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SpinCast
Rede d/propósito
62 episodes
15 minutes ago
Juntamos insights sobre a complexidade do nosso tempo sob pandemia. Criamos conversas afiadas com indivíduos talentosos, multidisciplinares e buscamos um olhar 360 com quem faz a diferença. Fomos atrás de ângulos inexplorados e visões prospectivas que tragam análises originais e desafiem as platitudes.
Quem entrevista é o sociólogo, empreendedor serial e investidor, Zeca Martins.
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Society & Culture
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Juntamos insights sobre a complexidade do nosso tempo sob pandemia. Criamos conversas afiadas com indivíduos talentosos, multidisciplinares e buscamos um olhar 360 com quem faz a diferença. Fomos atrás de ângulos inexplorados e visões prospectivas que tragam análises originais e desafiem as platitudes.
Quem entrevista é o sociólogo, empreendedor serial e investidor, Zeca Martins.
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Society & Culture
Episodes (20/62)
SpinCast
Bendita maldita
Barbara Gancia é uma figura gigante do jornalismo brasileiro. Embora tenha trabalhado por mais de 30 anos na Folha de SP, ninguém tem mais cara do Pasquim que ela. Bárbara exibe os bons hábitos da elite sofisticada no melhor sentido. Mas nunca deixou de se mostrar à vontade em qualquer boteco. Bárbara é culta e sensível e ao mesmo tempo desbocada e arrebatada. Sinto falta da Barbara mesmo ela estando bem aqui pertinho de nós. É que o domínio woke, prescritivo, previsível, emissor de sinais de virtude, se tornou tão pervasivo que a Bárbara virou um ser em risco de extinção. Quando isso acontecer, o mundo estará infinitamente mais chato. A gente falou um pouco de tudo e mal de quem merece.
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4 years ago
59 minutes

SpinCast
A política mudou de endereço
Marco Ruediger é um pesquisador de classe internacional que tem se dedicado a investigar como as redes sociais são utilizadas para enviesar tendências de opinião pública em favor da extrema direita. Até 3 anos atrás, sequer se sabia da sua existência. Agora está no poder. Mais, ganhou e governa com um percentual consistente de apoios. É claro que isso intriga e desconcerta os analistas tradicionais, que tentam enquadrar esse momento à luz dos acontecimentos recentes na história brasileira.
⠀
Marco resolveu desafiar o senso comum e foi investigar, olhar os dados, identificando os recursos utilizados pelos líderes da extrema direita (presidente da república, em especial) e seguindo as pistas deixadas no ambiente digital, seja ele aberto na redes, seja ele fechado para seguidores incondicionais (caso do Parler). Os resultados descobertos são  decisivos para a compreensão do que os democratas têm pela frente,  Participou da conversa o jornalista Daniel Pinheiro, também um investigador do submundo habitado por extremistas.
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4 years ago
1 hour

SpinCast
Presidiárias, cannabis e o papel da elite
A conversa com a Patrícia Villela Marino foi atípica.
Não a conhecia, mas soube que era uma ouvinte assídua do Spincast, que fazia um trabalho de filantropia de alto impacto em zonas de extremo desconforto. Pesquisei e tive curiosidade em saber o que faz uma mulher super rica se dedicar ao resgate de presidiárias ou a liberação do uso medicinal de uma substância proibida. Tanta coisa mais sossegada, porque uma das principais acionistas do maior banco brasileiro escolhe ir para o front? Que valores a movem? Será que ela pode “contaminar” outros do andar de cima. Confira.
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4 years ago
1 hour 6 minutes

SpinCast
Uma nova avenida para a economia da Amazônia
O Salo Coslovsky é professor da Universidade de Nova Yorque, de onde pesquisa o que acontece no Brasil e na economia da floresta em pé. Salo aplicou insights inovadores na economia tradicional e os resultados são promissores. A maioria dos estudos atuais sobre a economia amazônica se concentra nas oportunidades em torno da captura do carbono e do desenvolvimento de novos produtos baseados em moléculas que podem gerar novos medicamentos ou alimentos. Salo foi por um caminho diferente e desvelou o potencial de produtos que o mercado mundial já consome, o Brasil já produz, mas nossa participação no mercado mundial é ínfima. É tão baixa que qualquer ganho pode ser de alto impacto.
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4 years ago
53 minutes

SpinCast
Pandemia, um ano depois
Gravei essa conversa com os filósofos João Carlos e Marco faz um ano. Essa semana recebi a recomendação de uma ouvinte atenta: “porque você não republica aquele episódio com os filósofos. O que eles falaram como conjectura aconteceu. Só que pior”. Fui ouvir novamente e me chocou. Quando gravamos, 365 dias atrás, minha compulsão por olhar o copo meio cheio me protegia. Achei que o exercício moral dos filósofos poderia não ser confirmado em uma grave crise sanitária e estaríamos salvos. Errei. Agora não há mais espaço para auto-engano. E o caminho é único: vencer a pandemia e quem a promove.
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4 years ago
1 hour 8 minutes

SpinCast
Opinionismo x Verdade
O frescor do olhar aplicado por esses dois jovens, Zé Marcelo Zacchi e Miguel Lago, ao que se passa no Brasil atual, vem informado pela ciência política, pelo conhecimento de tecnologias digitais, pela informação sobre o modelo de negócios das big techs. Mais importante, eles se movem por um compromisso democrático profundo que os tornou líderes cívicos, além de pensadores sofisticados.
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4 years ago
48 minutes

SpinCast
Da NASA para a Amazônia
Esse episódio com o Juan Carlos Castilla-Rubio é inclassificável. Ele é membro do board do Forum Econômico Mundial, mas é muito mais. Juan é um sujeito com muitas nacionalidades. Peruano de nascimento, brasileiro por adoção, estudou e trabalhou na Inglaterra, na Franca e nos Estados Unidos. Seus domínios vão da matemática avançada à biologia sintética, passando pela engenharia de novos materiais, ciência do clima e espacial. Com esse repertório pelo qual navega (literalmente, ele também é navegador), Juan produz ciência básica e muita tecnologia aplicada a negócios concretos. Atualmente seu grande desafio está em criar condições para o mapeamento da vida (o grande genoma), que pode tornar viável a exploração da floresta em pé e restaurar a que foi devastada.  Se alguém pode colocar esse ovo em pé, se não for o Juan, será alguém com a banda larga que ele tem.
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4 years ago
56 minutes

SpinCast
Agrofloresta é nosso Vale do Silício
O Valmir é um perfil raro. Tem quilometragem técnica, processa informações científicas com sofisticação, tem sensibilidade e escolheu ser empreendedor na fronteira da economia verde. O Valmir criou a Belterra e, através dela, está desenvolvimento projetos de restauração florestal que se viabiliza com a produção sustentável de alimentos. A Belterra aplica ciência e desenvolve seus projetos com vista a validar modelos que devem ser replicados em outras áreas degradadas em condições semelhantes. O negócio da Belterra não é ter terra, é ter knowhow para desenvolver produtos, plantar de forma sã e eficiente e abrir mercados. O agricultor ganha o que não tem e a Belterra ganha escalabilidade.
Conversei com o Valmir tendo claro que seu sucesso pode significar a abertura de espaço para muitos outros empreendedores para quem a natureza é fonte de vida e produção de riquezas.
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4 years ago
1 hour 8 minutes

SpinCast
Derrubando Muros: Agronegocio e sustentabilidade
Neste episódio reproduzimos mais um painel realizado pelo DERRRUBANDO MUROS. Esse, sobre "Agronegócio e Sustentabilidade", forma par com o anterior, sobre "Capital Natural e Economia  Verde". A intenção deliberada em ambos foi conectar atores diferentes de setores vizinhos: neste caso, ambientalismo e agronegócio. Outros temas da economia, da espiritualidade, das novas tecnologias e dos grandes desafios brasileiros serão tratados no Derrubando Muros e compartilhados aqui. Não se complementa lacunas com os atributos que já temos. São os diferentes que se completam. Como nesse episódio em que olhamos oportunidades na economia verde e as chances  do Brasil ser o grande campeão nesse front.
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4 years ago
1 hour 24 minutes

SpinCast
Uma potencia brasileira: artesanato de raiz cultural
A Sonia Quintella é presidente da Artesol, uma associação sem fins lucrativos que trabalha para promover o artesanato de raiz cultural brasileira. Ao ouvi-la, você vai entender que não estamos falando de algo apenas folclórico, uma sub arte pela qual se deva ter condescendência. O artesanato cultural brasileiro é exuberante, original e expressa nossa melhor identidade. Isso, em tempos de tanta descrença com o Brasil, já é suficientemente importante. Mas o artesanato é também uma atividade econômica essencial para milhões de pessoas, O que a Sonia está fazendo é ajudar a acelerar a geração desse valor. E está fazendo isso com uma competência reconhecida. Ela e a Artesol são positivamente imprescindíveis.
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4 years ago
59 minutes

SpinCast
Derrubando Muros: A Economia Verde e o Capital Natural no Brasil
Tomei a oportunidade de mediar esse grande diálogo para editar e compartilhar o conteúdo com vocês: "Derrubando Muros: A Economia Verde e o Capital Natural no Brasil". Poder ouvir, aprender e debater com talentos como André Lara Resende, Fernando Gabeira, Beto Veríssimo e Bernardo Strassburg, é um privilégio que não poderia ficar restrito aos 80 presentes que formaram uma platéia tão qualificada quanto o quarteto de painelistas na reunião fechada no Zoom. Por isso criamos o Spincast Painel para editar essa versão compartilhável. O tema, que carrega as preocupações do presente (e são muitas), também indica o potencial do Brasil para ser a locomotiva da nova economia verde que pode tornar o Brasil líder mundial de sustentabilidade. Depende de nós.
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4 years ago
1 hour 7 minutes

SpinCast
Do Rio ao Acre, a história de pioneirismo de Bia Saldanha
Essa conversa com a Bia Saldanha foi uma surpresa para mim. Eu havia lido o livro sobre a vida dela, Amazonia 20º andar, e estava claro que me encontraria com alguém cuja coragem era incomum. Bia deixou o conforto e o sucesso no Rio de Janeiro para se aventurar na floresta do Acre e se tornar empresária naquele ambiente onde as regras de sobrevivência eram completamente desconhecidas para ela. E foi para lá para desenvolver algo novo, o couro vegetal. O mesmo "couro" com o qual foi produzida uma bolsa da Hermés que custava 1500 euros e foi o carro chefe da empresa no mundo. Não foi só essa a conquista da Bia. Nem isso esconde os muitos tombos que a vida reserva para quem, como ela, aceita ir para o trapézio sem rede embaixo. Pode haver quem tenha a coragem empreendedora da Bia. Mais do que ela, duvido.
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4 years ago
1 hour 5 minutes

SpinCast
A China que poucos conhecem
Esse episódio trata sobre um assunto tão vital como negligenciado entre brasileiros: o desafio de entender nossa relação com a China além das simplificações esquemáticas, que mais revelam preconceitos que esclarecem. Essa conversa com a Tatiana Prazeres, desde Pequim, busca furar o bloqueio dos lugares comuns para lançar alguma luz sobre esse país que, além de estar se posicionando para ser a mais poderosa nação do planeta, já há muito tempo é o mais importante parceiro comercial brasileiro.  Na última linha, a China é quem nos permite fechar nossas contas. Fato. A par disso, pessoas razoavelmente informadas, sabem quase nada sobre essa China. É como se uma inércia pró ocidente nos mantivesse cativos de um mundo que já não existe mais. A consequência disso é que descuidamos do presente e podemos perder as oportunidades futuras que serão liberadas para os que estiverem melhor adaptados para um futuro próximo onde a hegemonia será compartilhada entre múltiplos polo.
Livro citado na conversa:  https://bit.ly/3d1VGgW
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4 years ago
1 hour 7 minutes

SpinCast
A Republica das Milícias
Foi uma conversa intensa e interessante, embora a aspereza do tema.
⠀
Bruno é um especialista e, ao mesmo tempo, um generalista. Conhece as engrenagens da violência brasileira como um arqueólogo precisa conhecer o terreno em que pesquisa. A diferença é que o Bruno, ao mergulhar na violência brasileira, lida com pessoas vivas, algumas muito vivas, embora boa parte delas não assim permaneçam por muito tempo.
⠀
Acho que consegui sentir um pouco do que move o Bruno. Dá para perceber que ele é atraído por temas duros, que a maioria dos pesquisadores prefere passar longe. Estamos falando sobre a violência industrializada, banalizada, tornada um modelo de negócio e de operação política ao mesmo tempo. Por isso também notei, e valorizo, a forma como ele se distancia para manter a lucidez, ainda que seja dentro da cena em que fala, por exemplo, com um matador profissional. Outra virtude do trabalho do Bruno é que mantém o foco, sem atropelar o ouvinte ou leitor com emocionalismos ou com juízos de valor que, afinal, cabe a quem o lê e escuta.
⠀
Enfim, eu pretendia focar nossa conversa no interessantíssimo livro recém lançado pelo Bruno, “A República das Milícias”, que li logo antes de gravar esse episódio. Fizemos isso, mas invadimos outros temas e perplexidades mútuas que afligem nosso (o dele, o meu e o seu) presente e futuro.
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4 years ago
1 hour 5 minutes

SpinCast
Empresas devem devolver o que ganham da sociedade
O Johannes van de Ven é um perfil incomum. Já pela formação, que junta teologia e economia. Segue pela trajetória internacional desse holandês que escolheu graduar-se na melhor escola de formação de economistas do Brasil na década de 80, que era a PUC/Rio. Lá, foi aluno dos que, na década de 90, seriam os criadores do Plano Real (Lara Resende, Pedro Malan, Edmar Bacha e uma turma da pesada). No Rio foi contratado por um banco brasileiro de investimentos para trabalhar em Nova Iorque. Quando achou que tinha aprendido o suficiente sobre as astúcias do capital, Johannes tratou de se reaproximar da teologia para juntar as pontas: como fazer a habilidade empreendedora gerar benefícios equilibrados para os acionistas e para a sociedade. Desde o início do anos 2000 ele tem trabalhado para desenvolver projetos que juntem as melhores práticas da gestão financeira sofisticada com a melhoria da vida de todos.  Johannes tem participado dos esforços da Igreja Católica através da encíclica papal Laudato Si, a que atribui influência decisiva ao Acordo de Paris, e sua empresa banca projetos de impacto no Brasil, onde ele continua ligado mesmo morando na Suíça. Nesse momento, ele tem colaborado para identificar formas da floresta amazônica permanecer de pé e gerando riqueza em harmonia com o planeta. O trabalho de Johannes é um exemplo para emular toda a elite brasileira.
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4 years ago
1 hour 14 minutes

SpinCast
“Decifrando o enigma chinês”, Embaixador Marcos Caramuru
Essa conversa com o Embaixador Marcos Caramuru vem preencher uma lacuna do Spincast. Não é possível tratar dos grandes desafios brasileiros sem entender a China e sua relação conosco.
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Marcos estudou esse país, serviu lá e vive lá. Domina o conhecimento formal da operação da economia, das complexas estruturas políticas e, sobretudo, se interessa por conhecer o comportamento da sociedade chinesa. Me pareceu a pessoa certa para entrar no assunto.
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Para o Embaixador Caramuru, se o objetivo é manter relacionamentos fecundos com os chineses, é necessário ir além dos livros e dos interesses econômicos imediatos. É preciso sentir os chineses e o que importa para eles. Segundo aprendi na conversa, lá, a harmonia precede em importância a verdade. E a amizade é o fio condutor dos negócios. Quem imagina relacionamentos autômatos, como é a fantasia de um país comunista hiper regrado, vai levar um choque. Na China, as super estruturas conhecidas se mantém lado a lado com a relações interpessoais, em um dualismo artesanal de relações humanas determinantes, mas pouco conhecidas por quem não conhece a China. Relações humanas, via de regra, pouco reconhecidas no objetivismo impessoal da sociedade ocidental contemporânea.
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Temos muito a aprender sobre essa potência que, tudo indica, logo será a grande potência hegemônica do planeta.
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4 years ago
1 hour 7 minutes

SpinCast
Além da ortodoxia ou heterodoxia econômica
Ouvir o André Lara Resende era uma ambição antiga. No Brasil, onde tudo se polariza, a economia não escapa ao padrão. Sendo uma consequência de escolhas baseadas em valores e interesses, a economia é, essencialmente, uma versão quantificada da política. Escolhas frouxas e baseadas em generosidade fácil, via de regra populistas, começam em festa e terminam em tragédia. O governo Dilma é um exemplo recente. O da Argentina, um padrão que perdura. Governos que invocam austeridade fiscal e repousam a responsabilidade da vida coletiva nas escolhas exclusivamente individuais, além de desconsiderarem a brutal assimetria no acesso às oportunidades, costumam começar bem e terminar em farsa, se não forem interrompidos pela tragédia. Ao longo do século passado nos acostumamos a ver populistas contra fiscalistas, Keynesianos versus seguidores de Milton Friedman. Em nenhum desses arquétipos se poderia ser, ao mesmo tempo, socialmente sensível com os excluídos e responsável na gestão das finanças. O que o André Lara Resende tem dito é o oposto do que falam os economistas entrincheirados nos polos. Para ele, é possível ser sensível aos marginalizados e manter compromisso com a gestão fiscal responsável, contanto que se supere a fossilização dos conceitos econômicos ultrapassados. Ou seja, as duas preocupações, a social e a fiscal, não apenas podem ser endereçadas em conjunto, como a política economía deve dispor de instrumentos que viabilizam o financiamento, pelo estado, de atividades emuladoras do desenvolvimento. Não é a poupança que viabiliza o investimento, mas o investimento é que cria a poupança. André, como o prêmio Nobel Paul Krugman nos US, defende que o estado PRECISA produzir dívida para gerar capacidade de investimento, e que isso é o que gerará poupança da sociedade. Alguns se escandalizaram, foi exorcizado por outros, mas, aos poucos, os principais economistas do FMI, do Tesouro Americano e até do Banco Central da Índia, nesses tempos de pandemia, passaram a formular políticas na mesma direção. Em pouco tempo, André saiu da condição de “excluído” para interlocutor preferido por intelectuais, investidores e gestores. Não foi uma conversa fácil, nem simples, para mim. O tema é complexo, e André um pensador sofisticado. Foram duas horas que editamos para compactar em dois episódios de 50 mins. Vale como instrução atual, vale como registro de um pensamento rico e original. Como frustração, fiquei sem falar sobre o que tinha me preparado e lido, a vida do escritor Otto Lara Resende, pai do André, que, com sua pena delicada e precisa, trafegava pela erudição com a simplicidade que só os mineiros da gema tem. Fica para o próximo encontro.
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4 years ago
41 minutes

SpinCast
Andre Lara Resende põe o “estado da arte” da economia a serviço da sociedade
Ouvir o André Lara Resende era uma ambição antiga.
No Brasil, onde tudo se polariza, a economia não escapa ao padrão. Sendo uma consequência de escolhas baseadas em valores e interesses, a economia é, essencialmente, uma versão quantificada da política.
Escolhas frouxas e baseadas em generosidade fácil, via de regra populistas, começam em festa e terminam em tragédia. O governo Dilma é um exemplo recente. O da Argentina, um padrão que perdura.
Governos que invocam austeridade fiscal e repousam a responsabilidade da vida coletiva nas escolhas exclusivamente individuais, além de desconsiderarem a brutal assimetria no acesso às oportunidades, costumam começar bem e terminar em farsa, se não forem interrompidos pela tragédia.
Ao longo do século passado nos acostumamos a ver populistas contra fiscalistas, Keynesianos versus seguidores de Milton Friedman. Em nenhum desses arquétipos se poderia ser, ao mesmo tempo, socialmente sensível com os excluídos e responsável na gestão das finanças.
O que o André Lara Resende tem dito é o oposto do que falam os economistas entrincheirados nos polos. Para ele, é possível ser sensível aos marginalizados e manter compromisso com a gestão fiscal responsável, contanto que se supere a fossilização dos conceitos econômicos ultrapassados. Ou seja, as duas preocupações, a social e a fiscal, não apenas podem ser endereçadas em conjunto, como a política economía deve dispor de instrumentos que viabilizam o financiamento, pelo estado, de atividades emuladoras do desenvolvimento. Não é a poupança que viabiliza o investimento, mas o investimento é que cria a poupança.
André, como o prêmio Nobel Paul Krugman nos US, defende que o estado PRECISA produzir dívida para gerar capacidade de investimento, e que isso é o que gerará poupança da sociedade.
Alguns se escandalizaram, foi exorcizado por outros, mas, aos poucos, os principais economistas do FMI, do Tesouro Americano e até do Banco Central da Índia, nesses tempos de pandemia, passaram a formular políticas na mesma direção.
Em pouco tempo, André saiu da condição de “excluído” para interlocutor preferido por intelectuais, investidores e gestores. Não foi uma conversa fácil, nem simples, para mim. O tema é complexo, e André um pensador sofisticado.
Foram duas horas que editamos para compactar em dois episódios de 50 mins. Vale como instrução atual, vale como registro de um pensamento rico e original. Como frustração, fiquei sem falar sobre o que tinha me preparado e lido, a vida do escritor Otto Lara Resende, pai do André, que, com sua pena delicada e precisa, trafegava pela erudição com a simplicidade que só os mineiros da gema tem. Fica para o próximo encontro.
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4 years ago
52 minutes

SpinCast
Somos animais e nossos corpos temem | COMO FAZEMOS NOSSAS CABEÇAS?
O ano iniciou e terminou atipicamente difícil. Nesta pandemia,  encaramos a fragilidade de nossa espécie como ela é: vulnerável, instável, incapaz de se proteger. Essa imprevisibilidade, inevitavelmente se irradia para nossos comportamentos, inclusive políticos. Como podemos sobreviver à crescente incerteza cuidando de nossa saúde mental individual e coletiva? Alguns vendem certezas com a credibilidade de quem vende terrenos no céu. Quando o desespero é grande, há quem os compre. Entender como fazemos nossas cabeças é o título dessa minissérie e foi o tema da conversa com o neurocientista Claudinei Biazzoli
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5 years ago
48 minutes

SpinCast
Um jeito perestroika de fazer a cabeça | COMO FAZEMOS NOSSAS CABEÇAS?
Quando se fala de Perestroika, vem à mente os anos 80, a Polônia desobediente ao controle soviético se insurgindo contra a opressão cinzenta do stalinismo. Pois Perestroika foi o nome deliberadamente adotado pelo Felipe para uma empresa com foco na educação de habilidades que interessam ao mundo de agora. Não aquele que já passou e deixou como herança paquidermes institucionais de educação disfuncional, desinteressante e, no mais das vezes, inútil.   Ele opera como um periscópio. Está sempre atento aos sinais que fazem a diferença na vida. Se é uma habilidade específica como montar apresentações, ele vai ensinar isso da maneira mais fascinante. Se o desafio é não enlouquecer em tempos de pandemia, a administração de nossas subjetividades será o carro chefe. Eu tinha que ouvi-lo nessa série em que tentamos entender como fazemos nossas cabeças.
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5 years ago
47 minutes

SpinCast
Juntamos insights sobre a complexidade do nosso tempo sob pandemia. Criamos conversas afiadas com indivíduos talentosos, multidisciplinares e buscamos um olhar 360 com quem faz a diferença. Fomos atrás de ângulos inexplorados e visões prospectivas que tragam análises originais e desafiem as platitudes.
Quem entrevista é o sociólogo, empreendedor serial e investidor, Zeca Martins.