial do Brasil em diversas frentes. Ponto importante da conversa é a relação entre a desindustrialização e as taxas de juros, uma vez que, como cada ponto percentual de juro acima do que seria uma taxa neutra custaria 50 bilhões por ano ao país, tal política de juros altos está associada a um rentismo improdutivo que, implementado pelos bancos em aliança com a mídia, compromete a nossa agenda de desenvolvimento. Outros pontos altos da conversa dizem respeito às relações entre reindustrialização e políticas industriais, bem como entre reindustrialização e sustentabilidade.
No episódio, Ana Frazão conversa com Luiz Gonzaga Belluzzo, Professor Titular de Economia da Unicamp, sobre o seu novo livro em coautoria com Nathan Caixeta “Avenças e Desavenças da Economia”.
O professor explica que um dos objetivos do livro é precisamente colocar em xeque os conflitos cognitivos da economia, a fim de proporcionar um contraponto à história da autonomização e da naturalização da economia e à incorporação irrefletida do utilitarismo. Dentre os tópicos explorados, o professor Belluzzo mostra como a economia, embora se apresente como ciência objetiva é técnica, é eivada de valorações e pressupostos não revelados, assim como de tentativas de se ocultar as condições políticas. Também são abordados na conversa os temas relacionados ao papel da crise de 2008 para uma reflexão sobre os pressupostos da economia, as discussões sobre a dívida pública e os efeitos da eleição de Trump sobre vários dos problemas destacados no livro.
No episódio, Ana Frazão entrevista Regina Madalozzo, Economista e Psicóloga, PhD em Economia pela Universidade de Illinois, autora do livro “Iguais e Diferentes”e ganhadora do prêmio Todas de Economista do ano em 2024.
Na conversa, Regina esclarece o que é a economia feminista e quais são as suas principais preocupações, assim como explora alguns de seus principais trabalhos, dentre os quais a pesquisa que apontou que as mulheres não se afastam mais do trabalho do que os homens, mesmo incluída a licença maternidade. A entrevista também aborda os principais desafios que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho e na vida econômica de forma geral e os pontos mais urgentes que precisam ser enfrentados. Dentre os tópicos específicos, encontram-se as discussões sobre como os direitos reprodutivos das mulheres, incluindo a questão do aborto, influem na vida econômica das mulheres, bem como as questões sobre interseccionalidades.