As preces dirigidas aos Espíritos sofredores têm o poder de aliviar suas dores, despertando neles sentimentos de arrependimento e desejo de reparação. Ao perceberem que não estão esquecidos, sentem-se menos abandonados e encontram forças para se afastar do mal, tornando o sofrimento mais suportável e até abreviado.
Negar a oração aos que padecem seria recusar um gesto de caridade e amor, mesmo que não houvesse esperança de libertação imediata. Assim como se consola um condenado ou um enfermo incurável, a prece é uma forma de oferecer alívio e esperança, em sintonia com o mandamento cristão de amar ao próximo.
A lei divina estabelece que toda falta gera consequências, mas a duração da pena depende da vontade de regeneração. O sofrimento persiste enquanto houver obstinação no erro e cessa com o arrependimento sincero e a reparação. Nesse processo, a oração não altera a justiça de Deus, mas atua como instrumento da lei de amor e caridade, inspirando coragem e auxiliando na transformação moral.
Você já parou para pensar no significado profundo de cada frase dessa prece? O que realmente significa "venha o teu reino"? Por que pedimos o "pão de cada dia"? E aquela parte sobre "não nos deixar cair em tentação" — o que ela verdadeiramente quer dizer?
Bem compreendido, mas sobretudo bem sentido, o Espiritismo leva aos resultados acima expostos, que caracterizam o verdadeiro espírita, como o cristão verdadeiro, pois que um o mesmo é que outro. O Espiritismo não institui nenhuma nova moral; apenas facilita aos homens a inteligência e a prática da do Cristo, facultando fé inabalável e esclarecida aos que duvidam ou vacilam...
Reconhecê-los-eis pelos princípios da verdadeira caridade que eles ensinarão e praticarão. Reconhecê-los-eis pelo número de aflitos a que levem consolo; reconhecê-los-eis pelo seu amor ao próximo, pela sua abnegação, pelo seu desinteresse pessoal; reconhecê-los-eis, finalmente, pelo triunfo de seus princípios, porque Deus quer o triunfo de sua lei; os que seguem sua lei, esses são os escolhidos e ele lhes dará a vitória; mas ele destruirá aqueles que falseiam o espírito dessa lei e fazem dela degrau para contentar sua vaidade e sua ambição.
Mesmo quando somos desacreditados pelos outros ou nos sentimos abandonados, há sempre uma luz que surge, um “braço oculto” que nos sustenta e nos impede de cair definitivamente. Confie nesse amor onipresente, sem tentar defini-lo ou limitá-lo, bastando-nos a revelação de Jesus que o apresenta como “Nosso Pai”.
É justamente na escuridão que conseguimos enxergar as estrelas.
Allan Kardec, ao trazer esse trecho de Jesus no Capítulo XI — Amar o próximo como a si mesmo, convida a refletir sobre algo muito além do simples pagamento de impostos. O Mestre, ao responder “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, ensina que cada esfera da vida humana possui seus deveres próprios, e que a verdadeira justiça consiste em respeitar o que pertence a cada ordem — a material e a espiritual.
No capítulo VIII de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", Allan Kardec nos apresenta uma das mais profundas lições sobre a natureza da pureza moral. Ao abordar a questão do "pecado por pensamento", o Codificador do Espiritismo nos convida a uma reflexão que transcende as aparências e mergulha na essência da transformação íntima.
As palavras de Jesus sobre o adultério cometido "no coração" revelam um aspecto revolucionário de sua doutrina: a verdadeira moralidade não se limita aos atos externos, mas abraça a totalidade de nosso mundo interior. Em uma época onde frequentemente nos contentamos com comportamentos socialmente aceitáveis, este ensinamento nos desafia a examinar a qualidade de nossos pensamentos e intenções.
Este tema ressoa profundamente em nossos dias, quando as redes sociais e a vida moderna nos expõem constantemente a tentações e nos fazem questionar onde reside, de fato, a linha entre o pensamento e a ação moral.
Uma reflexão sobre o que temos feito por Jesus.
A humildade é chave de nossa libertação.
E, sejam quais sejam os teus obstáculos na família, é preciso reconhecer que toda construção moral do Reino de Deus, perante o mundo, começa nos alicerces invisíveis da luta em casa.
Em tempos onde assistimos a demonstrações públicas de fé que muitas vezes contrastam com comportamentos privados questionáveis, os ensinamentos de Jesus, interpretados à luz da Doutrina Espírita, ganham uma relevância extraordinária. No capítulo XVIII d'O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec nos apresenta uma reflexão profunda sobre a verdadeira religiosidade, baseada nos versículos do Sermão da Montanha.
O texto nos confronta com uma questão fundamental: qual é o verdadeiro valor de nossas declarações de fé se não as acompanhamos com ações coerentes? Esta pergunta ecoa através dos séculos e encontra no Espiritismo uma resposta clara e transformadora. A mensagem é universal e atemporal: a autenticidade espiritual não reside em palavras vazias ou rituais externos, mas na prática sincera do amor e da caridade.
Mais do que uma simples crítica ao formalismo religioso, este ensinamento nos convida a uma revolução interior, a uma transformação genuína de nossos corações e mentes.
No capítulo XVI d'O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec nos apresenta uma das mais profundas e transformadoras parábolas de Jesus: a Parábola dos Talentos. Este ensinamento, registrado no item 6 da obra, transcende a simples questão material para revelar verdades fundamentais sobre nossa responsabilidade espiritual e o verdadeiro propósito de nossa existência terrena.
Em tempos onde frequentemente nos questionamos sobre nossas capacidades, limitações e o que fazer com os recursos que possuímos - sejam materiais, intelectuais ou morais -, esta parábola surge como um farol orientador. Jesus não falava apenas de moedas de ouro, mas de todos os dons que recebemos do Criador: inteligência, talentos, oportunidades, saúde, posição social e até mesmo as dificuldades que podem se transformar em crescimento espiritual.
A mensagem é clara e atual: somos administradores temporários de tudo o que possuímos, e nossa evolução espiritual depende diretamente de como utilizamos esses recursos divinos em benefício próprio e do próximo.
O Espiritismo nos ensina que Deus, em Sua infinita sabedoria, escolheu momentos e instrumentos específicos para revelar gradualmente Suas leis à humanidade. Moisés representa o primeiro grande marco dessa revelação progressiva. Os Dez Mandamentos, longe de serem apenas regras de conduta para um povo específico, constituíram o "frontispício brilhante" - como nos diz o texto - que iluminaria o caminho de toda a humanidade.
Quando Jesus nos ensinou a "amar os inimigos", estabeleceu um dos preceitos mais revolucionários e, ao mesmo tempo, mais incompreendidos da humanidade. Na Doutrina Espírita, esse ensinamento ganha uma dimensão ainda mais profunda, revelando-se como um caminho seguro para o crescimento espiritual e a libertação das amarras do orgulho e do egoísmo.
Você já se perguntou o que Jesus realmente quis dizer com "bem-aventurados os pobres de espírito"? Essa frase, muitas vezes mal compreendida, carrega um dos mais profundos ensinamentos sobre humildade e crescimento espiritual que encontramos no Evangelho.
Quando Jesus pronunciou a palavra "amor", algo extraordinário aconteceu na humanidade. Não se tratava apenas de um sentimento comum, mas de uma força transformadora capaz de revolucionar corações e sociedades inteiras. No Espiritismo, essa mesma lei de amor ganha nova dimensão, revelando-se como o fundamento de toda evolução espiritual.
A máxima cristã "amai os vossos inimigos" ganha uma dimensão profunda e prática através dos ensinamentos espíritas. Muito além de um simples ideal moral, esta orientação revela-se como uma lei universal que se estende para além da vida material, abrangendo nossa jornada espiritual em múltiplas existências.
Coletânea de preces espíritas
Descobrindo a Verdadeira Conscientização Espiritual.
Quantas vezes falamos sobre fé, discutimos doutrinas, pregamos ensinamentos e criamos conceitos, mas nos esquecemos do essencial: estamos realmente conscientes dos princípios que abraçamos? Esta pergunta fundamental, proposta pelo espírito Emmanuel na obra "União em Jesus", nos convida a uma reflexão profunda sobre nossa jornada espiritual.
“Espíritas!, amai-vos, eis o primeiro ensinamento. Instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades são encontradas no Cristianismo; os erros que nele criaram raiz são de origem humana. E eis que, além do túmulo, em que acreditáveis o nada, vozes vêm clamar-vos: Irmãos! nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade!” – (Espírito de Verdade. Paris, 1860.)
Você já se perguntou se apenas os seres humanos evoluem espiritualmente, ou se existe algo maior acontecendo no universo? Segundo os ensinamentos espíritas, a resposta é surpreendente: tudo progride, desde os seres mais simples até os mundos que habitamos.