A história do profeta Elias na Bíblia Hebraica se desenrola em um tempo em que nações antigas adoravam ídolos esculpidos por mãos humanas. Dagom dos filisteus, Moloque de Amom, Quemós de Moabe, Aserá, a deusa-mãe, e Baal, o deus da tempestade, eram centrais no culto e rituais da região. Até mesmo Israel, embora escolhido por Yahweh, voltou-se para esses deuses estrangeiros. Reis ergueram altares para Baal, templos foram construídos para Aserá, e os altares da aliança foram negligenciados. Nesse contexto histórico de idolatria e compromisso espiritual, Elias é enviado por Yahweh como uma voz profética para confrontar o culto a Baal e chamar Israel de volta à sua aliança.
Elias aparece repentinamente na narrativa bíblica, declarando uma seca sobre a terra ao rei Acabe, um governante aliado ao culto a Baal por meio de seu casamento com a rainha Jezabel. Segundo o relato bíblico, a declaração de Elias interrompe a chuva por anos, desafiando o status de Baal como deus das tempestades e da fertilidade. Elias então se retira para o riacho de Querite, onde é sustentado por corvos e pela água do riacho. Com o agravamento da seca, Yahweh o envia a Sarepta, em Sidom, fora das fronteiras de Israel, onde uma viúva o sustenta com uma provisão milagrosa de farinha e azeite. Quando o filho dela morre, Elias ora e a vida do menino é restaurada, marcando uma das primeiras ressurreições registradas na Bíblia.
Mais tarde, Yahweh ordena que Elias retorne e confronte Acabe. Isso leva ao encontro no Monte Carmelo, onde Elias desafia 450 profetas de Baal para um confronto: o deus que responder com fogo será reconhecido como o verdadeiro. Os profetas de Baal clamam em vão, enquanto Elias, após reconstruir o altar de Yahweh com doze pedras representando as tribos de Israel e encharcar o sacrifício com água, ora. Fogo desce do céu e consome a oferta, as pedras, o pó e a água. O povo se prostra, reconhecendo Yahweh como Elohim. Elias então ordena a execução dos profetas de Baal no rio Quisom. Após esse evento, Elias ora novamente, e a chuva retorna à terra depois de anos de seca. Elias corre mais rápido que a carruagem de Acabe até Jezreel, fortalecido por Yahweh.
Quando Jezabel ouve sobre os acontecimentos, ameaça a vida de Elias. Ele foge para o deserto, sobrecarregado e pedindo a morte. Yahweh responde não com julgamento, mas com sustento e instruções. Elias recebe comida de um anjo e viaja por quarenta dias e noites até o Monte Horebe, onde experimenta uma teofania. Yahweh Se revela não no vento, nem no terremoto ou no fogo, mas numa voz mansa e suave. Nesse encontro, Elias recebe novas instruções: ungir Hazael como rei da Síria, Jeú como rei de Israel, e Eliseu como seu sucessor profético. Ele também é informado de que sete mil em Israel não se curvaram a Baal.
A narrativa bíblica continua com a jornada final de Elias com Eliseu. À medida que viajam de Gilgal a Betel, Jericó e finalmente ao rio Jordão, Elias repetidamente diz a Eliseu para ficar, mas ele se recusa. No Jordão, Elias divide as águas com seu manto, e eles atravessam em terra seca. Elias pergunta o que Eliseu deseja, e ele pede uma porção dobrada de seu espírito. Uma carruagem de fogo com cavalos de fogo aparece, e Elias é levado ao céu por um redemoinho. Eliseu testemunha isso e toma o manto de Elias, simbolizando a transferência da autoridade profética. Ele retorna e divide o Jordão como Elias fez, mostrando que o espírito de Elias agora repousa sobre ele.
A história de Elias, extraída dos livros de 1 Reis e 2 Reis, apresenta temas centrais das Escrituras Hebraicas, incluindo a fidelidade à aliança, o poder de Yahweh sobre os falsos deuses, a obediência profética e a soberania divina. Este relato contrasta o silêncio de Baal com a voz de Yahweh, que responde com fogo e fala no silêncio. A vida de Elias é marcada por provisão milagrosa, confrontos com poderes políticos e religiosos, e uma ascensão ao céu sem passar pela morte. Este vídeo apresenta a narrativa em conformidade c...
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