
No portão de embarque havia 1.121 passageiros irados à espera dos bilhetes de embarque. Todos, era o que parecia, estavam muito aborrecidos com o encarregado do portão.
Culpavam-no por tudo, pelo tempo ruim, o atraso, a bagunça feita pelo computador e até mesmo pelas condições econômicas do país. Começaram a descarregar nele todas as suas frustrações e raivas.
O encarregado do portão era um rapaz louro de pele clara, que à medida que cada pessoa o usava como “saco de pancadas”, a vermelhidão de seu pescoço começava a aumentar. Aproximando-se o que se podia ver era um cara totalmente vermelho. Dava a impressão de que alguma tragédia lhe havia acontecido. Não parecia nem de longe, uma pessoa feliz.
Um senhor aproximando-se para pegar o seu bilhete, cumprimento-o com entusiasmo:
- Bom dia. Como vai você?
O jovem o olhou e, com uma grande dose de sarcasmo, respondeu:
- Comparado a quem?
Sorridente o senhor respondeu: