Nesse episódio, falo sobre um pouquinho sobre o meu novo livro, “Um elogio à tristeza” (Editora Record, 2025).
Proponho uma reflexão sobre como as redes sociais e a cultura da performance moldam nossa relação com a vulnerabilidade (a nossa e a dos outros). Vivemos tempos em que ser feliz virou uma obrigação e, nesse cenário, a tristeza parece não ter mais lugar.
Comento como a busca por sucesso e aprovação nos afasta da autenticidade e do direito de simplesmente estar triste, sem culpa ou pressa para “superar” alguma coisa.
Você já saiu de uma consulta de dez minutos com uma receita na mão e a sensação de que ninguém te escutou de verdade?
Nesse episódio, conversamos com @julianabelodiniz, psiquiatra formada pela USP, doutora em Psiquiatria pela mesma instituição e pesquisadora com pós-doutorado na área, além de especialista em pesquisa clínica pela Universidade de Harvard.
Juliana é autora do livro “O que os psiquiatras não te contam” (Fósforo, 2025), uma obra que questiona a hipermedicalização da vida e a pressa da nossa cultura em querer silenciar o sofrimento. Falamos sobre o papel da escuta, os limites da medicação e a urgência de resgatar o humano no cuidado em saúde mental. Este é um episódio para pensar o que perdemos quando transformamos a dor em diagnóstico - e o tempo em comprimido.
Vivemos cansados. Cansados de trabalhar, de responder mensagens, de corresponder a expectativas - e, às vezes, cansados até de nós mesmos. Porém, o que esse cansaço revela sobre a vida psíquica contemporânea?
Nesse episódio, partimos de Freud, Winnicott e Byung-Chul Han para pensar a exaustão como sintoma de uma época que perdeu o limite, o brincar e o silêncio. Falamos do superego tirânico, do falso self que performa sem sentir, e da sociedade do cansaço que nos transforma em máquinas de desempenho.
Nesse episódio, falamos sobre as duas faces da vingança: destruição e criação. De Nina em Avenida Brasil a Ana Francisca em Chocolate com Pimenta, passando pela escrita de Tati Bernardi, Annie Ernaux e Édouard Louis, discutimos como a vingança pode ser um motor de transformação. A partir das teorias de Freud e Klein, refletimos sobre o ódio, a reparação e o inesperado sentido do verbo “vingar”: não só devolver a dor, mas fazer germinar algo novo.
Estes são os livros que foram mencionados:
*A boba da corte (Tati Bernardi, 2025);
*A escrita como faca e outros textos (Annie Ernaux, 2023);
*Mudar: método (Édouard Louis, 2024).
Nesse episódio, refletimos sobre como impor respeito não tem a ver com gritar, se mostrar superior ou intimidar. Respeito verdadeiro nasce de postura, presença e clareza. A partir das ideias de Freud sobre o narcisismo primário e de Klein sobre identificação projetiva, discutimos como um Eu sólido e limites bem sustentados permitem dizer “não” com serenidade, manter a palavra firme e, ainda assim, preservar o diálogo
No episódio #3, do quadro “Respondendo Perguntas”, falamos sobre “Os perrengues do começo”. Ou seja, discutimos os desafios de quem está iniciando a trajetória em psicanálise. Falamos dos estudos, das dificuldades que surgem durante a formação e dos impasses que aparecem no início da clínica - esse período em que tudo parece incerto, mas que também é cheio de aprendizado.
No episódio de hoje, falamos sobre a amizade.
Sobre os encontros que nos atravessam, os vínculos que sustentam a vida e o espaço de afeto que se constrói para além do sangue ou da obrigação.
Com Freud, Winnicott e uma boa dose de experiência, refletimos: o que torna um amigo um verdadeiro continente psíquico?
E como a amizade pode ser, muitas vezes, aquilo que nos impede de desabar por completo?
Esse bate-papo ficou lindo e emocionante! Compartilhem!
Existe uma abordagem melhor que a outra? A psicanálise precisa mesmo escolher um lado? E como é trabalhar com diferentes linhagens sem virar um “Frankenstein teórico”?
Nesse episódio, a gente mergulhou nessas duas pergunta, com bom humor, um pouco de polêmica e bastante teoria.
Mas já fica aqui um spoiler: para nós, a melhor abordagem é aquela que escuta o sujeito antes de defender um manual.
Nesse episódio, falamos da saudade.
Da infância, dos pais, do que passou, e daquilo que, mesmo ausente, segue vivo dentro da gente. Até porque sentir falta, às vezes, é só mais uma forma bonita de dizer: ainda amo.
Ou seja: foi uma conversa sobre lembranças, afetos, literatura e (muita) psicanálise.
Estreiamos hoje o nosso novo quadro “Respondendo Perguntas”, em que escolhemos uma das muitas (e maravilhosas) perguntas que vocês mandaram na caixinha para responder com profundidade e, claro, um pouquinho de bom humor.
Neste primeiro episódio, a pergunta foi direta e certeira: “Como manter um trabalho ético e coerente com a psicanálise e ainda lidar com as pressões do campo digital? Já fomos criticados por isso? Isso afetou a clínica?”
Spoiler: a resposta é mais complexa do que sim ou não; e envolve desejo, limites, atravessamentos e bastante análise pessoal.
Neste episódio, nós nos perguntamos: quando o autocuidado vira, na verdade, autocobrança? Partindo das nossas vivências e da escuta clínica, refletimos sobre como o discurso do bem-estar tem se transformado em mais uma exigência de desempenho. A psicanálise nos ajuda a distinguir o gesto genuíno de cuidado daquele que apenas repete uma norma social.
Nesse episódio, refletimos sobre o quanto é difícil sustentar coerência num mundo que recompensa a aparência. E o quanto a hipocrisia, muitas vezes, se veste de boas intenções para manter privilégios intactos. Para tanto, contamos com a participação da nossa querida amiga psicanalista Jaquelyne Rosatto Melo (@conversadepsicanalista).
Nesse episódio, conversamos sobre os riscos do isolamento.
A partir das ideias de Freud e Winnicott, refletimos sobre como o afastamento pode ser, às vezes, necessário - mas, quando se torna modo de existir, deixa de ser proteção e vira adoecimento. Isolar-se permanentemente é tentar negar aquilo que nos constitui desde sempre: a nossa condição relacional.
Dá o play e vem pensar com a gente sobre o que nos sustenta... e o que nos adoece.
Vivemos tempos em que sentir virou quase um excesso. No episódio de hoje, discutimos o empobrecimento afetivo da vida contemporânea: pessoas que não se comovem, que evitam o sofrimento a qualquer custo, que trocam o silêncio pela performance constante. A partir de Freud, Ferenczi, Winnicott e Byung-Chul Han, conversamos sobre como resistir à indiferença generalizada e por que, apesar de tudo, ainda vale a pena se afetar.
Um menino de 13 anos comete um crime brutal. Mas a pergunta que atravessa a série Adolescência (Netflix) não é quem fez isso?, e sim como permitimos que isso acontecesse?
Nesse episódio, atravessamos o silêncio que precede o ato, o terror ao feminino descrito por Freud e Klein, e a ausência de escuta que marca nossa relação com os adolescentes. A partir da teoria de Winnicott, discutimos como a ausência de um ambiente suficientemente bom pode levar à atuação - quando o sofrimento, sem acolhimento, não encontra palavra e vira gesto.
Esse episódio não é sobre uma série. É sobre todos nós. Sobre o que ainda não sabemos dizer. E sobre a urgência de aprender a escutar - antes que o silêncio se transforme em tragédia.
Por que comemorar importa? Nesse episódio, falamos sobre o valor dos rituais, das pequenas celebrações e da marcação do tempo - na vida, na clínica e na cultura. De Freud a Byung-Chul Han, passando por Klein e Winnicott, refletimos sobre como a comemoração pode ser uma forma de sustentar a existência, reconhecer conquistas e dar sentido ao que vivemos.
Nesse episódio, falamos sobre a capacidade de contemplação e como ela se perdeu em meio à hiperatividade do mundo contemporâneo. Com ajuda de Byung-Chul Han, Freud, Klein e Winnicott, discutimos o impacto da aceleração do tempo na subjetividade e a importância do ócio para a criatividade e a saúde mental. Também refletimos sobre como políticas públicas podem (ou não) contribuir para que o pensamento não seja engolido pela lógica da produtividade. No fim, deixamos uma provocação: você ainda consegue olhar para o nada sem se sentir culpado?
Nesse episódio, recebemos a dra. Bruna Reús, médica endocrinologista, para uma conversa sobre “o império da magreza”.
Discutimos sobre o culto ao corpo magro, a febre da semaglutida e os efeitos psíquicos dessa busca incessante por um ideal inalcançável - um papo crítico e necessário sobre saúde, desejo e a relação entre corpo e psicanálise.
Neste episódio, discutimos um dos pilares fundamentais da psicanálise: a formação contínua. Afinal, o que significa, de fato, se formar como psicanalista? Falamos sobre o estudo rigoroso, a imersão na teoria e a importância de um percurso que vai além das leituras isoladas, passando pela supervisão e pela análise pessoal.
Também compartilhamos detalhes sobre os nossos grupos de estudo (seminários teóricos), que acontecerão no primeiro semestre de 2025, como parte desse compromisso com a transmissão séria e aprofundada da psicanálise.
Nesse episódio, comentamos algumas partes do livro "Sobre desistir", de Adam Phillips (2024), e exploramos como o ato de abrir mão pode ser mais libertador do que imaginamos.
Entre reflexões psicanalíticas e exemplos cotidianos, discutimos o que significa realmente desistir.