Está liberado mandar a civilidade para casa... (complete a frase).
O que mais precisa ser dito?
A emancipação subjetiva e a construção de narrativas que privilegiam o indivíduo em detrimento do coletivo interrompem o nosso processo de individuação, que se constitui a partir das relações com outros. Ao nos deixar atravessar, reconstituímos quem somos e buscamos ampliar nossas possibilidades de interseção. Buscar o comum é interromper a lógica política/liberal que se aproveita do enfraquecimento coletivo.
Aqui falamos sobre a endorfina social, nossa necessidade de performar diante das diferentes demandas por atenção e entretenimento, mas também falamos sobre o poder fabulatório que nos salva do massacre da vida.
Na hierarquia relacional, quem ocupa o topo da pirâmide? E por quê? Quais são as dinâmicas que sustentam o jogo de poder que perpetua a lógica nuclear e a quem ela serve?
O "eu" digital tomou conta do outro, aquele habitante do campo físico? Ou somos uma única pessoa, reduzindo nossa existência a dinâmicas plataformizadas?
Errância: substantivo feminino
Das 11h de exposição a Ananda anotou 2 trechos das explicações das obras que a marcaram e um deles era:
“Admito o erro constituinte de todo voo: redesenho as rotas da minha sensibilidade outra vez”
A primeira rede social das nossas vidas, cheia de fofocas, intrigas e personagens caricatos. Há quem ame, mas prefira mesmo quando não está muito perto. Família, ê, família, ah. Família.
Celebrar a mais existência dos nossos mortos é também celebrar a existência daqueles que nos constituíram. Não há história que resista sem o atravessamento de outras histórias que nos reconstituem. Maria Paula Hampshire faz um lindo brinde a mais existência daqueles que não estão mais aqui.
Partindo do livro de Christine Greiner, "Corpos Crip: Instaurar Estranhezas para Existir", falamos sobre os corpos queer.
Paulo Freire disse que "é preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar". E a espera cansa.
Pensando em sair por aí se jogando nos amores irreais? Bateu aquela vontade de se entregar de cabeça ao amor romântico? Se joga, só não esquece o paraquedas.
A família que a gente escolhe ou que escolhe a gente, a coisa que guardamos de baixo sete chaves e, sem entupir nenhuma artéria, dentro do coração. 'A velha amizade desenha um país mais real um país mais do que divino, masculino, feminino e plural.' A construção coletiva essencial.
Está cansada das frases deterministas que garantem que tudo vai ficar bem? Exausta do futurismo brilhante? Puxe a cadeira e senta. Vem ficar com problemas comigo.
Quero te fazer um convite, você aceita?