Faz pouco tempo, a gente ainda olhava para a inteligência artificial como um brinquedo de laboratório. Um jogo de palavras, uma tecnologia promissora, mas longe de ser uma ameaça real para o trabalho, para o dia a dia, para a forma como criamos, planejamos e decidimos.
Hoje, essa distância já não existe mais.
Basta abrir qualquer feed de notícias, qualquer debate, qualquer timeline: a IA está em todo lugar. Ela escreve posts, gera imagens, cria roteiros, analisa dados, edita vídeos, personaliza e-mails. Cada novo modelo parece mais poderoso do que o anterior. Mais preciso, mais veloz, mais... substituto.
E é aí que muita gente trava. Surge o medo. O desconforto. A pergunta que ninguém gosta de fazer, mas que ecoa na cabeça de quem pensa:
Se a IA faz tudo, o que sobra pra mim?
A pergunta é justa. Mas a resposta, talvez, seja menos sobre o que sobra... e mais sobre o que nunca foi dela em primeiro lugar.
Porque a IA, por mais brilhante que pareça, não é criativa no sentido mais profundo da palavra. Ela não é original. Ela não tem repertório no sentido humano. Ela conecta dados — mas não cria sentido. Ela prevê padrões — mas não sente impacto. Ela sugere — mas não decide.
A IA é, no fundo, um reflexo ampliado do que já foi produzido. Um espelho matemático que mistura o que a humanidade já fez e devolve uma versão reprocessada disso.
O que ela não faz é ser contexto. Ela não olha pra uma reunião e entende o clima. Ela não lê entrelinhas. Ela não sente a urgência de um cliente ou o medo não dito no briefing. Ela não enxerga o movimento silencioso do mercado antes que ele seja visível.
A IA entrega possibilidades. Mas quem interpreta e transforma possibilidade em escolha — isso ainda é humano.
No marketing, isso fica evidente. A IA pode até escrever um artigo impecável, otimizado, ajustado para SEO. Pode criar uma imagem bonita para o carrossel. Pode responder um e-mail de primeiro contato. Mas ela não cria estratégia. Ela não conecta o insight do cliente com o movimento do mercado, o comportamento da audiência, a cultura da empresa e o objetivo final do negócio.
Ela pode entregar o como. Mas o porquê... esse é o papel de quem pensa.
E pensar, nesse contexto, não é só raciocinar. É interpretar. É fazer perguntas que o prompt não alcança. É dizer: isso aqui não faz sentido. Esse caminho está vazio. Esse insight é raso demais. Essa ideia parece brilhante, mas está desalinhada com a jornada do cliente.
Se você terceiriza tudo para a IA, você vira um operador de máquina. E operadores, no longo prazo, são substituíveis.
O que sobra pra você, então?
Sobra o que nunca foi da máquina: visão crítica, discernimento, intuição, leitura de cenário, a capacidade de fazer perguntas certas, de conectar ideias improváveis, de assumir riscos, de perceber o timing.
A IA pode até parecer uma ameaça. Mas talvez ela seja só um espelho, mostrando o que a gente estava esquecendo: que o trabalho real não é só produzir. É saber por que e pra quem. É saber o que deixar de fora. É ter clareza sobre o que realmente importa.
No fim, a IA pode fazer muita coisa. Mas ela não faz você. E é isso que faz toda a diferença.
Agora me diz: você acha que a IA vai mesmo substituir quem pensa... ou só expõe quem estava seguindo o jogo no piloto automático?
Polímata, Generalista e Nexialista: A Arte de Conectar Conhecimentos na Era da IA
Por que o futuro não pertence a quem sabe mais, mas a quem conecta melhor
A primeira vez que ouvi o termo nexialista, algo dentro de mim acendeu. Era como se alguém tivesse finalmente dado nome àquilo que eu sempre tentei fazer — mas que o mercado não sabia muito bem como descrever.
Durante muito tempo, fomos ensinados que o caminho do sucesso passava por escolher uma única área, mergulhar fundo nela e virar referência. Especialização virou sinônimo de competência. E não é que isso esteja errado. O problema é quando a especialização nos isola.
Vivemos em um mundo fragmentado. Problemas complexos não cabem em caixinhas. Demandam cruzamentos, perspectivas, múltiplos olhares.
É aqui que entram duas figuras que andam ganhando destaque nos bastidores da inovação: o polímata e o nexialista. E embora eles caminhem lado a lado, eles não são a mesma coisa.
O polímata é aquela pessoa que tem um conhecimento profundo em várias áreas. Sabe sobre ciência, filosofia, arte, negócios. Lê sobre neurociência de manhã e compõe música à noite. Leonardo da Vinci é o arquétipo perfeito: um artista que também era engenheiro, anatomista, inventor. Um cérebro renascentista que explorava o mundo com uma curiosidade insaciável.
Já o nexialista talvez não saiba tanto quanto um polímata em cada área, mas possui uma habilidade rara e valiosa: ele enxerga as conexões invisíveis. Ele é o elo perdido entre departamentos, o tradutor entre especialistas, o orquestrador de conhecimentos dispersos. Enquanto o polímata expande repertório, o nexialista transforma esse repertório em pontes. Ele não junta por juntar, ele junta para gerar sentido, solução e movimento.
Pense em quantas vezes um projeto fracassou não por falta de talento, mas por falta de integração. O designer nunca falou com o redator. O time de tráfego pago não entendeu o funil. O cliente mudou o briefing, mas ninguém avisou o conteúdo. A campanha era genial, mas o comercial nem sabia que ela existia.
Faltou conexão. Faltou nexialismo.
Na prática, o nexialista é aquele que transita entre áreas sem parecer um intruso. Ele conversa com o cliente, entende o negócio, sugere caminhos para o time de mídia, traduz a estratégia para o redator e ainda propõe melhorias no fluxo do CRM.
Ele não está acima de ninguém. Ele está entre.
E por estar entre, ele vê o que outros não veem. Porque as melhores ideias muitas vezes moram no que está no meio — aquele espaço negligenciado entre o criativo e o analítico, entre o técnico e o humano.
Num mundo onde a IA avança rápido, onde especialistas estão se tornando cada vez mais profundos e nichados, a grande vantagem competitiva pode não estar em saber mais. Pode estar em conectar melhor.
Se o polímata é uma biblioteca viva, o nexialista é o sistema de busca que encontra o que ninguém percebeu estar ali.
E você? Se sente mais como quem acumula saberes ou como quem constrói conexões?
👇 Me conta nos comentários — e marca aquela pessoa que sabe juntar as peças como ninguém.
#NexoConexo #Nexialismo #Polímata #DotConnector #Criatividade #PensamentoCrítico #IA #FuturoDoTrabalho #Marketing
📚 Um sabe muito. O outro conecta tudo.🚀 E por que isso importa — especialmente pra quem trabalha com marketing?🤔 Conexão final
Star Wars e Marketing Digital
O que a galáxia pode nos ensinar sobre estratégias aqui na Terra
Sabres de luz. Planetas distantes. Robôs que pensam. Mestres sábios. Impérios autoritários e rebeldes audaciosos.
À primeira vista, Star Wars parece uma fantasia intergaláctica distante da realidade do marketing digital. Mas… e se eu te dissesse que muito do que move a força de uma boa campanha também vibra no coração dessa saga?
O universo criado por George Lucas é muito mais do que ficção científica. É um arquétipo em movimento. E como todo bom arquétipo, ele ensina — inclusive sobre estratégia.
🌌 A Jornada do Herói… e a Jornada do Cliente
Luke Skywalker começa como um fazendeiro entediado em Tatooine. Termina como um dos maiores Jedi da galáxia. Essa transformação segue um modelo clássico: a Jornada do Herói.
No marketing, o cliente também vive uma jornada.
Ele começa alheio ao problema, passa por uma descoberta incômoda, busca soluções, enfrenta dúvidas, supera objeções e… toma uma decisão.
No meio do caminho, ele encontra um mentor. E é aí que entra o bom marketing de conteúdo — que não empurra, mas orienta. Que não brilha mais do que o herói, mas ilumina seu caminho.
Se você quiser ser útil na jornada do seu cliente, talvez precise parar de tentar ser o protagonista. Seja o Yoda da história — o sábio que guia sem forçar.
👣 Todo herói precisa de um mentor
Luke teve Yoda. Rey teve Leia. E você?
Mentoria pode vir em muitas formas: uma agência que te orienta, uma comunidade que compartilha, um conteúdo que provoca, um curso que expande.
Na era da abundância de informação, quem tem bons mentores anda mais leve — e mais longe.
🧩 Conexão final
A galáxia de Star Wars é movida por sabres, naves e guerras… Mas, acima de tudo, por estratégia, jornada e propósito.
Você não precisa virar Jedi para entender isso. Mas pode aprender muito se parar de olhar para o marketing como um campo de batalha e começar a vê-lo como uma aventura intergaláctica de construção de valor.
Que a Força esteja com seu funil. E que cada campanha te leve um pouco mais perto da confiança e da conversão.
Transformamos a Newsletter NexoConexo em podcast!
Uma newsletter para quem cansou de pensar dentro da caixinha — e da caixinha da caixinha.
Sabe aquele momento em que você junta duas ideias improváveis… e de repente tudo faz sentido? Ou quando você está lendo algo completamente fora da sua área e, sem querer, encontra uma solução pra um problema antigo? Ou ainda quando percebe que o que faltava no seu projeto não era mais uma ferramenta, e sim alguém que ligasse os pontos?
Essa newsletter nasceu pra isso. Agora para ouvir!
Pra provocar. Pra juntar. Pra expandir.