As redes sociais trouxeram outro sentido, principalmente para os jovens, na busca pela interação. Se a Geração Y amava festivais e viagens na década de 90 e pouco, hoje dificilmente. Também migramos para as redes sociais e nos agregamos aos nativos digitais. E as redes sociais digitais — como o próprio nome sugere — configura um novo estilo de vida, um novo comportamento, um novo SEXO. 

Uma das práticas culturais que uma parcela da sociedade vivencia é o silenciamento de alguns temas com o intuito de não gerar conflitos, principalmente dentro de casa. O censo do IBGE de 2010 mostra que há mais de 40 grupos religiosos registrados no Brasil, fora algumas tradições indígenas que o governo não têm conhecimento. O estudo também mostrou que a religião com o maior número de praticantes é a católica com 64,6% da população, seguida dos evangélicos com 22,2%. E hoje? A Igreja está preocupada em dialogar com a juventude? Isto é, entender a complexidade e múltiplas formas de relações que existem?

Você certamente já ouviu frases como “Homem não chora”, “Homem não foge de brigas” ou “homens não brocham no sexo”. Essas são apenas algumas que atestam que o comportamento masculino, especificamente o heteronormativo, é constantemente repressivo e pressionado a tal forma por uma sociedade patriarcal. Sim, nós estamos falando de 2019 mesmo. Do século passado para os dias de hoje quase nada mudou. Eu digo quase nada porque é fácil constatar que os questionamentos acerca deste comportamento vieram à tona.

O primeiro passo para adentrar a esta complexa discussão é aceitar, pois está provado cientificamente, que sim: pornografia existe e não tem como detê-la radicalmente. O que queremos dizer é que nenhuma pessoa, raça, gênero, orientação sexual, classe social ou etnia passa imune pelos efeitos desta grande indústria capitalista e sexista. No entanto, é indispensável que façamos alguns recortes e de raça e gênero quando problematizamos o assunto. As mulheres negras são o grupo mais atingido pelos malefícios deste conteúdo, pois são postas como alvo mais vulnerável — desde representação até fetichização — da pornografia feita e consumida por homens.