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Ecio Costa - Economia e Negócios
Ecio Costa
1542 episodes
2 days ago
Ecio Costa - Economia e Negócios
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Ecio Costa - Economia e Negócios
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Episodes (20/1542)
Ecio Costa - Economia e Negócios
Trump resolve ampliar a lista de produtos isentos da tarifa de 40% sobre as exportações brasileiras
O presidente Donald Trump afirmou, em comunicado, que conversou por telefone com Lula e disse que houve um progresso inicial nas negociações, mas que ainda há muito a avançar. Segundo ele, a partir dessa conversa será necessário revisar o escopo dos produtos sujeitos à alíquota adicional do imposto ad valorem, imposta pelo decreto executivo 14323 nos EUA. Essa isenção de tarifas terá efeito retroativo, passando a valer para todos os produtos agora zerados desde 13 de novembro. Na última sexta-feira, 14 de novembro, os Estados Unidos já haviam retirado a tarifa de 10% sobre itens semelhantes aos citados na ordem divulgada ontem, quinta-feira. A diferença é que a decisão anterior valia para todos os países, enquanto a atual é direcionada exclusivamente ao Brasil. O decreto de Trump vem num momento em que os americanos têm reclamado da inflação de diversos produtos. Preços de bananas, carne moída e café subiram bastante após o tarifaço. A aprovação do presidente americano também está em queda, e esse fator, somado à alta da inflação, podem ter influenciado a decisão de revogar as tarifas. Alguns dos itens incluídos na nova lista são carne bovina, café, frutas, como manga, banana, açaí, coco e abacaxi, além de castanha de caju, suco de laranja, palmito e especiarias como orégano, gengibre, canela, pimenta e páprica. A mudança é importante porque o agronegócio brasileiro vinha sofrendo com a queda das exportações para os EUA, que são o segundo maior parceiro comercial do Brasil e importam produtos relevantes e de alto valor agregado. Por isso, a boa relação entre Brasil e EUA é fundamental para garantir que os produtos brasileiros sigam acessando o maior mercado consumidor do mundo.
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2 days ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
Em 2023, todos os 27 estados brasileiros registraram aumento do PIB, algo que não acontecia desde 2021
O resultado nacional avançou 3,2% e os maiores resultados vieram de estados fortemente ligados ao agronegócio e à indústria extrativa, como no caso do Acre (14,7%), Mato Grosso do Sul (13,4%), Mato Grosso (12,9%) e Tocantins (7,9%). No Rio de Janeiro, a alta de 5,7% teve como principal força a extração de petróleo e gás, atividade que, mesmo sofrendo com preços internacionais menores, elevou o volume produzido e ajudou no desempenho do estado. Grande parte desse avanço expressivo nos estados do Norte e Centro-Oeste está associada ao ciclo favorável da Agropecuária, especialmente da soja. Em vários deles, o setor de Serviços também teve papel importante, impulsionado por atividades como administração pública, educação e saúde. Já na Indústria, Mato Grosso do Sul avançou com geração hidrelétrica e Mato Grosso se beneficiou da fabricação de álcool e alimentos. Na outra ponta, 13 estados cresceram menos que a média nacional. Pará e São Paulo tiveram expansão de 1,4%, enquanto Rio Grande do Sul e Rondônia avançaram apenas 1,3%. No Pará, houve queda tanto na Agropecuária quanto na geração de energia elétrica. Em São Paulo, as indústrias de transformação puxaram o resultado para baixo, especialmente os segmentos de defensivos agrícolas e de máquinas e equipamentos. O Rio Grande do Sul também registrou retração industrial, ao passo que Rondônia enfrentou a seca, na Região Norte, que reduziu a geração de energia. Em nível regional, o Sudeste perdeu espaço no PIB nacional entre 2022 e 2023, reduzindo sua fatia em 0,3 p.p., enquanto Sul (0,2 p.p.) e Norte (0,1 p.p.) avançaram levemente e Nordeste e Centro-Oeste permaneceram estáveis. Olhando de 2002 a 2023, as transformações são ainda mais claras, com Centro-Oeste (2,0 p.p.) e Norte (1,1 p.p.) sendo as regiões que mais ampliaram sua fatia no PIB nacional, enquanto o Sudeste (-4,4 p.p.) perdeu espaço. O estudo também mostra diferenças no PIB per capita. Enquanto a média nacional ficou em R$ 53,9 mil, o Distrito Federal manteve a liderança com R$ 129,8 mil, 2,4 vezes acima da média do país. Em seguida aparecem São Paulo (R$ 77,6 mil) e Mato Grosso (R$ 74,6 mil), Os menores níveis de PIB per capita continuam concentrados no Nordeste, com Paraíba (R$ 24,4 mil) e Maranhão (R$ 22,0 mil), encerrando a lista. No caso de Pernambuco, o desempenho de 2023 mostra um crescimento de 2,4% no PIB, um resultado abaixo da média nacional. O desempenho estadual foi marcado principalmente pelo setor industrial, com destaque para o refino de petróleo, que impulsionou também o aumento de 0,1 p.p. na participação de Pernambuco no PIB brasileiro, passando de 2,4% para 2,5%. Entre 2002 e 2023, o estado apresentou crescimento médio anual de 2,1%, ligeiramente abaixo da média do Nordeste (2,4%) e do Brasil (2,2%). Em termos de PIB per capita, Pernambuco ocupou em 2023 a 21ª posição no ranking nacional, com R$ 29,8 mil, valor acima da média nordestina (R$ 27,6 mil). Os dados do IBGE mostram que a economia tem se voltado para um crescimento mais orientado para as regiões Centro-Oeste e Norte, confirmando setores que têm puxado o dinamismo econômico, voltados ao comércio exterior, como o agronegócio e a indústria extrativa. Com algumas exceções, áreas produtoras de petróleo e seus derivados, a tendência deve se manter nos próximos anos.
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4 days ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
IBC-Br tem queda de 0,9% no terceiro trimestre, a primeira retração trimestral em dois anos
O IBC-Br, indicador usado como termômetro mensal da atividade e considerado a prévia do PIB, caiu 0,2% na passagem de agosto para setembro, já descontados os efeitos sazonais. Apesar da queda no indicador agregado, a agropecuária cresceu 1,5% na comparação mensal. A indústria caiu 0,7% e serviços teve queda de 0,1%. Com isso, o terceiro trimestre fechou com recuo de 0,9% em relação aos três meses anteriores, marcando a primeira queda trimestral em dois anos. De acordo com o Banco Central, a agropecuária recuou 4,5%, a indústria teve queda de 1,0% e os serviços, que costumam sustentar o PIB, tiveram baixa de 0,3% no terceiro trimestre em comparação ao segundo. O resultado de setembro não surpreendeu o mercado, as projeções variavam de uma alta de 0,3% a uma queda de 0,5%, e o número veio exatamente dentro dessa faixa. Enquanto o PIB oficial do segundo trimestre mostrou crescimento de 0,4%, os dados oficiais do terceiro trimestre somente serão divulgados em dezembro, mas o Boletim Focus prevê avanço de 2,16% em 2025, bem abaixo dos 3,4% registrados em 2024. Caso se confirme, será o menor ritmo desde 2020, período marcado pelo impacto da pandemia. O BC lembra que o indicador tem pequenas variações na metodologia usada pelo IBGE no cálculo do PIB, o que explica divergências especialmente quando se olha setores específicos. De todo jeito, o IBC-Br, por ser mensal, ajuda a acompanhar mais de perto o pulso da economia, enquanto o PIB trimestral oferece uma visão consolidada e mais completa, porém com defasagem de meses em sua divulgação. A economia brasileira vem desacelerando fortemente ao longo do ano. A política monetária precisou ser calibrada para um patamar de juros de 15% para poder surtir efeito, pois o governo continua com políticas fiscais e de crédito expansionistas, que têm um efeito contrário ao da política monetária no controle da inflação. Se isso não ocorresse, o país já teria passado por essa fase difícil de juros altos e já poderíamos iniciar uma flexibilização, com queda dos juros, que só deve acontecer ao longo de 2026.
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5 days ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
Semana Econômica - 17/11/2025
Informações importantes, toda segunda-feira, trazendo a semana em indicadores e movimentações da economia e do mercado. Não deixe de escutar e mantenha-se informado.
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6 days ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
Com cashback, renda de mais pobres vai crescer 10%
?????Mais um episódio no ar! Reflexões, dados e análises que te ajudam a entender melhor o Brasil e o mundo. Ouça agora no Spotify e ative as notificações para não perder os próximos episódios!
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1 week ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
Varejo volta a cair em setembro, acumulando queda no 3º trimestre
O volume de vendas do comércio varejista recuou 0,3% em setembro, após leve alta de 0,1% no mês anterior, segundo dados divulgados pelo IBGE. Apesar do resultado negativo, o setor teve crescimento na comparação anual, de 0,8%, frente a setembro de 2024, No acumulado do ano, o varejo registra alta de 1,5%, enquanto o acumulado em 12 meses ficou em 2,1%, mostrando uma clara desaceleração do segundo trimestre em diante. O comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças; Material de construção; e, Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo teve desempenho levemente positivo, com alta de 0,2% em relação a agosto. Na comparação interanual, o volume cresceu 1,1%, mas o acumulado de 2025 ainda é negativo (-0,3%), embora o resultado em 12 meses permaneça positivo (0,7%). Seis dos oito setores registraram queda: Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,6%), Tecidos, vestuário e calçados (-1,2%), Combustíveis e lubrificantes (-0,9%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,9%), Móveis e eletrodomésticos (-0,5%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%). As exceções foram Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,3%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,5%), que registraram variações positivas. No varejo ampliado, Veículos e motos, partes e peças caíram 0,8%, e Material de construção teve leve recuo de 0,1%. Na comparação com setembro de 2024, metade das oito atividades do varejo apresentaram crescimento. O destaque ficou com Móveis e eletrodomésticos (7,5%), seguidos de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,8%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (5,0%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,8%). Já as quedas foram registradas em Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,1%), Tecidos, vestuário e calçados (-1,6%), Combustíveis e lubrificantes (-0,8%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,6%). No varejo ampliado, o desempenho foi influenciado negativamente por Veículos e motos, partes e peças, com retração de 1,6% frente a setembro de 2024, o quarto mês seguido de queda, e por Material de construção, com recuo de 0,3%. Em contrapartida, o Atacado especializado de produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou alta expressiva de 7,7%, interrompendo uma sequência de treze meses de retração e sendo o principal responsável pelo avanço interanual do setor ampliado. Regionalmente, na passagem de agosto para setembro, 15 das 27 unidades da federação registraram queda no volume de vendas do varejo, com destaque para Maranhão (-2,2%), Roraima (-2,0%) e Distrito Federal (-1,7%). Entre os estados com alta, sobressaíram Tocantins (3,2%), Amapá (2,9%) e Bahia (2,4%). Já no varejo ampliado, 14 estados tiveram resultados positivos, com destaque para Tocantins (11,4%), Minas Gerais (3,3%) e Rio Grande do Sul (2,7%). O movimento do varejo para o final do ano traz cada vez mais preocupações, pois a Selic alta com o objetivo de fazer a inflação convergir para a meta tem deixado o custo do crédito para o consumo muito alto. O reflexo disso é diretamente sentido nas vendas em queda ao longo desse ano. O cenário de IPCA dessa semana talvez venha a ajudar numa mudança antecipada nos juros, num movimento de queda no início do ano que vem.
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1 week ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
Setor de serviços cresce pelo oitavo mês seguido e bate recorde histórico
O volume de serviços cresceu 0,6% em setembro, na comparação com o mês anterior. Esse foi o oitavo resultado positivo consecutivo, período em que o setor acumulou alta de 3,3%. Com esse desempenho, o setor atingiu o maior patamar de sua série histórica, ficando 19,5% acima do nível pré-pandemia. Na comparação com setembro de 2024, o avanço foi de 4,1%, marcando a 18ª taxa positiva seguida nessa base de comparação. O setor também acumula alta de 2,8% no ano e de 3,1% nos últimos 12 meses, mantendo o ritmo de crescimento observado em agosto. Entre as cinco atividades pesquisadas, três apresentaram expansão na passagem de agosto para setembro. O destaque ficou com transportes, que cresceu 1,2% e acumula ganho de 1,5% em dois meses, impulsionado principalmente pelos segmentos de transporte aéreo e rodoviário de cargas. O setor de informação e comunicação também avançou 1,2%, recuperando a perda registrada em agosto, enquanto outros serviços cresceu 0,6%, o terceiro resultado positivo seguido. Em contrapartida, serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%) e os prestados às famílias (-0,5%) recuaram no mês. Na comparação com o mesmo mês de 2024, o crescimento de 4,1% alcançou quatro das cinco atividades. O principal impacto positivo veio de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (6,1%), com destaque para o aumento da receita de empresas de transporte rodoviário de cargas, transporte aéreo de passageiros, logística de cargas e concessionárias de rodovias. Também contribuíram os avanços de informação e comunicação (4,9%), serviços profissionais, administrativos e complementares (2,3%) e outros serviços (3,0%), que foram impulsionados por segmentos ligados à tecnologia da informação, consultorias empresariais e atividades financeiras. Já os serviços prestados às famílias (-0,4%) foram o único grupo a registrar retração, pressionados pela queda na receita de espetáculos musicais. No acumulado de janeiro a setembro, o volume de serviços cresceu 2,8%, também com quatro das cinco atividades em alta. O maior destaque no período foi o ramo de informação e comunicação, com crescimento de 5,5%, reflexo do bom desempenho de empresas de tecnologia e internet. Transportes também mostrou força, com avanço de 2,8%, seguido por serviços profissionais, administrativos e complementares (2,4%) e pelos prestados às famílias (1,2%). O único setor em queda foi o de outros serviços (-1,6%), pressionado por recuos em atividades financeiras. Regionalmente, o crescimento foi observado em 15 das 27 unidades da federação na passagem de agosto para setembro. São Paulo teve o maior impacto positivo (1,1%), acompanhado por Distrito Federal (8,3%), Rio Grande do Sul (2,8%), Minas Gerais (1,5%), Rio de Janeiro (0,8%) e Bahia (3,3%). Por outro lado, Mato Grosso do Sul (-7,4%), Paraná (-1,4%) e Santa Catarina (-1,2%) lideraram as quedas. Na comparação com setembro de 2024, 23 estados apresentaram crescimento. São Paulo novamente se destacou (5,9%), seguido por Distrito Federal (15,1%), Rio Grande do Sul (6,4%), Mato Grosso (8,3%) e Minas Gerais (1,7%). Já Amazonas (-8,1%) e Piauí (-18,1%) tiveram os piores resultados. O setor de serviços continua sendo quem tem puxado a economia brasileira desde a pandemia, com maior participação no PIB brasileiro, acima de 70%. O setor tem uma informalidade alta, carga tributária baixa, mão de obra menos qualificada e tira proveito de inovações tecnológicas recentes, como o PIX e as reuniões, eventos e prestações de serviços online. Cada vez mais a economia brasileira vai se encaminhando para uma configuração industrial de serviços, mas isso tudo pode ser revertido com a implantação da Reforma Tributária nos próximos anos. Vamos aguardar!
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1 week ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
Inflação desacelera em outubro e tem a menor alta para o mês desde 1998
O IPCA variou 0,09% em outubro, após alta de 0,48% em setembro, uma diferença de 0,39 p.p.. Esse foi o menor resultado para um mês de outubro desde 1998, quando o índice foi de apenas 0,02%. No acumulado de 2025, o IPCA soma alta de 3,73%, e, em 12 meses, o índice ficou em 4,68%, abaixo dos 5,17% observados nos 12 meses anteriores. Em outubro de 2024, a inflação havia sido de 0,56%. Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, três apresentaram queda em outubro: Artigos de residência (-0,34%), Habitação (-0,30%) e Comunicação (-0,16%). As altas ficaram entre 0,01% em Alimentação e bebidas e 0,51% em Vestuário. O grupo Habitação foi o principal responsável pela desaceleração do índice, influenciado pela queda de 2,39% na energia elétrica residencial, que exerceu o maior impacto negativo do mês (-0,10 p.p.). O recuo reflete a mudança da bandeira tarifária vermelha patamar 2 para a bandeira vermelha patamar 1, que reduziu a cobrança adicional na conta de luz de R$ 7,87 para R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Mesmo com a queda no mês, a energia elétrica acumula alta de 13,64% no ano, sendo o principal impacto no IPCA de 2025 (0,53 p.p.). Em 12 meses, o aumento acumulado é de 3,11%. O grupo Alimentação e bebidas apresentou teve variação de 0,01%, interrompendo uma sequência de quedas e exercendo pouca influência sobre o resultado geral. A alimentação no domicílio recuou 0,16%, com destaque para as reduções no arroz (-2,49%) e no leite longa vida (-1,88%). Entre as altas, sobressaíram a batata-inglesa (8,56%) e o óleo de soja (4,64%). Já a alimentação fora do domicílio pasosu de 0,11% em setembro para 0,46% em outubro, impulsionada pelos aumentos do lanche (0,75%) e da refeição (0,38%). Já o grupo Vestuário (0,51%) apresentou a maior variação positiva do mês, impulsionada pelas altas nos calçados e acessórios (0,89%) e nas roupas femininas (0,56%), tradicionalmente mais pressionadas na virada de estação. Já em Despesas pessoais (0,45%), os principais destaques foram o aumento do empregado doméstico (0,52%) e do pacote turístico (1,97%). O grupo Saúde e cuidados pessoais (0,41%) exerceu o maior impacto positivo do mês (0,06 p.p.), com aumentos nos artigos de higiene pessoal (0,57%) e nos planos de saúde (0,50%). Já em Transportes (0,11%), o avanço foi impulsionado pela alta da passagem aérea (4,48%) e dos combustíveis (0,32%). Tirando o óleo diesel (-0,46%), todos os combustíveis registraram aumento: etanol (0,85%), gás veicular (0,42%) e gasolina (0,29%). Regionalmente, Goiânia (0,96%) registrou a maior variação mensal, impulsionada pela alta da energia elétrica (6,08%) e da gasolina (4,78%). Já as menores variações (-0,15%) foram observadas em São Luís e Belo Horizonte. Em São Luís, pesaram as quedas no arroz (-3,49%) e na gasolina (-1,24%), enquanto em Belo Horizonte houve recuos significativos na gasolina (-3,97%) e na energia elétrica (-2,71%). A inflação surpreendeu vindo abaixo do esperado pelo mercado e trazendo uma mudança de cenário nas expectativas de convergência para esse final de ano e para o horizonte de meta de inflação observado pelo Comitê de Política Monetária que, em sua Ata divulgada hoje, manteve seu posicionamento de manutenção da Selic no atual patamar. É provável que o IPCA mais em conta venha a trazer ainda mais pressão para uma queda nos juros, mas que ainda não deve acontecer na última reunião deste ano.
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1 week ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
Semana Econômica - 10/11/2025
Informações importantes, toda segunda-feira, trazendo a semana em indicadores e movimentações da economia e do mercado. Não deixe de escutar e mantenha-se informado.
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1 week ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
Exportações para os EUA caem 37,9% e concentração na China aumenta, um risco
A balança comercial brasileira fechou outubro com um superávit de US$ 6,96 bilhões, resultado que representa um aumento de 70,2% em relação a outubro do ano passado. Esse foi o segundo melhor resultado para o mês em toda a série histórica, ficando atrás apenas de 2023, quando o saldo positivo chegou a US$ 9,18 bilhões. No acumulado de 2025, o Brasil já exportou US$ 289,7 bilhões e importou US$ 237,3 bilhões, com um saldo comercial de US$ 52,4 bilhões. Os destaques das exportações foram a indústria extrativa e a agropecuária. As vendas de óleos brutos de petróleo cresceram 9%, e as de minério de ferro avançaram 29,5%. Na agricultura, a soja teve forte aumento de 42,7% e o café não torrado cresceu 16,1%. Já na indústria de transformação, o destaque ficou com a carne bovina, que subiu 40,9% em valor exportado, enquanto itens como celulose e óleos combustíveis recuaram por causa da queda de preços. Entre os destinos, a Ásia continua sendo o principal mercado, puxada pela China, que aumentou as importações em 33,4%. Em contrapartida, as vendas para a América do Norte caíram 24,1%, com forte queda de 37,9% nos embarques para os EUA. Já as importações tiveram crescimento nas compras de produtos industriais e queda na indústria extrativa. Se destacaram os motores e máquinas não elétricas, com avanço de 37,5%, refletindo maior demanda do setor produtivo. Por outro lado, houve retração nas importações de partes e acessórios automotivos (-14,7%), compostos químicos (-15,7%) e óleos brutos de petróleo (-28,2%), este último afetado pela redução nos preços e no volume comprado. Entre as origens, a Ásia segue liderando as vendas ao Brasil, com US$ 9,78 bilhões, sendo US$ 6,44 bilhões da China (25,7% do total importado), enquanto dos EUA aumentaram 9,6% para 15,9% de participação com US$ 3,98 bilhões. Apesar do bom desempenho no mês, o comércio com os EUA perdeu força. As exportações para o mercado norte-americano caíram 37,9% em outubro, totalizando US$ 2,2 bilhões, ante US$ 3,57 bilhões no mesmo mês de 2024. Com isso, a participação dos EUA nas vendas externas do Brasil caiu de 12,2% para 6,9%. No acumulado do ano, as exportações brasileiras para os EUA somam US$ 31,46 bilhões, uma queda de 4,5% em relação ao mesmo período de 2024. Já as importações de produtos americanos aumentaram 11,6%, atingindo US$ 38,29 bilhões. O resultado do mês mostra uma mudança de destinos e concentração cada vez maior no mercado chinês, o que vem como alternativa para o tarifaço de Trump, que ainda está por ser resolvido e não se ouve mais nada desde o encontro entre Trump e Lula na Malásia. O aumento da concentração na China, que tem negociado um acordo comercial com os EUA e que impacta importantes commodities brasileiras do agro, preocupa, pois oferece um risco ao mercado exportador brasileiro, que não consegue diversificar para outros países no curto prazo.
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2 weeks ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
Déficit nominal volta a superar R$ 1 trilhão, superando a pandemia
O setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 17,5 bilhões em setembro, resultado superior ao déficit de R$ 7,3 bilhões observado no mesmo mês do ano anterior. O desempenho foi influenciado principalmente pelo déficit de R$ 14,9 bilhões do Governo Central, acompanhado por um déficit de R$ 3,5 bilhões dos governos regionais (estados e municípios). As empresas estatais, por sua vez, apresentaram superávit de R$ 1,0 bilhão. No acumulado em doze meses até setembro, o setor público consolidado apresentou déficit primário de R$ 33,2 bilhões, o equivalente a 0,27% do PIB, ampliando o resultado negativo em relação ao déficit de R$ 23,1 bilhões (0,19% do PIB) acumulado até agosto. Os juros nominais somaram R$ 84,7 bilhões em setembro, um avanço expressivo frente aos R$ 46,4 bilhões registrados em setembro de 2024. Esse aumento reflete, entre outros fatores, a elevação da taxa Selic, mas principalmente o crescimento do estoque da dívida pública. No acumulado de doze meses até setembro, os juros nominais totalizaram R$ 984,8 bilhões, correspondendo a 7,89% do PIB, ante R$ 819,7 bilhões (7,11% do PIB) no mesmo período do ano anterior. Como resultado da combinação entre déficit primário e juros nominais elevados, o resultado nominal do setor público consolidado foi deficitário em R$ 102,2 bilhões em setembro. No acumulado de doze meses, o déficit nominal atingiu R$ 1,018 trilhão, o equivalente a 8,16% do PIB, ampliando-se em relação aos R$ 969,6 bilhões (7,81% do PIB) registrados até agosto de 2025. Esse resultado superou o maior déficit nominal registrado durante a pandemia, em janeiro de 2021, de R$ 1,016 trilhão. A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que engloba o Governo Federal, o INSS e os governos estaduais e municipais, alcançou 78,1% do PIB em setembro de 2025, somando R$ 9,7 trilhões, uma elevação de 0,6 p.p. no mês. No acumulado do ano, a Dívida Bruta já cresceu 1,6 p.p. do PIB. Desde o início do governo Lula até agora, a relação dívida/PIB acumula um crescimento de 6,4 p.p., diferente do Governo anterior, quando houve queda de 3,6 p.p., indo de 75,3% para 71,7%, mesmo com uma pandemia durante esse período.
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2 weeks ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
A decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central deve ser por manter a taxa de juros em 15%
A decisão vai sair às 18h30, porém o mercado já espera uma manutenção nesse atual patamar, o que provavelmente deve se repetir também no mês de dezembro. Na realidade, os dados têm mostrado que, muito provavelmente, só haverá redução da taxa de juros a partir do ano que vem, a depender principalmente dos dados de inflação e do mercado de trabalho. A inflação tem mostrado alguma desaceleração nos últimos resultados divulgados. A atividade econômica também tem apresentado uma desaceleração importante, principalmente no terceiro trimestre. Porém, o mercado de trabalho, pelo terceiro mês seguido, tem registrado uma taxa de desemprego em mínima histórica e geração de empregos formais acima do esperado. Isso, aliado a um cenário fiscal que continua elevando os gastos na economia, deve levar à manutenção da taxa. A questão agora está no comunicado que acompanha a decisão: se será um comunicado mais duro, ou seja, hawkish, ou mais suavizado, o chamado dovish, que poderia dar alguma indicação sobre o início do ciclo de corte de juros. Para esta reunião, o comunicado ainda deve ser duro, o que talvez traga uma sinalização de suavização apenas na reunião de dezembro. Isso indicaria que a redução dos juros deve começar a acontecer realmente em 2026, dependendo dos indicadores já mencionados, principalmente da tendência de convergência da inflação e da desaceleração da economia. Mas, claro, sempre com atenção à questão fiscal e ao mercado de trabalho.
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2 weeks ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
Produção industrial teve queda de 0,4% em setembro frente a agosto, devolvendo parte do ganho do mês anterior
A produção industrial segue 2,3% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas 14,8% abaixo do pico histórico de maio de 2011. Na comparação com setembro de 2024 houve crescimento de 2,0%, e o setor acumula altas de 1,0% no ano e de 1,5% nos últimos 12 meses. Na passagem de agosto para setembro, três das quatro grandes categorias econômicas e 12 dos 25 ramos industriais pesquisados apresentaram retração na produção. Entre as atividades com maior impacto negativo destacaram-se produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%), que interromperam uma sequência de quatro meses de crescimento, indústrias extrativas (-1,6%), que intensificaram a queda do mês anterior, e veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,5%), revertendo parte dos ganhos acumulados entre junho e agosto. Também contribuíram para o resultado negativo os setores de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-2,9%), produtos químicos (-0,4%) e outros equipamentos de transporte (-1,9%). Em contrapartida, treze atividades industriais tiveram alta, com destaque para produtos alimentícios (1,9%), que exerceram o principal impacto positivo sobre a média geral e acumularam avanço de 4,4% em três meses. O setor de produtos do fumo (19,5%) também apresentou forte crescimento, seguido por produtos de madeira (5,5%), artefatos de couro e calçados (2,3%), borracha e material plástico (1,3%) e máquinas e equipamentos elétricos (1,7%). Entre as grandes categorias econômicas, o destaque negativo de setembro foi o setor de bens de consumo duráveis (-1,4%), que interrompeu três meses consecutivos de crescimento, refletindo a menor produção de automóveis e eletrodomésticos. Bens intermediários também recuaram (-0,4%), interrompendo a sequência positiva iniciada em fevereiro, enquanto bens de consumo semi e não duráveis variaram -0,1%. A única alta veio de bens de capital (0,1%), que reverteram dois meses de queda, ainda que o avanço tenha sido baixo. Na comparação anual, a produção industrial cresceu 2,0% frente a setembro de 2024, resultado influenciado principalmente pelos avanços em produtos alimentícios (7,1%) e nas indústrias extrativas (5,2%). No caso dos alimentos, houve maior produção de carnes bovinas, suínas e de aves, açúcar e sucos concentrados de laranja. Já nas indústrias extrativas, o aumento veio da extração de petróleo, minério de ferro e gás natural. Também apresentaram bom desempenho os setores de produtos farmacêuticos (10,2%), têxteis (11,8%), fumo (35,0%), manutenção e reparação de máquinas e equipamentos (12,0%) e celulose e papel (5,9%). Em contrapartida, nove atividades recuaram na comparação anual, com destaque para coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,2%), pressionados pela menor produção de etanol e gasolina. Produtos de metal (-4,0%) e veículos automotores (-1,4%) também contribuíram negativamente. O segmento de bens intermediários liderou os avanços entre as categorias econômicas, com alta de 3,4% frente a setembro de 2024, sétima taxa positiva consecutiva. O desempenho foi impulsionado por produtos alimentícios, têxteis, químicos e derivados do petróleo. Bens de consumo duráveis também cresceram (3,3%), revertendo dois meses de queda, com destaque para automóveis (4,4%), eletrodomésticos da “linha marrom” (10,6%) e motocicletas (16,0%). Já os bens de capital registraram retração de 1,7%, a quarta seguida, influenciada pela menor produção de caminhões, ônibus e reboques. Bens de consumo semi e não duráveis caíram 0,8%, pressionados pela queda na fabricação de combustíveis. A indústria segue andando de lado, com juros altos e setores que aparentam recuperação em determinados momentos, mas que devolvem os ganhos em seguida. Enquanto os impostos também continuarem subindo, com o crédito caro, não adiantará um impulso fiscal contínuo como o que o país vem passando. O resultado surpreende, inclusive, pois setembro é um mês de maior produção para atender as vendas de final de ano, o que não ocorreu.
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2 weeks ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
Semana Econômica - 03/11/2025
Informações importantes, toda segunda-feira, trazendo a semana em indicadores e movimentações da economia e do mercado. Não deixe de escutar e mantenha-se informado.
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2 weeks ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
A taxa de desemprego atingiu seu mínimo?
A taxa de desemprego se manteve em 5,6% no trimestre encerrado em setembro. Essa é a menor taxa para esse mês, um recorde na série histórica iniciada em 2012. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, houve uma queda de 0,8 p.p., quando estava em 6,4% no ano passado. A população desocupada, com 6 milhões de pessoas, é o menor contingente também da série histórica, caindo 11,8%, ou seja, 809 mil pessoas na comparação anual. Já a população ocupada, com 102,4 milhões de pessoas, ficou estável no trimestre, mas cresceu 1,4%, o equivalente a 1,4 milhão a mais na comparação com o ano passado. O emprego formal criou 213 mil vagas líquidas formais no mês de setembro. Esse número, por sua vez, representou uma queda em relação à geração de empregos do ano passado, foi 15,6% menor do que o valor registrado em setembro de 2024, quando houve um saldo positivo de 252.237 vagas. Esses dados mostram que há, no emprego formal, uma certa desaceleração nos últimos meses, embora o mês de setembro tenha mostrado um avanço em relação a agosto, quando o saldo positivo foi de 147.358 vagas, resultado acima do que o mercado esperava. Para setembro, a expectativa era de uma geração inferior, em torno de 160 mil postos com carteira assinada. Atualmente, o Brasil tem mais de 48,9 milhões de pessoas trabalhando formalmente nos setores público e privado, uma variação de 0,94% em relação a setembro do ano passado. No acumulado de janeiro a setembro, houve a criação de 1,717 milhão de postos de trabalho formais, o que representou um recuo de 14% em relação ao mesmo período do ano passado. O salário médio de admissão foi de R$ 2.286 em setembro, uma queda de R$ 20 em relação a agosto, quando estava em R$ 2.306, considerando o valor corrigido pela inflação. Em comparação com setembro de 2024, houve um aumento real de R$ 17,35. Todas as 27 unidades da federação registraram saldo positivo, com destaque para Pernambuco, que foi o terceiro com maior geração de empregos formais no mês de setembro, registrando o maior saldo para esse período, com 15.602 vagas. O Rio de Janeiro vem em segundo, com 16 mil, e São Paulo lidera com 49.052 vagas.
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3 weeks ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
O Federal Reserve, Banco Central americano, reduziu a taxa de juros da economia em 0,25 p.p., trazendo pressão sobre os juros no Brasil
O intervalo da taxa de juros americana caiu agora para 3,75% a 4% ao ano. Com isso, a Bolsa brasileira, que já estava bastante impulsionada, bateu um novo recorde, e o dólar caiu para R$ 5,35 ontem. Essa decisão traz uma expectativa importante em relação à economia americana, que tende a ser mais estimulada com juros mais baixos, e repercute no mundo inteiro. Isso porque, com os títulos americanos remunerando menos, mais investidores passam a buscar bolsas e títulos de países emergentes, como o Brasil, que oferecem rentabilidade bem maior. No Brasil, a taxa básica está em 15% ao ano e deve permanecer nesse patamar na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste ano, embora muitos ainda esperem que o ciclo de cortes de juros da economia brasileira comece no final do ano. Os dados de inflação têm mostrado alguma queda, mas ainda se mantêm em um patamar elevado, acima do teto da meta de 4,5% ao ano. Além disso, o horizonte para 2027 continua acima do centro da meta, que é de 3%. Com isso, as expectativas e a pressão sobre o Banco Central brasileiro se intensificam diante da redução de juros na economia americana. A expectativa é que, na próxima reunião do Federal Reserve, ainda em dezembro, ocorra um novo corte de 0,25 p.p. nos juros americanos, levando a taxa para abaixo de 4%, nível em que não se encontrava há bastante tempo. Isso deve gerar ainda mais expectativa em relação à redução de juros no Brasil. Por enquanto, não há perspectiva de corte neste ano. Já para o próximo, espera-se que os juros comecem a cair, desde que a inflação se mantenha em trajetória de convergência para a meta, podendo encerrar 2026 na faixa de 12% ao ano.
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3 weeks ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
Contas externas em setembro apresentam déficit recorde
O balanço de pagamentos registrou déficit de US$ 9,8 bilhões nas transações correntes, o maior para meses de setembro desde o início da série histórica e um crescimento de 32,4% em relação a 2024. O resultado negativo, superior ao déficit de US$ 7,4 bilhões registrado em setembro de 2024, foi totalmente coberto por um volume recorde de Investimento Direto no País (IDP), que somou US$ 10,7 bilhões no mesmo mês e foi recorde para o mês de setembro. O aumento do saldo negativo foi influenciado principalmente pela redução do superávit da balança comercial de bens e pela ampliação do déficit em renda primária, embora parcialmente compensados por um menor déficit em serviços e um leve aumento do superávit em renda secundária. No acumulado de 12 meses até setembro, o déficit em transações correntes alcançou US$ 78,9 bilhões, equivalente a 3,61% do PIB, ampliando em relação aos 3,53% registrados em agosto e 2,23% no mesmo período do ano anterior. A balança comercial apresentou superávit de US$ 2,3 bilhões, bem abaixo dos US$ 4,5 bilhões de um ano antes. As exportações de bens somaram US$ 30,7 bilhões, alta de 7%, enquanto as importações subiram expressivos 17,4%, totalizando US$ 28,4 bilhões, recorde da série histórica. O desempenho das importações foi influenciado por uma operação pontual de aquisição de plataforma de petróleo, no valor de US$ 2,4 bilhões, o que explica boa parte do aumento das compras externas. Na conta de serviços, o déficit recuou 11,6% em relação a setembro de 2024, somando US$ 4,9 bilhões. A melhora veio principalmente da redução das despesas líquidas com transporte (-7,0%, US$ 1,4 bilhão) e com serviços de telecomunicação, computação e informação (-12,2%, US$ 735 milhões). Por outro lado, as despesas com propriedade intelectual aumentaram fortemente, 64,9%, alcançando US$ 1,2 bilhão, enquanto os gastos líquidos com viagens internacionais ficaram estáveis em US$ 1,3 bilhão, mantendo o mesmo patamar do ano anterior. O déficit em renda primária somou US$ 7,6 bilhões, aumento de 14,1% frente a setembro de 2024. As despesas líquidas com lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram US$ 5,4 bilhões, acima dos US$ 4,3 bilhões de um ano antes. Já as despesas líquidas com juros ficaram em US$ 2,3 bilhões, levemente inferiores às de setembro de 2024. Os investimentos diretos no país (IDP) totalizaram US$ 10,7 bilhões em setembro, o maior valor para o mês em toda a série histórica, superando os US$ 3,9 bilhões registrados no mesmo mês de 2024. No acumulado de 12 meses, o IDP chegou a US$ 75,8 bilhões, equivalentes a 3,47% do PIB, um aumento significativo frente aos US$ 69 bilhões (3,18% do PIB) observados em agosto. O resultado do mês continua a mostrar uma deterioração das contas externas do país que, felizmente, no mesmo período, foi fortemente compensado pela entrada de investimento estrangeiro direto. Enquanto essa situação positiva da economia perante investidores internacionais prevalecer, as contas estarão sendo saldadas sem precisar recorrer ao uso das reservas internacionais.
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3 weeks ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
Semana Econômica - 27/10/2025
Informações importantes, toda segunda-feira, trazendo a semana em indicadores e movimentações da economia e do mercado. Não deixe de escutar e mantenha-se informado.
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3 weeks ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
IPCA-15 vem abaixo do esperado, podendo ajudar no início da queda da Selic
O IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial do país, registrou alta de 0,18% em outubro, segundo dados divulgados pelo IBGE. O resultado representa uma desaceleração em relação à taxa de setembro (0,48%) e também ficou abaixo dos 0,54% observados em outubro de 2024. Com isso, o índice acumula alta de 3,94% no ano e 4,94% nos últimos 12 meses, menor que os 5,32% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis apresentaram aumento de preços em outubro. O maior impacto positivo veio de Transportes (0,41%), que contribuiu com 0,08 p.p. no índice geral, seguido por Despesas pessoais (0,42%), com impacto de 0,04 p.p. Já o grupo Alimentação e bebidas (-0,02%), de maior peso no cálculo da inflação, registrou queda pelo quinto mês consecutivo. As variações dos demais grupos oscilaram entre o recuo de 0,64% em Artigos de residência e o aumento de 0,45% em Vestuário. O resultado de Transportes foi fortemente influenciado pela alta dos combustíveis (1,16%) e das passagens aéreas (4,39%). Entre os combustíveis, destacaram-se as elevações do etanol (3,09%), da gasolina (0,99%) e, em menor grau, do óleo diesel (0,01%), enquanto o gás veicular recuou 0,40%. O transporte público também contribuiu positivamente, com alta de 0,32% nos ônibus urbanos e de 0,03% no metrô. Em Despesas pessoais, os maiores aumentos vieram de itens ligados ao lazer e aos serviços domésticos, com destaque para cinema, teatro e concertos (2,05%), pacotes turísticos (1,97%) e empregado doméstico (0,52%). O grupo Habitação, que havia subido 3,31% em setembro, desacelerou fortemente para 0,16% em outubro. Essa variação foi influenciada pela queda de 1,09% na energia elétrica residencial, após a implementação da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Apesar disso, alguns subitens tiveram alta, como o gás de botijão (1,44%) e o aluguel residencial (0,95%). Já o grupo Alimentação e bebidas continuou a registrar queda de preços, embora em menor intensidade que no mês anterior (-0,35%). A alimentação no domicílio teve recuo de 0,10%, influenciado pelas reduções nos preços da cebola (-7,65%), do ovo de galinha (-3,01%), do arroz (-1,37%) e do leite longa vida (-1,00%). Em contrapartida, houve alta no óleo de soja (4,25%) e nas frutas (2,07%). A alimentação fora do domicílio (0,19%) também desacelerou, refletindo altas mais moderadas no lanche (0,42%) e na refeição (0,06%). Entre as regiões pesquisadas, sete das onze áreas apresentaram alta no índice em outubro. Goiânia registrou a maior variação (1,30%), impulsionada pelos fortes aumentos do etanol (23,80%) e da gasolina (10,36%). Na outra ponta, Belém teve a maior queda (-0,14%), influenciada pelas reduções nos preços do açaí (-6,77%) e do frango inteiro (-3,55%). Em São Paulo, região de maior peso no índice, a inflação ficou em 0,21%, enquanto no Rio de Janeiro houve leve deflação de -0,05%. O IPCA-15 desacelerando e, posteriormente, o IPCA de outubro também vindo em queda, que deve ser puxada pela redução do preço da gasolina, que veio somente depois do dia 15, podem influenciar o Banco Central na decisão de juros para o início do ano que vem, pois como a inflação ainda está acima da meta e sem redução esperada no horizonte para 2027, o processo de redução deve realmente ficar para 2026.
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1 month ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
IBCR mostra desaceleração regional
O Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) do Banco Central para agosto mostra um quadro heterogêneo: enquanto algumas res conseguiram crescer, outras perderam força. Na comparação mensal, o destaque negativo veio da região Centro-Oeste (-2,5%), puxada pela queda em Goiás (-1,1%), o que destaca oscilações no setor agroindustrial e no comércio local. O IBCR é calculado para os estados mais relevantes da economia brasileira, mensalmente, mostrando uma regionalização do desempenho econômico do país, medido pelo IBC-Br. Também houve recuo expressivo na Região Norte, com retração de 2,1%, refletindo especialmente a queda observada no Amazonas (-3,2%) e no Pará (-0,5%). No Sudeste (-0,3), Minas Gerais (-1,4%), Espírito Santo (-0,8%) e Rio de Janeiro (-0,3%) registraram quedas, ao passo que São Paulo ficou estável (0%). Por outro lado, o Sul (0,3%) e o Nordeste (0,1%) apresentaram variações positivas. Entre os estados do Sul, Paraná (1,5%) e Rio Grande do Sul (0,6%) mostraram um resultado positivo, contrastando com a queda em Santa Catarina (-1,3%). No Nordeste, Pernambuco (-0,9%) e Ceará (-0,6%) apresentaram retração. Por outro lado, a Bahia manteve-se estável (0%), o que ajudou a compensar parte das perdas regionais. No acumulado do trimestre, o panorama é mais favorável. O Sul (1,3%) liderou o crescimento, impulsionado por Rio Grande do Sul (2,4%). A Região Nordeste (1,1%) também teve bom desempenho, com destaque para Pernambuco (2,5%) e Bahia (1,4%), enquanto o Sudeste (0,5%) mostrou expansão moderada, apoiada por Minas Gerais (1,5%) e Rio de Janeiro (1,0%). O Norte (0,5%) e o Centro-Oeste (0,0%) mostraram dinamismo limitado, influenciados pelo comportamento mais fraco do Amazonas (-2,3%) e de Goiás (0,3%). É importante acompanhar esses índices regionais porque eles trazem mais informações do desempenho da economia brasileira, de forma descentralizada, o que ajuda a entender melhor não só como determinados setores estão se comportando como também está o desempenho de cada região e principais estados de um país tão grande quanto o Brasil.
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1 month ago

Ecio Costa - Economia e Negócios
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