Neste episódio do Prosa Agro com convidados, tivemos o prazer de receber Rafael Abud, CEO da FS, para falar sobre o crescimento da indústria do etanol de milho no Brasil.
Conversamos sobre o potencial de aumento da demanda em novos mercados, como o combustível sustentável de aviação (SAF), marítimo, entre outros usos industriais.
Além das vantagens que o etanol brasileiro pode ter ao se diferenciar do americano por ser mais sustentável.
Do lado do uso de energia, o Brasil utiliza biomassa, enquanto os EUA normalmente usam gás natural. Já no uso da terra, o milho brasileiro vem da safrinha, ao invés da safra de verão, como ocorre nos Estados Unidos, reduzindo o impacto sobre o uso do solo.
Para completar, discutimos os detalhes do projeto da FS voltado à captura e armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês). Esse projeto prevê capturar o gás carbônico gerado durante a fermentação do etanol e armazená-lo em formações rochosas no subsolo. Além dos benefícios próprios da iniciativa, ela poderá reduzir as emissões de gases de efeito estufa associadas ao uso do etanol a níveis negativos; ou seja, o consumo desse etanol contribuirá para diminuir a quantidade de gás carbônico na atmosfera.
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A Bolsa de Cereales indicou que o plantio de soja na Argentina avançou na última semana, mas segue atrasado em relação ao ritmo histórico, devido ao excesso de chuvas em algumas regiões; a projeção de produção permanece estável.
Nos Estados Unidos, há sinalização para redução de tarifas sobre produtos não cultivados localmente, como café, o que pode beneficiar o Brasil.
O fim do shutdown garante financiamento até janeiro, mas relatórios do USDA podem demorar a voltar à normalidade.
No Brasil, os abates de bovinos, suínos e frangos cresceram no terceiro trimestre, com destaque para recorde na pecuária de corte; a produção de leite também avançou; entretanto, a de ovos recuou timidamente frente ao segundo trimestre de 2025, mas cresce em relação a 2024.
A China anunciou a suspensão parcial de tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA, incluindo soja, após reunião entre Trump e Xi Jinping. O país asiático se comprometeu a comprar 12 milhões de toneladas ainda este ano e 25 milhões anuais até 2028. Apesar disso, a soja americana segue menos competitiva que a brasileira devido à tarifa de 13%. A valorização da soja em Chicago foi anulada pela queda dos prêmios no Brasil, mantendo a paridade de exportação em R$ 105/sc. O plantio da soja está atrasado em vários estados por causa da irregularidade das chuvas. No Paraná, temporais com granizo causaram danos em lavouras e hortaliças. A colheita do trigo avança, mas sofre com perdas de qualidade devido às chuvas. Um ciclone extratropical severo deve atingir Sul, Sudeste e Centro-Oeste no fim de semana. No mercado do boi gordo, os futuros caíram forte com rumores de restrições chinesas.
O plantio da primeira safra avança bem no Sul, impulsionado por boas chuvas, com destaque para PR, SC e RS. No Sudeste e em Goiás, a umidade recente favoreceu a semeadura do milho verão. Nos EUA, a paralisação do governo afetou dados oficiais, mas o USDA elevou a estimativa de safra em setembro, apesar de relatos de produtividade abaixo da média. A Argentina avança no plantio com boas chuvas e projeção otimista. No Brasil, a comercialização da safra está em linha com 2024 e os embarques foram positivos em setembro, embora com ritmo menor em outubro. A oferta elevada e o clima favorável podem pressionar os preços internos nesse final de ano.
O encontro entre os presidentes dos Estados Unidos e da China trouxe avanços comerciais relevantes, com destaque para a retomada das compras chinesas de soja e a redução de tarifas bilaterais. No Brasil, o plantio da soja da safra 2025/26 já alcança 34,4% da área estimada, com avanço desigual entre os estados.
A previsão climática indica chuvas quase diárias no Sudeste e Centro-Oeste, favorecendo a semeadura, enquanto no MATOPIBA as precipitações devem se intensificar apenas na próxima semana. Já os dados da Unica mostram queda na moagem de cana e na produção de etanol, mas alta na produção de açúcar e no etanol de milho, com destaque para o desempenho das unidades do Centro-Sul.
Radar Agro - Percepções sobre o acordo EUA-China e o cenário da soja. Clique aqui para ler o relatório na íntegra.
Neste episódio do Prosa Agro com convidados, tivemos o prazer de receber José Bolivar de Melo Neto, diretor do Grupo Japungu, para discutir os desafios que as usinas sucroenergéticas enfrentam para aumentar sua eficiência e produtividade. Em especial, abordamos como elevar a produtividade agrícola da cana-de-açúcar, uma cultura que apresentou baixo incremento de rendimento nos últimos anos, se comparado aos ganhos obtidos com grãos. Uma das estratégias que o Grupo Japungu utiliza há mais de 20 anos é a irrigação, que tem sido um exemplo de sucesso no aumento da produtividade. Existem várias modalidades de irrigação, cada uma com custos e impactos diferentes sobre a cana-de-açúcar, dependendo da realidade de cada região. Por outro lado, há desafios na implementação, pois os produtores enfrentam obstáculos como custos elevados, necessidade de infraestrutura adequada, capacitação técnica e acesso a recursos hídricos.
Além disso, conversamos sobre as mudanças no setor de etanol. O aumento da produção de etanol de milho, que agora chega à região Nordeste, está alterando o fluxo doméstico do biocombustível. O Grupo Japungu, sediado na Paraíba, sente diretamente o efeito dessa mudança. Adicionalmente, as negociações entre os governos brasileiro e americano podem incluir a taxa de importação de etanol pelo Brasil, o que impactaria ainda mais a região Nordeste.
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Neste episódio do Prosa Agro, Rodrigo Penna, CFO da Jalles Machado, aprofunda os temas do setor sucroenergético e destaca como a empresa está inovando para aumentar a produtividade agrícola e a eficiência industrial. O programa aborda também as perspectivas da economia circular, ressaltando os benefícios para a usina e seu papel na transição energética.
Além disso, discute-se o cenário do mercado de açúcar, que enfrenta uma desaceleração secular no crescimento da demanda. Em contrapartida, o segmento de açúcar orgânico apresenta crescimento acelerado, além de prêmio de preço frente a commodity. Embora enfrente desafios operacionais e custos elevados, exigindo grande resiliência dos produtores para se manter nas regras que norteiam as certificações de alimento orgânico.
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Mato Grosso e Bahia seguem como líderes na produção de algodão, com destaque para o crescimento de 15% em MT e 14% na BA na safra 2024/25.
A produção nacional ultrapassou 4 milhões de toneladas de pluma, impulsionada por tecnologia e irrigação. Para 2025/26, há divergência nas projeções: a Abrapa prevê queda de 3% na área plantada, enquanto a Conab estima alta de 2,5%, mas com menor produtividade.
A oferta global deve se manter elevada, pressionando os preços, que estão nos menores níveis em 5 anos no Brasil.
A OCDE revisou a projeção de crescimento global para 3,2% em 2025, mas prevê desaceleração para 2,9% em 2026, com destaque para a queda nos EUA, Zona do Euro e China, o que pode trazer reflexos negativos para o consumo da pluma.
Nesta semana, São Paulo sediou a “Sugar Week”, indicando aumento global na oferta de açúcar e safra positiva no Brasil, cenário que tende a pressionar os preços para baixo. As perspectivas são de superavit mundial e projeções de crescimento na produção de açúcar no Centro-Sul na safra 2026/27, com moagem de cana podendo chegar a 625 MM de toneladas. No setor de soja, a Abiove projeta aumento na produção em 2026, que deve chegar aos 178,5 MM de toneladas, além de esmagamento de 60,5 MM de toneladas. As exportações de soja em grãos e farelo devem ser recordes, com queda apenas nos embarques de óleo, devido ao maior consumo interno.
As projeções indicam uma La Niña fraca e de curta duração, com pico entre novembro e dezembro, favorecendo a safra de verão no Brasil, exceto no extremo sul, onde pode haver redução das chuvas. A comercialização da safra 2025/26 está lenta, com apenas 23% negociado até setembro, abaixo da média histórica. Caso Brasil e Argentina tenham boas colheitas, o balanço global de oferta e demanda seguirá bem abastecido. A tensão comercial entre EUA e China deve manter forte a demanda pela soja brasileira, favorecendo os prêmios. Nos EUA, a ausência de compras chinesas pode elevar os estoques e pressionar a CBOT. Um possível acordo entre os dois países mudaria esse cenário, mas o mercado segue cético sobre um desfecho positivo. A valorização do Real combinada à queda em Chicago pode levar a soja abaixo de R$ 100/saca. Com custos altos e relação de troca desfavorável, as margens dos produtores estarão sob pressão.
O clima segue irregular no Centro-Sul, mas frentes frias devem ampliar as chuvas no Sudeste, Centro-Oeste e MATOPIBA, onde o regime de chuvas se firma só em novembro.
O plantio nacional está adiantado em relação à média dos últimos 5 anos, com 17% da área já semeada. O cenário é positivo para a safra de verão do Brasil, com ponto de atenção para o extremo sul, que pode ter menos chuvas em dezembro.
A Conab projeta a safra de soja 2025/26 em 177,6 milhões de toneladas e a de milho, em 138,6 milhões de toneladas. A ANTT iniciou a fiscalização automática da tabela de fretes, elevando custos e gerando críticas de entidades do setor.
Neste episódio do Prosa Agro Análises, apresentamos uma visão detalhada dos mercados de aves e suínos.
Na avicultura, setembro trouxe recuperação nas exportações de carne de frango após impactos da gripe aviária, com destaque para a boa condução do setor e a resiliência das margens diante da queda nos preços.
Já na suinocultura, o cenário é ainda mais positivo: recorde histórico nas exportações, diversificação de destinos e manutenção da demanda interna.
Com custos de produção controlados e spreads elevados, o setor vive um dos melhores momentos da sua história.
Um episódio essencial para entender os movimentos recentes e as perspectivas do mercado de proteínas animais.
Neste episódio especial do Prosa Agro, recebemos duas mulheres que são referência no setor cafeeiro: Isabela Pascoal Becker, diretora de sustentabilidade da Daterra Coffee, e Patrícia Carvalho, gerente de cafés especiais da 3 Corações e cafeicultora. A conversa aborda toda a jornada do café brasileiro, desde a produção sustentável na fazenda até os projetos inovadores da indústria.
As convidadas compartilham experiências sobre certificações ambientais, desafios do mercado, agricultura regenerativa, impactos das novas regulamentações europeias (EUDR) e os ganhos sociais, ambientais e financeiros dos projetos que lideram. Uma conversa inspiradora sobre protagonismo feminino, inovação e responsabilidade no agronegócio brasileiro.
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A partir do fim de semana, um corredor de umidade deve favorecer chuvas mais abrangentes no Brasil central, ainda que irregulares, típicas do período de transição. A expectativa é de intensificação das precipitações na próxima semana, beneficiando o plantio da soja e culturas perenes. No MATOPIBA, o tempo segue seco até o fim de outubro. As exportações de setembro, indicaram que o Brasil exportou US$ 2,6 bi para os EUA, sendo 26% referente a produtos do agro, com queda de 66% na comparação anual. Produtos como carne bovina, café, açúcar e madeira foram os mais afetados. Apesar disso, as exportações totais de carne bovina e suína bateram recordes históricos. O mercado do boi gordo recuou em setembro, mas outubro começou com sinais de recuperação e boas perspectivas para o fim do ano.
No Agro Semanal desta semana, trazemos destaques para o cenário de grãos: O andamento do plantio no Mato Grosso com dificuldades diante do clima mais seco, a boa safra esperada na Argentina - sobretudo para o milho e para o trigo considerando as estimativas da Bolsa de Cereales de Buenos Aires, e a sinalização de apoio financeiro aos produtores de soja dos EUA pelo governo americano.
No episódio de hoje, falamos sobre o mercado de arroz no Brasil e no mundo, destacando a forte queda nos preços, o aumento expressivo da produção nacional e o impacto desse excesso de oferta nos estoques finais.
Analisamos o papel do comércio externo no equilíbrio do mercado. Também trouxemos as perspectivas internacionais, com recorde de produção global previsto pelo USDA e preços pressionados em diversas regiões.
Por fim, discutimos as projeções da Conab para a próxima safra, que indicam redução de área e produção devido à baixa rentabilidade atual.
No Agro Semanal desta semana, trazemos três destaques que movimentaram o setor: a suspensão e rápida reativação das retenciones na Argentina, a discussão em curso na União Europeia sobre a possível postergação da lei antidesmatamento (EUDR) e os sinais positivos para o setor avícola brasileiro, com a reabertura do mercado europeu, a auditoria chinesa e a melhora nos preços e exportações.
O preço internacional do açúcar caiu abaixo do etanol equivalente, tornando o prêmio do açúcar negativo, o que deverá servir como suporte importante ao mercado nos próximos meses. Do lado da oferta, Brasil, Índia, Tailândia e outros grandes produtores projetam boas safras, elevando a produção global em 4%, fator baixista para os preços. No entanto, o mercado de etanol no Brasil deve seguir sua tendência sazonal de alta, reforçando o suporte ao açúcar.
Neste Prosa Agro, comentamos o impacto estratégico do acordo de livre comércio entre Mercosul e EFTA, destacando o potencial de expansão das exportações do agro brasileiro para países de alto poder aquisitivo.
Em seguida, abordamos a previsão de retorno das chuvas em importantes regiões produtoras, com implicações positivas para o plantio da soja, o desenvolvimento das floradas de café e citros.
Por fim, apresentamos os dados da UNICA sobre a moagem de cana, produção de açúcar e etanol, com destaque para o crescimento expressivo do etanol de milho, apesar da queda na produtividade agrícola da cana.
A produção de grãos no Brasil atingiu recorde, com estimativa de 350 milhões de toneladas para 2024/25, impulsionada por soja e milho. A área plantada cresceu e as condições climáticas foram favoráveis, principalmente no Centro-Oeste. A produção de soja deve chegar a 171,5 milhões de toneladas, enquanto o milho pode alcançar 139,7 milhões. Por outro lado, a safra de laranja projetada pelo Fundecitrus recuou 2,5%, devido ao avanço do greening. Já os EUA retiraram a tarifa de 10% sobre a celulose brasileira, mas manteve as taxas sobre papel e madeira.