Neste episódio tratamos do tema da saúde mental, enquanto uma das grandes questões das sociedades contemporâneas, mas sobretudo a partir do enfoque das sequelas deixadas pela pandemia, a partir das necessárias medidas de restrição e confinamento. Fez-se um levantamento do aumento das taxas de ansiedade, depressão, fadiga mental, vícios em redes sociais e etc. enquanto consequência direta das medidas impostas para a contenção da Covid 19, analisando seus impactos na saúde mental e coletiva; salientando o peso da sobrecarga física e mental sobre as mulheres antes e durante esse período. E por último, defendeu-se a importância generalizada da busca por terapia, como forma de alcançar e manter índices minimamente aceitáveis de sanidade mental e emocional, buscando ainda que estes profissionais se façam presentes em ambientes como escolas públicas e privadas.

O pensador, professor e compositor Luiz Antônio Simas mobiliza, nesta entrevista, a brasilidade contra o Brasil, e educação contra a escolarização, e deixa claro, que no campo da formação básica, vive-se uma verdadeira guerra, contra um projeto cada vez mais poderoso, de destruição da educação brasileira enquanto ferramenta de emancipação humana. Este pensador define seu método como o "cruzo", a encruzilhada de sabenças a partir da qual a disponibilidade é um conceito chave. Pensa e filosofa com, e através de, conceitos da Macumba, da Encantaria, do Samba, nesta entrevista instigante onde apresenta e debate algumas de suas obras e temas que lhe são caros.

Nesta entrevista com o filósofo Érico Andrade, atual titular da Diretoria de Comunicação da Associação Nacional de Pós-Graduação (ANPOF) e prof. da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), discutiu-se aspectos do eurocentrismo, através da coloniailidade e racismo implícitos no cânone filosófico; paradigmas da ciência moderna como pilares de enfrentamento ao negacionismo (verificação, refutabilidade, etc.); os desafios de tornar-se um intelectual consciente de sua negritude no Brasil; e o capitalismo como uma máquina de produzir fracassos, depressão e auto-culpabilidade (loosers).

Temas elencados: O papel do intelectual no debate público; quando termina o século XX; Clientelismo e Mandonismo no Brasil; o avanço da extrema direita e suas pautas; BBB21 e a espetacularização da questão racial, e muitas outras questões relevantes da conjuntura abordadas pela professora.

Em 2020 o Brasil voltou oficialmente ao Mapa da Fome da ONU, a partir dos dados do IBGE relativos ao biênio 2017-2018. Agora, com o fim do auxílio emergencial e dos subsídios do Governo que mantiveram muitos empregos durante a Pandemia, a tendência é termos um crescimento exponencial da incidência da Fome no Brasil. Neste episódio, a equipe de comentadores do Podcast Filosofia Política em Tempos e Pandemia, com o auxílio luxuoso do Prof. Hélder Remígio (Doutor em História e especialista em Josué de Castro), busca lançar luz a esta questão, a partir de uma leitura histórica e estrutural do fenômeno da fome no mundo, afim de percebê-la enquanto fenômeno sistêmico e estrutural da Geopolítica do Capital; a relevância mundial do legado de Josué de Castro e sua invisibilização pela Ditadura Militar; a cor e o gênero da fome no Brasil; os supermercados contra as feiras-livres; o Agronegócio contra a Agricultura Familiar. 

Neste episódio a bancada do Podcast Filosofia Política em Tempos de Pandemia analisa os limites estruturais e estruturantes da Democracia Liberal. Dentre os quais: o contexto publicitário da Sociedade do Espetáculo no qual a dinâmica eleitoral está inserida; as candidaturas originadas dos movimentos de ação direta; a baixa representatividade das maiorias (mulheres e negros) nos quadros parlamentares; a história da república brasileira e sua dificuldade de articular liberalismo e democracia; o imobilismo em movimento a favor das elites financeiras de ontem e hoje; a centralidade do liberalismo na definição do que é politicamente aceitável nos pleitos eleitorais; a baixa representatividade de mulheres e lgbqia+ como herança patriarcal; o racismo estrutural etc.  

Na avalanche de informações e notícias, verdadeiras e falsas, pela qual somos tragados todos os dias, surge a questão de como educar para a Consciência Política, ainda que a consciência mesmo venha perdendo cada vez mais protagonismo político para a indústria massificada de mobilização de afetos, e da polarização a qual fomenta. Neste 12° Episódio do Podcast Filosofia Política em Tempos de Pandemia, discutimos essas e outras questões a ela relacionadas, tais quais: elitismo intelectual, razão como discernimento, Paulo freire,  estratégias pedagógicas para lidar com o contraditório, história da industrialização como alienação, consumo consciente, micropolítica, o medo como afeto político central... com a participação especial da Socióloga e Influenciadora digital Jéssica Miranda @petit_oiseauu.

Pensar filosoficamente a relação entre Utopia e Distopia, vai muito além de ficções futuristas e desdobra-se, neste episódio do Podcast Filosofia Política em tempos de Pandemia, em maneiras de analisar o presente. Os temas foram: o imaginário das utopias históricas ao atual mito de gaia; análise filosófica de um conto de Borges, 1984 e Admirável Mundo Novo; a complementaridade claro-escuro entre utopia e distopia na episteme hegemônica do Ocidente; utopias feministas, em busca de igualdade e respeito; dialética negativa entre Adorno, Paulo Arantes e China Mièville; e o cotidiano distópico de um professor nas periferias de Paris.

Reflexões acerca da conjuntura política e ideológica brasileira, a necessidade e urgência de diagnosticar o neo-fascismo nacional, além de estratégias para dialogar, enfrentar e vencê-lo surgem naturalmente ao repassarmos a obra e a trajetória crítica da filósofa, escritora e artista plástica Marcia Tiburi, nesta riquíssima entrevista concedida ao podcast Filosofia Política em Tempos de Pandemia.

Neste episódio realizamos a primeira entrevista do projeto, com a filósofa Katiúscia Ribeiro, na qual tratamos de Filosofia Africana, Racismo Estrutural e Epistêmico, Mulherismo e Questões de Conjuntura brasileira.

Neste episódio traçamos algumas veredas neste vasto campo de pesquisa que é a estética, buscando fazê-la dialogar com alguns dos nossos dramas contemporâneos que vão desde a interação mediada por smartphones, com seus excessos, aceleração e virtualidade, à precarização do trabalho artístico e médico; a metástase das imagens; os dilemas ético-políticos que condicionam e são condicionados pela estética contemporânea, seu elemento racial e patriarcal; a estética do horror e os desafios de uma pedagogia estético-emancipadora. 

Neste episódio entramos na temática do fim do mundo, buscando uma abordagem filosófica do tema a partir de um levantamento histórico-crítico do  que ocorreu paras as populações nativas do planeta há mais de meio milênio; em seguida é feita uma análise  dos apocalipses de João, e de Michel Maffesoli; aponta-se também a dimensão do imaginário religioso com base na teoria de Mircea Eliade; adiante faz-se uma leitura crítica da história política do Brasil em chave de trauma psicanalítico, e por fim, aborda-se a temática do fim com base nos conceitos de rememoração e redenção benjaminianos.

Neste episódio tratamos das questões relativas às alterações climáticas causadas pelo modo de produção adotado pela humanidade sobretudo a partir da Revolução Industrial, e seus impactos na biodiversidade do planeta, tanto do ponto de vista socioambiental, quanto econômico-político. Foi abordada a centralidade do combustível fóssil enquanto paradigma energético mundial há mais de um século, suas implicações climáticas e os desafios de sua superação; o modelo teórico economicista ainda hegemônico e seus paradoxos sociais; e por fim discutiu-se a pertinência e relevância de conceitos como antropoceno ou capitaloceno para se referir a nova era geológica e sua relação com a iminência do colapso ambiental.  O objetivo geral foi nos ajudar a pensar e nos preparar para o grande desafio que será reestruturar a forma da maior parte da nossa espécie de habitar a superfície deste belo planeta, ou dele ser varrida .

Neste episódio, buscamos realizar uma genealogia das ideias fascistas, apontando-as em parte como apropriações indébitas de estratégias e táticas revolucionárias oriundas originalmente do pensamento anarquista e socialista, sobretudo ligadas aos movimentos sindicalistas radicais da Europa do início do século XX; em seguida realiza-se um levantamento da aventura integralista brasileira, protagonizada, entre outros, por Plínio Salgado e Miguel Reale, e que teve uma adesão expressiva da população nos anos 1920, 30 e até 50. Posteriormente, nos debruçamos sobre os diagnósticos dos pensadores ligados a Teoria crítica, em especial Walter Benjamin, Adorno, Horkheimer, Habermas e Streeck, para por fim, nos colocarmos acerca da pertinência  de chamar de fascismo ou neo-fascismo este fenômeno político, obscurantista e autoritário, que ora assola o cenário nacional.

Neste episódio debate-se os temas mais recentes da crise política nacional, iniciando com um rápido levantamento histórico acerca do papel do exército na estruturação do Estado brasileiro; a entrada dos bacharéis de Direito na burocracia estatal e o embate secular entre a farda e a toga; as calamidades climáticas implicadas na boiada que o ministro Sales pretendia passar usando a Pandemia como cortina de fumaça; o que resta da Ditadura, a luta pela pauta dos direitos humanos na educação, os impactos da inserção das armas de fogo na Europa pós-peste e pré-capitalista, e a crescente militarização de espaços civis, a divulgação da reunião ministerial do dia 22 de abril e etc.

Neste episódio tematizamos questões relativas a desigualdade histórica e estrutural do Brasil, tais como o racismo e o modelo de tributação, a destruição das florestas e dos recursos naturais, a diferença entre pátria e nação em termos de garantia da cidadania, o neoliberalismo como necro-política sistêmica e as zonas de espera, entre outros temas. Autores citados: Jessé Souza, Paulo Arantes, Jorge Zaverucha, Rousseau, Bruno Latour, Achile Mbembe, etc.

Neste episódio nos debruçamos sobre as várias questões relativas ao trabalho: intelectual, feminino, artístico, doméstico, precarização e sua relação com o direito a vida em um cenário de pandemia. E comentamos ainda sobre os desafios de repensar nossa dinâmica econômica em um cenário pós-pandemia.

Neste primeiro episódio debatemos as questões relativas as medidas tomadas pelos países asiáticos, em particular a China, para conter a Pandemia como: o uso massivo de controle coletivo por meio do Big Data, a ampla realização de testes e o uso de máscaras. O que nos levou as questões culturais e éticas que as envolvem. Refletimos ainda sobre as medidas sanitárias adotadas pela Europa, e seus impactos nos conceitos de soberania, direitos individuais e coletivos.