Antes do adeus à temporada de 2025 das Quintas do Avante!, Gisela João deu-nos uma animada conversa sobre a liberdade, as suas múltiplas facetas e a necessidade de ser defendida.
No disco “Inquieta”, a fadista homenageia cantautores e canções fundamentais da nossa poesia e história, cantando com eles a sua e a nossa liberdade.
Falamos ainda da importância de não nos alhearmos do que se passa à nossa volta, e do fado como lugar da poesia musicada sobre as histórias das nossas vidas.
Todas as emoções da grande Festa da Liberdade estão já aí.
Foto: Manuel Abelho
A história de Carla Sacramento começa no Seixal, onde ainda em criança descobriu a paixão pela corrida que a levaria a conquistar o mundo.
Desde cedo conquistou títulos nacionais, medalhas internacionais e, em 1996, o ouro nos 1500m nos Europeus Indoor de Estocolmo.
Para ela, “não há casualidades” — a sua carreira repleta de prémios é resultado de trabalho, dedicação e amor pelo atletismo.
Hoje continua a inspirar novas gerações com o seu envolvimento na promoção de projectos ligados à modalidade, porque acredita que “o atletismo deve ser para todos”.
Catarina Sobral – escritora, ilustradora e autora de cinema de animação – conversa sobre o seu processo criativo, os leitores de todas as idades dos seus álbuns ilustrados, a justiça e a injustiça de certas leis e a importância da Constituição de 1976 nas nossas vidas. Recorda ainda o que a inspirou na preparação do poster da Festa do Avante! que fez para a edição de 2024.
Catarina Sobral estudou Design e tem um mestrado em Ilustração. Publicou cerca de vinte livros, editados em mais de 15 línguas. Escreveu e realizou dois filmes de animação, cria espectáculos de palco para crianças, participou em várias exposições nacionais e internacionais e recebeu dezenas de prémios, nomeadamente o Prémio da Feira do Livro de Bolonha (2014) e o Prémio Nacional de Ilustração (2024). É autora, entre outros, de A Greve, Vazio, O Meu Avô e Fantasmas, Bananas e Avestruzes. No próximo Outono inaugura a exposição «Philosophiae Naturalis do Professor Elias» e estreia o espectáculo Perder, ambos no LU.CA - Teatro Luís de Camões, em Lisboa.
Foto: Ana Isa Mourinho
Laura Carreira, nasceu no Porto, concluiu o curso de Comunicação Audiovisual na Escola de Artes António Arroio, em Lisboa, e licenciou-se em Realização na Universidade de Edimburgo, na Escócia, onde vive desde os 18 anos. Foi aqui que filmou, em 2018, a sua primeira curta-metragem, ‘Red Hill’, e, dois anos depois, a segunda curta-metragem "The Shift".
Em 2024 obteve o reconhecimento internacional com a sua primeira longa-metragem "On Falling", que conta a história de Aurora, uma portuguesa que trabalha num armazém de e-commerce, em Glasgow, em turnos irregulares, e que vive presa entre os confins do seu local de trabalho e um apartamento partilhado.
Aurora sonha em escapar da vida de salários esclavagistas e alienação social e encontrar um sentido para a sua vida. Laura Carreira falou com o podcast das Quintas do Avante sobre o seu trabalho, mas também sobre precariedade laboral. "On Falling" passa no Cine-Avante na edição deste ano da Festa do Avante.
Foto: Simon Crofts e Sylwia Kowalczyk
João Grosso à conversa com Tatiana Rocha sobre democratização cultural, a urgência da descentralização, e o papel que o teatro e as instituições podem ter na politização das comunidades. Entre memórias de como tudo começou e convicções futuras, fala-se também n’ O Mercado das Madrugadas, de Patrícia Portela, espetáculo com que João Grosso estará este ano na Festa do Avante!
Vitorino, voz incontornável da música popular portuguesa, leva-nos por entre cantigas alentejanas, baladas de resistência e histórias que atravessam gerações. Com uma carreira marcada pelo compromisso com as raízes, pela poesia do povo e pela constante reinvenção do cancioneiro tradicional, Vitorino fala-nos do seu percurso, das memórias partilhadas com Zeca Afonso e dos caminhos que ligam a música à luta. Na conversa, revela também o que podemos esperar do espetáculo que apresentará na Festa do Avante 2025 — um concerto que será, acima de tudo, um tributo à terra, à liberdade e à cultura que não se esquece. Para Vitorino, a Festa do Avante é mais do que um palco: é um reencontro com a força das canções que nunca envelhecem.
Foto: António Marinho da Silva
Formados no início dos anos 1990, os Dead Fish conquistaram destaque como um dos principais nomes do hardcore brasileiro, reconhecidos por suas letras politizadas e enérgicas. Em 2024, lançaram "Labirinto da Memória", seu décimo álbum, que mantém viva a essência punk e hardcore que caracteriza o grupo. A nova turnê da banda percorreu todo o Brasil e também a Europa, após mais de 150 shows realizados nos últimos dois anos. Com 30 anos de carreira, os Dead Fish continuam a denunciar injustiças e a mobilizar o público com energia, atitude e críticas sociais.
"A provocação mais audaz, é quando o mundo nos desafia a existir". Patrícia Portela à conversa com Isabel Araújo Branco, sobre liberdade, coragem, inteligência e abraços apertados, a propósito da sua obra literária, em particular Manual para Andar Espantada por Existir.
Foto: Marcos Borga
Selma Uamusse, voz singular e presença vibrante da música portuguesa contemporânea, leva-nos numa viagem pelas suas raízes moçambicanas, pela fusão de ritmos e dialetos tradicionais africanos com diversas sonoridades. Numa conversa onde revela o seu processo criativo e o modo como a espiritualidade e a consciência social influenciam a sua arte, fala-nos ainda do seu espetáculo que irá apresentar na Festa do Avante 2025, um concerto que promete ser uma celebração de identidade, resistência e alegria. Selma partilha ainda o significado profundo que a Festa do Avante tem para si, como espaço de encontro, liberdade e transformação.
Ouve e divulga!
Rita Andrade conta-nos como a música de Roger Waters a levou à Palestina, e como essa viagem a transformou enquanto pessoa e artista, descobrindo o poder da arte e da pintura como forma de resistência pacífica, de intervenção e de questionamento. A nossa convidada fala-nos ainda da importância de ver com os próprios olhos, do seu trabalho nas Honduras, e do que significa para si estar presente na XXIV Bienal de Artes Plásticas, já neste edição da Festa do Avante, com a exposição “A Insustentável Leveza do Poder”.
Foto: Marie Bacelar
Com mais de 30 anos de carreira, Carlos Latuff define-se como um cartunista político e um cronista visual da barbárie. Nascido e criado no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, é considerado um dos principais chargistas da imprensa brasileira.
Atualmente, seus trabalhos circulam em portais de notícias de vários países. Com um traço preciso e uma perspetiva aguçada sobre os problemas atuais do mundo, dedica-se sobretudo a denunciar a violência policial em solo brasileiro, sendo também um dos grandes apoiadores da causa palestina. Estes são alguns dos temas que marcam a sua obra e trajetória em defesa dos direitos humanos.
O Quintas do Avante! é um espaço de conversa em torno da cultura, do convívio, do trabalho e da luta. Nele passará gente das artes - literatura, música, cinema, teatro, entre outras - que nos dará a conhecer, na primeira pessoa, as suas experiências e opiniões. Semanalmente às quintas. Não percas!
Ouve e divulga!
#carloslatuff #quintasdoavante #naohafestacomoesta
João Santana da Silva é licenciado em História e mestre em História Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e doutorado em História pelo Instituto de Ciências Sociais da mesma universidade, no âmbito do PIUDHist. A sua investigação centra-se no futebol, trabalho e associativismo nos bairros operários de Lisboa.
Para além do trabalho académico, é também dirigente associativo, participando ativamente nas dinâmicas culturais e desportivas que estuda.
É o nosso convidado no segundo episódio da 6ª temporada do podcast Quintas do Avante.
Ouve e divulga!
João Carlos Callixto nasceu em Lisboa, em 1977. Investigador musical e autor de programas radiofónicos e televisivos na RTP, os seus trabalhos têm incidido sobre os cruzamentos entre a Música e a Literatura e sobre a História da Música Popular em Portugal no período entre o advento do vinil no nosso país, em meados dos anos 50, e o denominado boom do rock português, em inícios dos anos 80. Colaborador de publicações musicais e literárias desde 1996, escreveu ou coordenou, entre outros, os livros "As Palavras das Canções" (2024), "Gramofone - Páginas da Música no Arquivo RTP" (2019), "Portugal 12 Pts – Festival da Canção" (2018, em co-autoria); ou “Canta, Amigo, Canta - Nova Canção Portuguesa (1960-1974)” (2014). Tem presentemente no prelo uma obra em co-autoria sobre a editora discográfica Orfeu.
Ouve e divulga!
No derradeiro episódio da temporada 2024 das Quintas do Avante, o compositor, produtor e multi-instrumentista Bruno Pernadas fala-nos dos recursos que usa para criar os seus cenários musicais, da importância do silêncio na música para cinema, da grande honra que foi ter composto o Hino oficial dos 50 anos do 25 de Abril, a que chamou o “O Governo do Povo”, e ainda de uma nova geração de músicos liberta de amarras na sua relação com a música.
E, claro!, do concerto na Festa do Avante!, onde vai encerrar as celebrações dos dez anos do seu primeiro disco em nome próprio.
Foto: Miguel Oliveira
O Quintas do Avante! é um espaço de conversa em torno da cultura, do convívio, do trabalho e da luta. Nele passará gente das artes - literatura, música, cinema, teatro, entre outras - que nos dará a conhecer, na primeira pessoa, as suas experiências e opiniões. Semanalmente às quintas. Não percas!
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Cara de Espelho é um “supergrupo”, muito recente, que conta com elementos de projetos bem conhecidos como Deolinda, A Naifa, Gaiteiros de Lisboa, Ornatos Violeta, entre outros.
Com uma identidade sonora muito própria, inspirada no cancioneiro popular português, reflete, através das suas letras, sobre temas bem presentes na sociedade podendo mesmo assumir-se como música de intervenção.
A conversa é. em representação da banda, com Maria Antónia Mendes, conhecida como Mitó, a inconfundível vocalista do projecto A Naifa e Señoritas.
O Quintas do Avante! é um espaço de conversa em torno da cultura, do convívio, do trabalho e da luta. Nele passará gente das artes - literatura, música, cinema, teatro, entre outras - que nos dará a conhecer, na primeira pessoa, as suas experiências e opiniões. Semanalmente às quintas. Não percas!
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“Fado Camões” é o aclamado disco da fadista LINA_ dedicado à poesia de Luís Vaz de Camões, e que irá ser apresentado na Festa do Avante!. Neste disco, por entre alusões a vários ritmos tradicionais portugueses, latinos ou africanos, sublinha-se a diversidade poética e temática da obra de Camões, e os aspetos que a tornam revolucionária. A abordagem de LINA_ assume-se novamente arrojada e vanguardista, contando com a colaboração do produtor Justin Adams, que coloca a excecional voz da fadista no centro de uma arquitetura de sons que trazem para a contemporaneidade, a um tempo, o fado e a poesia de Camões.
Foto de Luís Mileu, para © Art Direction. ACBD Studio Ana Cunha Gonçalo Santana.
O Quintas do Avante! é um espaço de conversa em torno da cultura, do convívio, do trabalho e da luta. Nele passará gente das artes - literatura, música, cinema, teatro, entre outras - que nos dará a conhecer, na primeira pessoa, as suas experiências e opiniões. Semanalmente às quintas. Não percas!
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Rodrigo e Simão Bento dois jovens irmãos e jogadores internacionais de rugby de 15 conjugam a prática desportiva com os estudos e, mais recentemente, com a sua participação cívica na defesa dos direitos humanos, principalmente em ações de solidariedade com a Palestina.
Há 2 anos estiveram na festa do Avante e, desde então, já estiveram em jornadas de trabalho com a família e amigos.
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Sérgio Godinho. Um nome incontornável da Festa do Avante, da história de Portugal e da cultura portuguesa. “LIBERDADE25” é o mote para o concerto da edição 2024 da Festa num espectáculo que vai passar pela rica discografia do artista, celebrando os 50 anos do 25 de Abril com a ignição da sua mítica música Liberdade.
Com a habitual presença dos Acessores e com a companhia especial da artista Capicua, será um conjunto de momentos inesquecíveis como são os tantos que Sérgio Godinho já presenteou a Festa do Avante.
À conversa nas Quintas do Avante, Sérgio Godinho fala-nos sobre diversos temas, passando inevitavelmente pelos 50 anos da Revolução de Abril, pelo “LIBERDADE25” e pela sua ligação à Festa.
Foto de Arlindo Camacho
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A realizadora e ativista feminista Melanie Pereira fala-nos do seu premiado filme “As Melusinas à margem do rio”, em que partiu de uma figura mitológica luxemburguesa para ir em busca da construção da identidade de quatro mulheres que, como ela, são filhas de pais emigrantes no Luxemburgo, com várias origens e histórias de vida.
Como se constrói uma identidade a partir de diferentes fragmentos culturais? Como a classe social determina não só a emigração, mas a integração numa outra sociedade? Estas e outras questões conduzem-nos até um lugar em que elas são capazes de tomar essas identidades e o seus destinos nas suas mãos.
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O escritor e encenador Sandro William Junqueira conversa sobre o cruzamento entre teatro e narrativa, o trabalho de criação conjunta com actores, ilustradores e outros artistas e a construção e reconstrução da memória e da identidade através do texto literário e da ficção, em particular a propósito do seu mais recente livro, Emídio e Ermelinda, em mais um episódio de «Quintas do Avante!».
Sandro William Junqueira é escritor, encenador, professor de expressão dramática e autor de vários projetos de promoção do livro e da leitura. Sandro William Junqueira escreve narrativa e teatro, para adultos e crianças, tendo publicado mais de dez livros. Com No Céu Não Há Limões (2014), foi finalista do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE); e com As Palavras Que Fugiram do Dicionário (2018) recebeu o Prémio Autores da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) na categoria «Melhor livro infanto-juvenil». O seu último livro é Emídio e Ermelinda (2024).
O escritor e encenador Sandro William Junqueira conversa sobre o cruzamento entre teatro e narrativa, o trabalho de criação conjunta com actores, ilustradores e outros artistas e a construção e reconstrução da memória e da identidade através do texto literário e da ficção, em particular a propósito do seu mais recente livro, Emídio e Ermelinda, em mais um episódio de «Quintas do Avante!».
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